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sábado, 1 de março de 2014

Omar Izar



Omar Izaq, Omar Izar
6/12/1933 Avaí, SP

Instrumentista. Gaitista. Compositor. Ainda nos primeiros anos de vida mudou-se para cidade paulista de Bauru. Aos 12 anos de idade teve o primeiro contato com gaitas diatônicas graças a um amigo que possuía algumas destas gaitas e o emprestou uma. Passou então a aprender a tocar sozinho e em poucos meses já tocava algumas músicas. Em 1946, mudou-se com a família para a capital paulista e afastou-se um pouco da gaita. Em 1948, ganhou uma outra de presente e retomou sua trajetória. Uma de suas grandes influências foi a do conjunto de gaitas de Borrah Minevitch que ele viu tocando no filme "Sempre no meu coração" que o fez voltar ao cinema seis vezes para assistir a eles.
Iniciou a carreira artística em 1949, quando venceu um concurso para gaitista da Rádio Record de São Paulo. Estimulado pelo prêmio comprou uma gaita cromática profissional e seguiu estudando sozinho pela falta de um professor. Pouco depois conheceu o jovem pianista Pedrinho Matta com quem passou a participar de programas de calouros dos quais saía sempre vencedor. Em 1952, foi convidado para participar do programa "Novos valores" da Rádio Cultura de São Paulo. Pouco depois, apresentou-se na TV Paulista, recém inaugurada. Por essa época, integrou o conjunto Demônios da Gaita, e, posteriormente, criou seu próprio conjunto, o Omar Izar e seus Harmonicistas. Em 1956, conheceu o maestro Gaó, que gostando muito de seu trabalho o convidou para atuar à frente da Grande orquestra da Rádio Nacional e TV Paulista na apresentação da peça "O vôo da abelha"de Rimsky Korsakov, de grande dificuldade na execução naquela que seria a primeira execução dessa peça em gaita na América do Sul. Em 1958, contratado pela Odeon gravou com o conjunto Omar Izar e seus Harmonistas o dobrado "Bandinha furiosa", de sua autoria, e o pot-pourri de sambas "Homenagem a Noel Rosa". No mesmo ano, gravou o baião "Tristonho" e o maxixe "Tudo é gaita", ambos de sua autoria. Em 1960, gravou pela RGE a marcha-polca "Uma gaita em Brasília", uma homenagem à nova capital brasileira, e o maxixe "Um maxixe na roça", ambas de sua autoria. Em seguida, registrou a canção "Noite cheia de estrelas" de Cândido das Neves, e o tema de "Lago dos cisnes", de Tchaikovsky. Ainda em 1960, gravou pela RGE o LP "Quem tem "gaita" faz sucesso" no qual interpretou as músicas "Noite cheia de estrelas", de Cândido das Neves; "Chora tua tristeza", de Oscar Castro Neves e Luvercy Fiorini; "Theme from a summer place", de Max Steiner; "Noite chuvosa", de Britinho e Fernando Cesar; Alguém me disse", de Jair Amorim e Evaldo Gouveia; "Guarda che luna", de Maigone e Elgos; "O menino desce o morro", de Vera Brasil e De Rosa; "Pretty blue eyes", de Randazzo e Weistein; "I'll never fall in love again", de Johnnie Ray; "Lago dos cisnes", de Tchaikovsky; "Nuestro juramento", de Benito de Jesus, e "Sem ninguém", de sua autoria. Em 1962, gravou o "Tema de Roy Rogers", que tornou-se prefixo do seriado de TV "Roy Rogers". No outro lado do disco gravou o pot-pourri de músicas brasileiras "Trenzinho do meu Brasil". No final da década de 1950 e começo da década de 1960, acompanhado das orquestras de Enrico Simnetti, Silvio Mazzuca, Luiz Arruda Paes, Guerra Peixe e Radamés Gnatalli,entre outros, atuou em diferentes programas de TV em São Paulo e no Rio de Janeiro. Tocou em todo o Brasil em clubes, boates, teatros e programas individuais ou dividindo o palco com nomes como Orlando Silva, Dorival Caymmi, Silvio Caldas, Lúcio Alves, Elizeth Cardoso, Silvinha Teles, Maysa e Zimbo Trio, entre outros. Tocou ainda com os pianistas Luiz Eça; Oscar Castro Neves; Laércio de Freitas, Edmundo Villani Côrtes e Manfred Fest. Fez com o humorista José Vasconcelos uma longa temporada teatral com o espetáculo "A gaita que ri". No cinema participou da trilha sonora do filme "Gimba" e com Baden Powell lançou o tema "O morro", de Carlos Lyra. Teve programas exclusivos nas TVs Cultura, Record e Tupi, de São Paulo, na rede Wallig, canais 5 e 12, de Porto Alegre, e no canal 2, de Recife. Ainda no começo da década de 1960, gravou um compacto acompanhado pelo quartetto de Walter Wanderley que fez tanto sucesso que lhe proporcionou diversas apresentações ao vivo. Ainda na década de 1960, atuou na Europa tocando na França e em Portugal, além de outros países. Tocou também nas ilhas do Caribe e nos Estados Unidos onde fez tanto sucesso que acabou por lá se radicando durante três anos em Nova York, onde fez apresentações em teatros e boates. Na mesma cidade editou suas obras na conceituada Southern Music, entre as quais "Um brasileiro em Nova York"; "Welcome to Brazil"; "Lonely street"; "Gone" e "Tio samba". Gravou uma entrevista na US TV em Washington que seria depois exibida em diversos países. Também na mesma cidade foi entrevistado pelo apresentador especializado em música brasileira, Felix Grant para a WM Al Radio. Ao longo de sua carreira gravou discos para as gravadoras Polydor, Odeon e RGE, no Brasil e para a London e Epic nos Estados Unidos com lançamento simultâneo em diferentes países. Em 2007, aos 74 anos de idade comemorou os 50 anos de carreira com o lançamento do CD "Omar Izar - Música brasileira", no qual interpretou as músicas "Wave"; "Lígia"; "Samba do avião"; "Aos nossos filhos" e "Garota de Ipanema", de Tom Jobim, sendo que esta última, parceria com Vinícius de Moraes; "Modinha", de Sérgio Bittencourt; "Da cor do pecado", de Bororó, e "Lamentos ", de Pixinguinha e Vinícius de Moraes, entre outras. No mesmo ano, foi protagonista do documentário de longa metragem "Sempre no meu coração" dirigido por Andréa Pasquini e que focalizou aspectos da carreira do músico, e de seu bar "Obar" que ele abriu em São Paulo. Em 2010, permaneceu realizando shows em diferentes casas de espetáculo e dando apresentação em seu clube particular onde faz shows para amigos e admiradores.
 

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