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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Papão



Alexandre Silva, O Papão
Iniciou a carreira artística na década de 1950, integrando o cast da Rádio Clube do Pará, a tradicional PRC-5. Em 1962, tocou no LP "The Bossa Nova With Herbie Mann", do flautista norte americano Herbie Mann. Pouco depois, passou a integrar o Conjunto Cangaceiro, que tocava na boate Cangaceiro, no Rio de Janeiro. Em 1964, participou da gravação do LP "Uma noite no Cangaceiro", feita pela cantora Helena de Lima. O disco foi gravado ao vivo e lançado pela RGE. Na contra capa desse LP, assim se refere ao baterista o crítico Juventino Fagundes: "Ganha a vida fazendo o mais bonito e imprescindível barulho. A ausência da bateria de Papão é o mais audível dos silêncios. Papão espreme a música entre duas batidas paralelas e nos ensina para onde é que ela vai depois de ser tocada". No mesmo ano, integrou o conjunto Sete de Ouros, na gravação do LP "Impacto! - Sete de Ouros", da gravadora Polydor. Fez apresentações com esse conjunto em diferentes clubes pelo Rio de Janeiro. Em 1965, integrando o conjunto Cangaceiro, participou do LP "Outra noite no Cangaceiro...", também gravado ao vivo na boate Cangaceiro, e lançado pela RGE. No mesmo ano, tocou no LP "Miltinho - Miltinho Ao Vivo", lançado pelo cantor Miltinho, na RGE. Em 1967, acompanhou Edu Lobo, no LP "Edu", da Philips. Em 1971, acompanhou Luiz Gonzaga na gravação do LP "O Canto Jovem de Luiz Gonzaga", da RCA Victor.  Em 1973, tocou com Martinho da Vila no LP "Origens", da RCA Victor. Tocaria ainda com Martinho da Vila nos LPs "Canta Canta Minha Gente", de 1974; "Rosa do Povo", de 1976; "Presente", de 1977; "Novas Palavras", de 1983; "Martinho da Vila Isabel", de 1984, todos pela RCA Victor; "Festa da Raça", de 1988; "O Canto das Lavadeiras", de 1989, e "Vai Meu Samba Vai", de 1991, os últimos três, pela CBS. Em 1974, tocou no LP "Sessão Nostalgia", lançado pela cantora Maria Creusa, na RCA Victor. Em 1976, tocou bateria na faixa "Olhos nos olhos", de Chico Buarque, no LP "Meus caros amigos", lançado por Chico Buarque. Em 1977, participou do show com Luiz Gonzaga e Carmélia Alves, dentro do projeto Seis e Meia, da Funarte, que resultou em LP gravado ao vivo e lançado pela RCA Camden. Com Luiz Gonzaga, tocou ainda nos LPs "Dengo Maior", de 1978, e "Eu e Meu Pai", de 1979, ambos da RCA Camden. Ainda em 1977, tocou no LP "Quatro grandes do samba - Nelson Cavaquinho, Candeia, Guilherme de Brito e Elton Medeiros", lançado pela RCA Victor. Ao longo da carreira, tocou em discos de Zé Menezes, Aparecida, Rosinha de Valença, Paulo Moura, Bezerra da Silva, Leci Brandão, Mano Décio da Viola; Toquinho. Eliana Pittman; Dona Ivone Lara; Elizeth Cardoso, e outros. Em 1980, tocou batareria no LP "Bezerra da Silva e Reyjordão - Partido alto - Nota 10 - Volume 3", da gravadora CID. Em 1981, tocou no LP "Almanaque", de Chico Buarque. Em 1987, tocou no disco com a trilha sonora do filme "Um Trem Para as Estrelas", da Globo Discos. Em 1989, participou da gravação do LP "Sambas de Enredo das Escolas de Samba Do Grupo 1 A - Rio de Janeiro - Carnaval 90", lançado pela BMG Ariola. Nos anos 2000, se aposentou e voltou a morar em Belém do Pará, tendo, então, doado sua bateria para uma igreja frequentada por sua família.

Pedro de Alcântara



Pedro de Alcântara
 21/8/1866 Rio de Janeiro, RJ
 29/8/1929 Sete Lagoas, MG
Flautista. Compositor. Executante de flautim.
Filho de Pedro de Alcântara e Francisca Rosa das Chagas de Alcântara, nasceu na Rua Barroso, hoje Rua Siqueira Campos, no bairro de Copacabana. Iniciou seus estudos de flauta aos 15 anos de idade.
Apresentou-se pela primeira vez em público em uma festa da igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro, fazendo um solo, em sua flauta de prata, para o Imperador D.Pedro II, que se achava presente. Foi funcionário dos Correios e Telégrafos. Casou-se com Elvira de Souza Alcântara, com quem teve dois filhos.
Iniciou sua atividade artística apresentando-se nos Cinemas Odeon, Americano (situado à Avenida Nossa Senhora de Copacabana) e no Atlântico. Promovia encontros em sua casa onde recebia companheiros de choro como Quincas Laranjeiras, Ernesto Nazareth, Villa-Lobos, Catulo da Paixão Cearense, entre outros. Em 1907, compõe a polca "Choro e poesia", inicialmente chamada "Dores do coração", sua composição mais conhecida, gravada em disco da Casa Edison, em 1911. Posteriormente, ao receber letra de Catulo da Paixão Cearense, "Choro e poesia" tornou-se a célebre canção "Ontem ao luar".
Em 1912 realizou uma série de quatro gravações com o pianista Ernesto Nazareth interpretando as polcas "Choro e poesia", de sua autoria e "Linguagem do coração", de Joaquim Calado e os tangos "Favorito" e "Odeon", de Ernesto Nazaré. Em 1918, Vicente Celestino gravou "Ontem ao luar" na Odeon. Seu último recital aconteceu na cidade de Sete Lagoas em Minas Gerais, no Cine Trianon, em 1929. Na ocasião, foi acompanhado por seu filho Sérgio Pedro de Alcântara, ao violino e por Geralda da Mata, ao piano. Faleceu poucos dias depois nesta mesma cidade. Nos anos 1970, a composição "Choro e poesia" (Ontem ao luar) voltou às paradas de sucesso recebendo cerca de 10 novas gravações, pois muitos na época, a acharam parecida com a música "Love story", do filme do mesmo nome, sucesso de bilheteria. Muitas das gravações feitas omitiam sua participação na autoria da música, que era dada apenas a Catulo da Paixão Cearense. Um neta do compositor obteve na justiça em 1976, que lhe fosse restabelecida a autoria da polca. Em 2000, a gravação de "Ontem ao luar" feita por Vicente Celestino foi relançada pela EMI na série "Cantores do rádio", volume 1

Armandinho 



Armando da Costa Macêdo, O Armandinho
Salvador, 22 de maio de 1953, é um instrumentista, cantor e compositor brasileiro, nascido na Bahia. É filho de Osmar Macêdo (da dupla Dodô e Osmar), músico e idealizador do trio elétrico.
Armandinho formou o grupo de frevo Trio Elétrico Mirim em 19621 e em 1967 a banda de rock Hell's Angels2 . Em 1968, apresentou-se no programa "A grande chance", da TV Tupi, apresentado por Flávio Cavalcanti. Classificou-se em 1º lugar na fase eliminatória, e no ano seguinte foi contratado pela emissora para gravar seu primeiro disco, um compacto duplo e posteriormente um LP. Em 1974 juntou-se a seu pai e outros músicos para formar a banda Trio Elétrico Armandinho, Dodô & Osmar, lançando diversos discos carnavalescos ao longo da década de 80.
Paralelamente, no final dos anos 70, Armandinho formou o conjunto A Cor do Som, que inicialmente serviu de banda de apoio a Moraes Moreira (que também apresentava-se no Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar). Ao lado de Dadi (baixo e vocal), Mú Carvalho (teclados e vocal), e Gustavo Schroeter (bateria), a banda lançou seu primeiro disco em 1977 e se notabilizou pela alta qualidade instrumental, mesclando sonoridades de rock, jazz e música brasileira2 . Em meados de 1979 Ary Dias (percussão e vocal), que também tocava no Trio Elétrico, passa a integrar o grupo, e apresentam canções inéditas no Festival de Jazz de Montreux na Suíça. Alcançam novo patamar de sucesso ao introduzirem canções cantadas a partir do disco seguinte, o álbum Frutificar. "Beleza pura" (Caetano Veloso), "Abri a porta" (Gilberto Gil - Dominguinhos), "Zanzibar" (Armandinho - Fausto Nilo) tocaram intensamente nas rádios.
Armandinho deixa a banda em meados de 1981 para se dedicar à carreira solo e seu projeto com Dodô e Osmar. Ao longo dos anos seguintes, tem dado continuidade a seu trabalho instrumental, voltado para o choro e outros gêneros, gravando e se apresentando ao lado de músicos como Raphael Rabello, Paulo Moura, Época de Ouro, Moraes Moreira, Pepeu Gomes, Caetano Veloso, Yamandú Costa, entre outros. Em 2005 se reúne novamente com A Cor do Som, gravando um disco acústico e realizando shows esporádicos.