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segunda-feira, 28 de julho de 2014

Paulino Sacramento



Paulino Sacramento
Trompetista, compositor e regente nasceu no Rio de Janeiro RJ em 08/12/1880 e faleceu na mesma cidade em 08/03/1926. Foi contemporâneo de Albertino Pimentel, Candinho Trombone, Francisco Braga, no Colégio dos Meninos Desvalidos, em cuja banda tocaram juntos.
Quando o maestro e compositor Francisco Braga então regente da banda obteve uma bolsa de estudos para se especializar em Paris, Paulino foi indicado para substituí-lo.
Em 1896, então com 16 anos de idade, foi candidato a primeiro Mestre da Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, sendo derrotado por Anacleto de Medeiros.
Trompetista de boa técnica, seu tango Pierrô, é considerado um autêntico carro de fogo para os solistas desse instrumento. A partir de 1912, dedicou-se ao teatro de revista. Produziu partituras para revistas, operetas e burletas, sendo a primeira delas, O Rio civiliza-se. Neste mesmo ano, dirigiu a Orquestra do Teatro Rio Branco, sendo o primeiro maestro a reger o músico Pixinguinha, então com 14 anos de idade. Colaborou com alguns famosos libretistas, como Bastos Tigre (O Maxixe), João Foca, Raul Pederneiras, Catulo da Paixão Cearense (O Marroeiro).
Seu tango Vatapá, foi regravado,em 1971, na RCA Victor por Radamés Gnattali (piano), Altamiro Carrilho (flauta), Paulo (bombardino), Dino e Meira (violões) e Canhoto (cavaquinho). O disco foi lançado em 1972 pela Editora Abril, no fascículo 48 "Donga e os primitivos", da série História da Música Popular Brasileira.

Augusto Vasseur



Augusto Teixeira Vasseur
 3/9/1899 Rio de Janeiro, RJ
 8/12/1969 Rio de Janeiro, RJ
Pianista. Violinista. Compositor. Professor.
Nasceu no Rio de Janeiro, mas passou a infância em Porto Alegre (RS). Lá, começou a estudar música aos oito anos, com João Batista Casson. Aos 13 anos, ingressou no conservatório. Logo depois, voltou ao Rio de Janeiro. Estudou no Instituto Nacional de Música, diplomando-se em piano, com medalha de ouro, em 1919. Foi um dos grandes professores de piano atuantes no Rio de Janeiro, a partir de 1920.
Um dos instrumentistas mais requisitados pelas orquestras atuantes desde os anos 1920, no Rio de Janeiro. Foi professor de Sinhô, o Rei do Samba, de quem se tornou grande amigo. Atuou também como compositor, principalmente nas décadas de 1920 e 1930. Compôs sua primeira música, um xote intitulado "Morena", aos 15 anos. Em 1919, passou a trabalhar na orquestra de Cícero de Meneses, que se apresentava no Cine Avenida.
Em 1920, foi convidado pelo maestro Ábdon Milanez para integrar, como violinista, o conjunto de bordo do navio "São Paulo", em que o Rei Alberto da Bélgica veio ao Brasil. O quinteto era formado por ele ao violino, Guálter Adolfo Lutz na viola, Frutuoso Viana ao piano, Newton Pádua no violoncelo e Mário Ronchini no violino. Propôs incorporar ao repertório erudito do grupo, canções populares como sambas, maxixes, tangos, principalmente composições de Sinhô. O rei Alberto e sua esposa apreciaram muito e mostraram-se encantados com as composições do Rei do Samba. Foi por intermédio dele que Sinhô fez chegar às mãos do nobre casal uma pasta com suas composições, com a seguinte dedicatória: "A Suas Altezas Rei Alberto I e Rainha Elizabeth, oferece com admiração e respeito José Barbosa da Silva, Sinhô". Na verdade foi ele que se encarregou de reunir em uma fina pasta de couro, com a dedicatória gravada em ouro, as partituras que o amigo havia entregue, ingenuamente, em capa de papelão ordinário. O grupo acabou recebendo a Palma de Ouro da Coroa, condecoração oferecida pelo Rei da Bélgica. Integrou várias orquestras e conjuntos cariocas como violinista e pianista.
Em 1923, atuou na Brazilian Jazz, organizada pelo baterista J. Tomás, que se apresentava no Cinema Central e em teatros de revista. No mesmo período, atuaou na Jazz-Band Beira Mar Cassino, ao lado de Donga, Sebastião Cirino e Cícero de Meneses, entre outros. Logo depois, foi integrante da Carlito Jazz, orquestra criada pelo baterista Carlito Blassifera, a pedido da proprietária da Companhia Bataclan de Teatro, que se apresentava no Teatro Lírico do Rio de Janeiro. Com a Carlito Jazz, excursionou pelo Brasil e por Paris (França).
Escreveu várias partituras para teatro de revista. Compositor de valsas, sambas, choros, canções e jongos, entre outros gêneros. Em 1928, seu tango canção "Aves sem ninho", foi gravado por Francisco Alves na Odeon. No ano seguinte, teve mais três composições gravadas por Francisco Alves na Odeon: o samba "Dando o valor (Samba do afeto)", a marcha "Carnaval" e o fox trot "Isto é o Brasil", parceria com Freire Jr. Ainda no mesmo ano, Laís Areda gravou, tembém na Odeon, seu choro "Morena brasileira" e Oscar Gonçalves, a canção "Quando bate a Ave-Maria".
Em 1930, compôs com Luiz Peixoto a canção "Meu natal" e com Marques Porto e Luiz Peixoto a toada "Preto e branco", gravadas por Aracy Cortes na Odeon. No mesmo ano, a mesma Aracy Cortes gravou suas canções "Alma da rua", com Luiz Iglesias e "Chamego", com Marques Porto e Luiz Peixoto. Também em 1930, gravou com Aracy Cortes o batuque "No morro (Eh! Eh!), de Ary Barroso e Luiz Iglesias. Participou no mesmo ano tocando violino e Heckel Tavares ao piano da gravação das canções "Pra sinhozinho drumi" e "No Pegi de Oxossi", de Heckel Tavares e Luiz Iglesias, registradas por Francisco Alves. Ainda na mesma época, escreveu com Ary Barroso a partitura e foi o regente da orquestra na revista "Vai dar o que falar", de Marques Porto e Luiz Peixoto encenada no Teatro João Caetano. Em 1931, Patrício Teixeira gravou seu samba "Bateu asas", parceria com André Filho. No mesmo ano, compôs com Luiz Peixoto seu primeiro sucesso, o fox blue "O que foi que eu fiz", lançado no palco por Zaíra Cavalcanti, e gravado por Elisa Coelho na Parlophon. Também no mesmo ano, compôs com Luiz Peixoto a canção "Na malandragem eu nasci" gravada por Sílvio Vieira na Victor. Em 1939, seu samba "E não esqueço de você", em parceira com Ernâni Campos, foi gravado por Francisco Alves na Odeon. No mesmo ano, a toada "Preto e branco" foi regravada como batuque por Almirante e Carmen Miranda na Odeon.
Chegou a ser o primeiro violino da Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, da qual foi integrante até se aposentar. Ao final da vida, a partir de 1968, visitava com frequência o Museu da Imagem e do Som, de cujo diretor, R. C. Albin, se fez amigo e a quem confidenciou que, dentre todos seus alunos ao piano, o mais cheio de bossa e de ritmo foi Sinhô, o José B. da Silva, a quem considerava um dos expoentes máximos do samba brasileiro.

Roberto Sion



Roberto Sion
 06/10/1946 Santos, SP
Instrumentista (saxofonista, flautista e clarinetista). Arranjador. Compositor Maestro. Professor.
Até os 11 anos de idade, estudou piano com professoras particulares e, em seguida, fez o curso do Conservatório Lavignac, em Santos, onde, além do piano, estudou canto coral, solfejo, teoria musical, harmonia, saxofone e clarineta.
Formou-se em Psicologia pela Unicamp aos 25 anos de idade. Em seguida, decidindo-se profissionalmente pela música, foi para Boston, onde cursou arranjo e improvisação e estudou saxofone com Joseph Viola, Ryo Noda, Lee Konitz e Joe Allard na Berklee School of Music.
Aperfeiçoou sua carreira de compositor e arranjador e de análise e composição com Damiano Cozzella, Olivier Toni, Willy C. Oliveira e H. J. Koellreutter. Seus estudos de flauta foram desenvolvidos com Grace Bush.
Aos 14 anos de idade, apresentou-se na Rádio Cacique, em sua cidade natal, tocando saxofone ao lado do violonista Antonio Rago e seu regional. Integrou, ainda adolescente, grupos de baile e de jazz.
Compôs a trilha sonora para a peça de teatro infantil “O rapto das cebolinhas”, de Maria Clara Machado, encenada em Santos, em 1968, com direção de João Russo.
Em 1971, mudou-se para São Paulo.
Participou, como compositor e instrumentista, da trilha sonora do filme “Mandala”, ao lado de Nelson Ayres, Zé Eduardo Nazário, Zeca Assumpção e Luiz Roberto Oliveira. A trilha foi registrada no LP “Mandala – Trilha sonora do filme”, lançado em 1976, com as faixas “Nadava”, de sua autoria, além de “Alga” e “Estilingue”, ambas de Zeca Assumpção, “Pitha'ta” (Zé Eduardo Nazário), “Matilho” (Luiz Roberto Oliveira) e “El Baión” (Nelson Ayres).

 

Cláudio Roditi



Claudio Roditi
Rio de Janeiro, 28 de maio de 1946
Aos dezoito anos de idade foi finalista do International Jazz Competition, em Viena, e no ano seguinte mudou-se para a Cidade do México onde teve participação ativa junto à cena musical. Na década de 1960, fez parte do Conjunto do lendário Ed Lincoln e no início dos anos setenta partiu para Boston a fim de estudar na Berklee College. Em 1976, Roditi fixou-se em Nova Iorque, onde tocou e gravou com músicos de peso, geralmente ligados ao latim jazz, tais como Herbie Mann, Arturo Sandoval, Charlie Rouse e Paquito D’Rivera.
Foi convidado em 1988 por Dizzy Gillespie para participar da United Nations Orchestra e tocou também com Paquito D´Rivera, grande saxofonista alto e clarinetista cubano. Seu estilo lembra muito seu grande ídolo, Lee Morgan, ao qual dedicou um de seus discos.

Manezinho da Flauta



Manuel Gomes, O Manezinho
 12/4/1924 Rio de Janeiro, RJ
 17/6/1990 Rio de Janeiro, RJ
Seu avô também tocava flauta. Iniciou-se neste instrumento aos cinco anos. Seu pai, que muito o incentivou para o caminho da música, trabalhava na estiva e também tocava flauta. Pelas suas mãos, foi levado algumas vezes a programas de calouros na Rádio Tupi do Rio de Janeiro. Cursou a Escola Quinze de Novembro. Quando seu avô faleceu, deixou-lhe uma flauta francesa Djalma Julliot, com a qual tocou até seus últimos dias. Diplomou-se no Conservatório Musical do Rio de Janeiro em 1952.
Iniciou sua carreira profissional antes dos 15 anos, na Rádio Guanabara. Aos 16 anos, trabalhava na escola Farolito Danças. Em 1952, atuou na Rádio Mauá, do Rio de Janeiro. No início dos anos 1960, fez excursão à Europa com o compositor Humberto Teixeira, numa de suas caravanas, divulgando a música brasileira em vários países europeus copmo Bélgica, França e Inglaterra.
Entre os anos de 1963 e 1964, atuou no Restaurante Zicartola. Em 1967, gravou seu primeiro LP solo, "O melhor dos chorinhos", pela CBS. Em 1968, participou do LP "Gente da antiga", ao lado de Pixinguinha, Clementina de Jesus e João da Baiana, lançado pela Odeon. Em 1969, atuou na gafieira paulista Som de Cristal. No início dos anos 1970, tocou na boate Jogral, em São Paulo e participou do show "Os homens verdes da noite", de Luís Carlos Paraná, fundador daquela casa noturna. Nessa época, radicou-se na capital paulista, onde atuou com o regional do bandolinista Evandro, gravando, ao seu lado, o LP "Brasil, flauta, bandolim e violão", em 1974.

domingo, 27 de julho de 2014

Itiberê



Itiberê Luiz Zwarg
Nascido na capital paulista em 1950, Itiberê foi introduzido na música pelo pai, Antônio Bruno Zwarg, compositor e músico. No final dos anos 60 até início dos 70, participa dos trios "Xangô Três" e "Bossa Jazz Trio". Em 1977 começa um novo e grande ciclo de música ingressando no "Hermeto Pascoal & Grupo", onde se mantém até hoje. A partir de 1982 viaja com "Hermeto Pascoal & Grupo" em turnês anuais pela Europa, América e Japão; participa de workshops e oficinas de Hermeto na França, Alemanha, Suíça, Estados Unidos.
Com Hermeto grava nove discos: "Zabumbebum A"; "Montreaux ao Vivo"; "Cérebro Magnético"; "Hermeto Pascoal & Grupo"; "Lagoa da Canoa"; "Só não Toca Quem Não Quer"; "Brasil Universo"; "Festa dos Deuses" e "Mundo Verde Esperança". Itiberê inicia em 1992 sua carreira de compositor e arranjador. Assina o CD "Variasons", de "Gilson Macedo"; participa do CD "De Onde Vens", da cantora "Ivetty Souza", e do CD "Cordas Cruzadas" do quarteto "Maogani" de violões, entre outros.
Em 1999 cria a "Itiberê Orquestra Família" nos Seminários de Música Pro-Arte. Em 2001 lança o primeiro CD duplo "Pedra do Espia", da "Itiberê Orquestra Família", onde assina como compositor, arranjador e regente.
Em novembro de 2005, lança o segundo CD duplo: "Calendário do Som", com 27 músicas extraídas do livro homônimo de "Hermeto Pascoal". Em 2005, Itiberê foi contemplado com a bolsa Vitae – Compositor. Em 2006 aprova projeto de lançamento do seu segundo CD com a "Itiberê Orquestra Família", fazendo uma turnê por vários estados do Brasil, finalizando em Montevidéu e Buenos Aires. Esse projeto foi o "Programa Natura Musical".
Ganhou também, pela Petrobras, um projeto para a confecção de um Songbook com CD de suas composições feitas nas suas "Oficinas da Música Universal". Na Escola "Maracatu Brasil", no Rio de janeiro, Itiberê realiza a prática da "Música Universal" todas as quintas-feiras, onde através de metodologia própria tem possibilitado desenvolver uma geração de talentos.
 

Laércio de Freitas




Laércio de Freitas, o Tio
Campinas, 20 de junho de 1941
È um pianista, tecladista, maestro, compositor e ator brasileiro.
Nascido em Campinas, interior de São Paulo, Laércio de Freitas estudou piano no Conservatório Carlos Gomes, graduando-se em 1957. A partir de 1966, deu início a sua carreira internacional fazendo apresentações na Europa, Ásia e México. No final dos anos 60, substituiu o músico Luiz Eça, no grupo Tamba 4, oriundo do Tamba Trio.
Em 1971, de volta ao Brasil, fez parte do grupo de Luiz Carlos Vinhas, gravando em compacto pela gravadora Tapecar, as músicas "Capim Gordura" e "Chovendo na Roseira" (Tom Jobim). A primeira, composta por Laércio, fez muito sucesso na época e no ano seguinte, foi regravada pelo próprio músico no LP Laércio de Freitas e o som roceiro.
Acompanhou artistas como Maria Bethânia, Ângela Maria, Marcos Valle, Wilson Simonal, Nancy Wilson, The Supremes, Clara Nunes, Ivan Lins, César Costa Filho, Emílio Santiago, Quarteto em Cy, Martinho da Vila e muitos outros. Fez arranjos para o LP "Quem é Quem", gravado por João Donato, em 1973. Foi integrante da "Orquestra Tabajara", de Severino Araújo, e do "Sexteto de Radamés Gnatalli".
Lançou, em 1980, o LP São Paulo no Balanço do Choro, totalmente autoral, pela gravadora Eldorado. Em seguida, realizou gravações para o selo, participando de alguns discos da série "Um Piano ao cair da tarde". Dois anos depois, passou a se dedicar cada vez mais a orquestração e regência, além de elaborar arranjos para o pianista Arthur Moreira Lima.
Escreveu arranjos para quatro peças de Pixinguinha no LP "Paulo Moura e Clara Sverner", em 1988.
No ano de 1999, ganhou o troféu Kikito, do Festival de Cinema de Gramado, de melhor trilha sonora com o curta-metragem "Amassa que elas gostam".1
Em 2006, gravou o CD "Laércio de Freitas homenageia Jacob do Bandolim", com participação do violonista Alessandro Penezzi. Foi uma releitura de treze músicas compostas por Jacob. Como professor, ministrou cursos de "Choro ao piano" (Oficina de Música de Curitiba), "O Arranjo" (Instituto de Artes do Pará) e "Piano Acompanhante" (Universidade Livre de Música), entre outros.

Edson Maciel



Edson Maciel Palmeira
 Belo Horizonte, MG
Instrumentista (trombonista). Compositor.
Filho de músico. Irmão do também trombonista Ed Maciel (Edmundo Maciel).
A partir de 1940, fixou residência no Rio de Janeiro.
Tem seu nome ligado à criação da moderna música instrumental brasileira, com forte atuação no Beco das Garrafas, no Rio, na década de 1950.
Tocando trombone de vara, formou com Raul de Souza a dupla de trombonistas mais requisitada pelos líderes de conjuntos instrumentais da década de 1960, período em que atuou, em shows e gravações, com Antonio Adolfo, Dom Salvador, Dom Um Romão, Edison Machado, Eumir Deodato, João Donato, Sergio Mendes, Victor Assis Brasil, Tenório Jr. e a Orquestra Tabajara, entre vários outros. De sua discografia constam participações em discos antológicos da área instrumental, entre os quais “Embalo” (Tenório Jr. e seu Conjunto, 1964), “É Samba Novo” (Edson Machado, 1964), “Novas Estruturas” (Luis Carlos Vinhas, 1964), “Dom Um” (Dom Um Romão, 1964), “Você não ouviu nada!” (Sergio Mendes & Bossa Rio, 1964), “Turma do Bom Balanço” (Dom Salvador, 1964) e “Ataque” (Eumir Deodato & Os Catedráticos, 1965).
É autor do tema “Mr. Keller”, da trilha sonora do documentário “Trindade – Curto caminho longo”, de Tânia Quaresma e Luiz Keller.
A partir dos anos 1970, teve forte atuação como músico de estúdio, ao lado de inúmeros artistas, como Alceu Valença, Chico Buarque, Edu Lobo, Francis Hime, Marcos Valle, Milton Nascimento, Ney Matogrosso, Wagner Tiso, Zé Menezes, e outros.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Alfredinho Flautim



Alfredo José Rodrigues
 24/7/1884 Juiz de Fora, MG
 3/9/1958 Rio de Janeiro, RJ
Executante de flautim. Compositor.
Transferiu-se para o Rio de Janeiro aos 12 anos de idade, fixando residência no bairro do Catumbi, na chamada "Zona do agrião", onde conheceu Alfredo da Rocha Viana, pai de Pixinguinha, com quem aprendeu suas primeiras noções de música.
Dividiu suas atividades profissionais entre a música e o automóvel de praça. Sua amizade com o velho Viana era tão estreita, que este, ao morrer, lhe pediu que tomasse conta do pequeno Alfredo (Pixinguinha).
Iniciou suas atividades musicais tocando em bailes nos subúrbios, participando de serenatas, de blocos e de ranchos carnavalescos. Integrou o grupo do bairro da Cidade Nova, tendo acompanhado blocos de sujos que se formavam na Galeria Cruzeiro, no centro da cidade. Em 1920, teve duas de suas composições gravadas na Odeon pelo Grupo do Elias, os choros "Caboclo não bebe mais" e "Recordações campistas". Em 1949, Pixinguinha e Benedito Lacerda gravaram uma composição sua, "Devagar e sempre", equivocadamente atribuída à dupla. Após sua aposentadoria como taxista em 1951, integrou o grupo da Velha Guarda, organizado por Almirante, em 1954. Além dele, faziam parte do grupo Pixinguinha, João da Baiana, Donga, entre outros. Em 1955 passou a apresentar-se na boate carioca Casablanca, no show de Zilco Ribeiro "O samba nasce no coração". Com o grupo da Velha Guarda, gravou três LPs históricos, no qual mostra toda a agilidade e leveza de sua execução. Quando do lançamento do LP "A velha guarda", em 1955, a "Revista da música popular", publicou uma reportagem sobre o disco, onde afirma: "Na face A temos o choro "Que perigo", apresentando este indestrutível Alfredinho, que com seus setenta e tantos anos, tocando um instrumento de possibilidades limitadas como o flautim, nos brinda com uma execução difícil de ser igualada, em sua graça, frescura e desenvolvimento melódico".

terça-feira, 22 de julho de 2014

Irineu Batina



Irineu Gomes de Almeida, O Irineu Batina
 circa 1873 Rio de Janeiro
 circa 1916 Rio de Janeiro
Compositor. Oficlidista. Trombonista e executante de bombardino.
Tornou-se conhecido por Irineu Batina, pois vestia invariavelmente uma sobrecasaca comprida. Foi amigo de Alfredo da Rocha Viana, pai de Pixinguinha, tendo freqüentado com assiduidade a chamada "Pensão Viana", situada no Catumbi.
Integrou a Banda do Corpo de Bombeiros desde sua formação, em 1896, atuando sob a regência do compositor Anacleto de Medeiros. Foi um dos freqüentadores do "Cavaquinho de Ouro", ponto de encontro de chorões como Quincas Laranjeiras, Heitor Villa-Lobos, Luís de Souza, entre outros. Foi professor de Pixinguinha, a quem convidou em 1911 a integrar a orquestra do Grupo Carnavalesco Filhas da Jardineira, rancho fundado em 1905.
Em 1906 obteve sucesso com o xote "Os olhos dela", gravado na Odeon pala Banda da Casa Edson. Esta composição recebeu versos de Catulo da Paixão Cearense e foi regravada sete anos depois por Eduardo das Neves como uma modinha. Foi gravada também por Geraldo Magalhães, Artur Castro e Mário Pinheiro. Em 1913, passou a atuar no grupo "Choro Carioca", participando da primeira gravação de Pixinguinha com a obra "São João debaixo d'água", tango de sua próprio autoria, onde atuava ao oficlide e Pixinguinha na flauta.
Algumas de suas composições foram gravadas como o tango "Morcego", o xote "Os olhos dela", a polca "Avenida beira-mar", entre outras. Deixou mais de 30 obras impressas. São maiores sucessos foram "Os olhos dela", "Dainéia" e "O meu ideal". Teve ainda o xote "Princesa de cristal", gravado pela Banda Escudero na Odeon, as polcas "Nininha", "Dainéa" e o tango "São João debaixo d'água", gravados pelo grupo Choro Carioca, entre 1910 e 1913. No mesmo período, gravou pela Favorite Record, ao oficleide a polca "Qualquer coisa", de sua autoria.  

domingo, 20 de julho de 2014

Walter Rosa



Walter Rosa
Mais um grande saxofonista muito atuante nos anos 50 e 60, participou de inumeras gravações, mas nada encontrei na rede sobre este ótimo instrumentista.

 

Totó



Antonio Sergi, O Totó
Maestro Totó (Antonio Sergi), pianista, compositor, professor, regente e médico, nasceu na cidade de Squillace, Itália, em 10/06/1913, e faleceu em São Paulo, SP, em 03/06/2003. Veio com os seus pais para o Brasil ainda menino e sempre gostou de música. Estudou piano desde cedo, mas à medida que foi crescendo, frequentou os colégios normais, e acabou por prestar vestibular para Medicina, formando-se e se especializando em Clínica Geral.
Mas, o eterno pendor musical foi falando alto dentro dele e, consequentemente, arrumou um emprego como pianista no ano de 1936, além de um bom salário para a época. Estava com 23 anos e era recém formado exercendo duas profissões: médico e pianista. Mas foi estudando cada vez mais o piano, assim como estudou a regência. Esteve na Itália algumas vezes onde fez cursos de especialização musical.
Mais tarde, já professor do Consultório Dramático e Musical de São Paulo, tornou-se bastante conhecido do público pela sua atuação nas principais rádios paulistas.
Foi diretor artístico da Rádio Cruzeiro do Sul, regente da orquestra da Rádio Educadora Paulista, que anos depois se transformou na Rádio Gazeta onde apresentava o programa "Jazz da Gazeta" que incluía uma orquestra sinfônica.
Nos estúdios, Antonio Sergi (também conhecido por Totó), criou a Orquestra Columbia com a qual gravou inúmeros sucessos da época, com todos os grandes intérpretes dos anos 40. Sua orquestra costumava animar os principais eventos sociais da cidade, incluindo as festas na mansão dos Matarazzo, na Avenida Paulista.
Nos anos 40, atuou por vários anos na Rádio Gazeta junto com o maestro Armando Belardi, Conselheiro da Sociedade Esportiva Palmeiras. No final da década, em 1949, compôs o hino (letra e música) da Sociedade Esportiva Palmeiras.
Totó gostava da regência e de produzir arranjos musicais, não tendo por hábito escrever letras para canções. Nas poucas vezes em que o fez, usou o pseudônimo de Gennaro Rodrigues, como no caso do hino do Palmeiras, o que gerou muita confusão por vários anos, com torcedores imaginando se tratar de pessoas

terça-feira, 15 de julho de 2014

Guará



Guará
Outro grande contrabaixista sem nenhuma informção na rede
 

Aluizio Pontes



Aluizio Pontes
Maestro, arranjador, multi-instrumentista, iniciou os seus estudos de Piano aos oito anos de idade em Caçapava, no interior de São Paulo. Já aos quinze dedicou-se ao estudo de harmonia, com o objetivo de tornar-se arranjador e aos dezoito já era maestro.
 No entanto estreou como pianista profissional aos dezessete anos, na cidade de Presidente Prudente (SP). No inicio de década de 60 mudou-se para São Paulo onde morou na famosa Pensão Adriana lugar onde os músicos mais importantes da MPB se encontravam como Milton Nascimento, Taigaura, Nelson Ned, Agnaldo Timóteo e muitos outros, logo em seguida organizou e liderou o "Sambalanço Trio", que alcançou grande sucesso no período de ascensão da bossa nova. Mais tarde montou o grupo "Orpheo Negro" dedicado à realização de shows e à animação de bailes. Durante oito anos o "Orpheo Negro" excursionou por todo o Brasil e também se apresentou em outros países: Argentina, México, Suíça, Itália e França.
Em sua discografia como solista, pelo menos três LPs merecem destaque: "Meu Concerto Para Você", cujo repertório é composto exclusivamente por suas próprias criações entre as quais estão: "Blue Mountain”, "Tristeza Intrusa" e "Lulu Baião", além dessas músicas têm o "Tributo a Sinatra" (uma homenagem ao seu ídolo da juventude) e as "As Melhores de Roberto Carlos". 
Para o cinema escreveu a trilha sonora do filme "Mulher, Mulher" de Jean Garrett e no teatro assinou a direção musical de vários espetáculos, entre os quais pelo menos um merece destaque, pelo grande sucesso alcançado: "Follias", uma criação e produção de Abelardo Figueiredo estrelada por Suzana Vieira e Pery Ribeiro.
 Já na Televisão trabalhou como Diretor Musical no SBT para o Programa Pequenos Brilhantes apresentado por Moacyr Franco.
 Atuou também como Pianista e diretor  em casas de grande credibilidade musical tais como ;  "O Beco", "Viva Maria", "Catedral do Samba", "150 Night Club", "Gallery", "Captain's Bar" e muitas outras.
Acompanhou nomes da música popular brasileira e internacional como:
 Tito Madi, Johnny Alf, Flora Purin, Agostinho dos Santos, Nélson Gonçalves, Adoniram Barbosa, Vicente Celestino, Silvinha Telles, Elizete Cardoso, Nora Ney, Lana Bittencourt, Alaíde Costa,  Cauby Peixoto, Nelson Ned, Simonal , Cláudia, Célia, Jair Rodrigues, Benito di Paula, Wando, Marisa Gata Mansa, Roberto Luna, Maysa,  Abílio Herlanderl, Nico Fidenco e Miele.
 Alguns Internacionais :
 Ella Fitzgerald, Armando Manzannero, Billy Paul, Malcon Robert, Luccio Gatica.


Juquinha Stockler



João Baptista Stockler Pimentel, O Juquinha
1930 Rio de Janeiro, RJ
16/12/2009 Leblon RJ
Iniciou a carreira profissional como baterista em Caxambu, em 1951, ao lado de Mário Saliva e de Garoto (Aníbal Augusto Sardinha), que montou sua bateria.
De 1954 a 1974, trabalhou na Odeon. Nesse período, gravou com renomados artistas brasileiros.
Esteve, no final dos anos 1950, no Chile, onde viveu e trabalhou.
Em 1963, tornou-se parceiro de Tom Jobim, na canção "Faz uma semana".
Entre suas mais emblemáticas atuações como baterista, destacam-se: a gravação de "Tereza da praia" (Tom Jobim e Billy Blanco), com Lúcio Alves e Dicky Farney; a participação na peça "Orfeu da Conceição", de Vinicius de Moraes, dirigida por Leo Jusi, com música de Tom Jobim; o disco "Orfeu do Carnaval", trilha sonora do filme de Marcel Camus; e o histórico LP "Canção do amor demais", no qual Elizeth Cardoso registrou a parceria de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e que trouxe o violão de João Gilberto nas faixas "Chega de saudade" e "Outra vez". Nesses trabalhos, teve a seu lado, o percussionista Guarany Fernandes Nogueira (1928-1980), paranaense de Curitiba.
Acompanhou, ainda, João Gilberto nas gravações de "Chega de saudade", "Desafinado" e "Samba de uma nota só", quando o percussionista Guarany executou, pela primeira vez, a batida percussiva da Bossa Nova, concebida por Aloysio de Oliveira e sistematizada autonomamente em bateria completa por Edison Machado, seguido, imediatamente, pelo próprio Juquinha, Milton Banana, Wilson das Neves, Dom Um Romão e os demais bateristas à época.
Até 1980, atuou em diversas gravadoras no Rio de Janeiro, tendo gravado com inúmeros artistas da música popular brasileira, como Tom Jobim, Waldir Azevedo (na gravação histórica de "Brasileirinho"), Sylvia Telles, Billy Blanco, Luiz Bonfá, Elizeth Cardoso, João Gilberto, Carlos Lyra, Dalva de Oliveira, Dorival Caymmi, Marcos Valle, Roberto Menescal, Dóris Monteiro, (em todos os discos da cantora no período) Altemar Dutra, Cartola, Eumir Deodato, Claudette Soares, Agnaldo Timóteo, Elis Regina, Beth Carvalho, Elza Soares, Paulinho da Viola (em todos os discos no período), Clara Nunes e Martinho da Vila, entre outros.
Ficou conhecido como "O rei da vassourinha" e "O baterista da Bossa Nova", legendas que acompanharam sua carreira internacional, tocando ou gravando com vários artistas, como Nat King Cole, Roy Hamilton, Billy Eckstine, Teddy Randazo, Paul Anka, Lucho Gatica, Sarita Montiel, Armando Manzanero, Gregório Barrios (todos os discos) e com as orquestras de Roberto Inglez e de Noro Morales, com quem excursionou na América do Sul.  

Luperce Miranda



Luperce Bezerra Pessoa de Miranda
Recife, 28 de julho de 1904 — Rio de Janeiro, 5 de abril de 1977
Foi um músico, compositor e bandolinista brasileiro de choro.
Nasceu em Recife, e o pai montou uma orquestra infantil com os 11 filhos. Assim, desde cedo Luperce aprendeu a tocar bandolim, tendo composto a primeira música aos 15 anos. Também tocava piano, e na juventude morou no bairro de Marechal Hermes, subúrbio do Rio de Janeiro, foi pianista de uma confeitaria de Recife.
Na década de 20 integrou o grupo Turunas da Mauricéia, que foi para o Rio de Janeiro em 1927, provocando a primeira "onda nordestina" que chegou à então capital do país, provocando reações no cenário musical.
Luperce não viajou com o grupo, mas teve músicas suas gravadas pelos Turunas no Rio. Ficou em Recife e montou outro conjunto, o Voz do Sertão, e só então viajou para o Rio. Gravou algumas músicas com o novo grupo até formar, em 1929, o Regional Luperce Miranda, que atuou em rádios e na gravadora Parlophon. Na década de 30 acompanhou Mário Reis, Carmen Miranda e Francisco Alves.
Nos anos seguintes trabalhou nas rádios Mayrink Veiga e Nacional até 1937, quando voltou para Pernambuco. De volta ao Rio nos anos 50, gravou discos e excursionou pela Europa. Um dos maiores bandolinistas do país, criou uma escola de música especializada em instrumentos de corda.
Em 1994 o bandolinista Pedro Amorim lançou o CD "Pedro Amorim toca Luperce Miranda", dedicado à obra do compositor, que inclui "Reboliço", "Martelando", "Querida", "Picadinho à Baiana".

 

Harry Kosarin



Harry Kosarin
Participou de vários movimentos, “jam sessions” e reuniões culturais que eram realizadas nas casas particulares, intecâmbio de discos e programas de jazz apresentados nas rádios.
Harry Kosarin era norte-americano e ficou conhecido como "O maestro que introduziu o ‘jazz’ no Brasil".

Felinho



Félix Lins de Albuquerque, O Felinho
Músico e compositor, Félix Lins de Albuquerque (Felinho) nasceu a 14/12/1895, em Bonito. Aos 09 anos já tocava flauta e, aos 12 anos, compôs sua primeira canção, o xote "Constelação". Com 16 anos foi regente da banda de sua cidade e, em 1916, mudou-se para o Recife, PE, passando a tocar clarinete na Orquestra do Teatro Moderno.
Integrou, ainda, a Orquestra do Centro Musical Pernambucano e, em 1931, foi clarinetista do Teatro Helvética. A convite de Nelson Ferreira, passou a tocar saxofone no conjunto da Rádio Clube de Pernambuco, permanecendo ali por 20 anos.
Primeiro flautista da Orquestra Sinfônica do Recife até sua morte, ficou famoso pelas inimitáveis variações que criou no saxofone para o frevo "Vassourinhas" - considerado o hino do carnaval pernambucano.
Compositor, entre suas criações (frevos, chorinhos e valsas) destacam-se as seguintes obras: "Regresso", "Coração", "Boi Dourado", "Formigão", "Recordando", "Amoroso", "Pretensioso", "Silêncio", "Soluços", "Uma Prece", "A Saudade Vem Comigo", "Última Inspiração", "Triste Consolo". Morreu no Recife, a 10/01/1980, aos 84 anos, pobre e esquecido.

 

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Dick Farney



Farnésio Dutra e Silva, O Dick Farney
Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1921 — 4 de agosto de 1987
Foi um cantor, pianista e compositor brasileiro.
Começou a tocar piano ainda na infância, quando aprendia música erudita com o pai,e enquanto a mãe lhe ensinava canto.
Em 1937 estreou como cantor no programa Hora juvenil na rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, quando interpretou a canção Deep Purple composta por David Rose, foi levado por César Ladeira para a rádio Mayrink Veiga, passando a apresentar o programa Dick Farney, a voz e o piano. O conjunto Os swing maníacos formado por Dick, tinha ao lado o irmão Cyll Farney, na bateria, acompanhou Edu da Gaita na gravação da música Canção da Índia, do compositor russo Nikolay Rimsky-Korsakov (1844-1908). De 1941 a 1944, era crooner da orquestra de Carlos Machado, no Cassino da Urca, no tempo em que o jogo era permitido no Brasil. Em 1946 foi convidado para ir para os Estados Unidos, depois do encontro com o arranjador Bill Hitchcock e o pianista Eddie Duchin, no Hotel Copacabana Palace. Entre 1947 e 1948 fez várias apresentações na rádio NBC, principalmente como cantor fixo no programa do comediante Milton Berle. Em 1948 apresentou-se com sucesso na boate carioca Vogue. No ano de 1959 era exibido o programa de TV - Dick Farney Show, na TV Record - Canal 7 de São Paulo. 1960 formou a Dick Farney e sua orquestra que animou muitos bailes. 1965 na recém-inaugurada TV Globo - Canal 4, Rio de Janeiro, apresentados por Betty Faria e Dick Farney, o programa de TV Dick e Betty. Gogô foi seu pianista acompanhador de 1977 a 1987.
Foi proprietário das boates Farney´s e Farney´s Inn, ambas em São Paulo. Em 1971 formou um trio com Sabá (Contrabaixo) e Toninho Pinheiro (Bateria). Entre 1973 a 1978 tocava piano e cantava na boate Chez Régine, em São Paulo.

Nestico



Ernesto Pinto de Aguiar, O Nestico
Faleceu em 21/06/2017
Fez parte do conjunto The Jet Blacks, com o qual gravou três LPs.
Atuou em inúmeras gravações em estúdio ao lado de outros artistas, como Tony Campelo, Demetrius e Roni Cord.
Durante três anos e meio, participou do conjunto RC 7, de Roberto Carlos, atuando como músico e também como arranjador de metais.
É dele o solo de sax da música “Eu sou terrível”, tema de abertura do filme “Roberto Carlos em Ritmo de Aventura”.
Integrou vários conjuntos de jazz de São Paulo, tendo participado, em 1977, do primeiro festival de jazz realizado no Teatro Municipal, ao lado dos músicos Samuel (piano), Nilson (baixo) e Caram (bateria).
Apresentou-se diversas vezes na noite paulistana com o grupo Syncro Jazz, no qual atuaram também sua irmã Lilu Aguiar (piano) e os músicos Peter Wooley (baixo), Dagmar (trumpete), Vidal (sax tenor, sax alto, sax soprano e flauta), Ronny Machado (bateria), Amado Maita (bateria) e Magno Bissoli (bateria).
Tocando sax tenor, em 1982 lançou com o conjunto o LP “Syncro Jazz – Live”, juntamente com os músicos Lilu Aguiar (piano), Peter Wooley (baixo), Vidal (sax e flauta), Dagmar (trompete) e Ronny Machado (bateria). No repertório, os temas “Pro César”, dedicado ao pianista César Camargo Mariano, “Winter know” e “Galo preto”, todos de Lilu Aguiar, “For Guzi” (Peter Wooley), “Cruzan” (M. Santamaria) e “Revelation” (S. Fortune).

 

Esmeraldino Salles



Esmeraldino Salles, O Esmê
Nascido em SP, o compositor e instrumentista (tocava cavaquinho, violão e contrabaixo acústico) integrou importantes grupos musicais de SP como o Regional do Rago e o Regional do Siles.
Fez parte do Conjunto da Rádio e TV Tupi. Gravou vários discos com seus regionais. As músicas de Esmê são especiais, moderníssimas, cheias de breques, lindas. Alguns de seus grandes sucessos (ainda pouco conhecidos do grande público mas bastante tocados no meio "chorístico") são Uma Noite no Sumaré e Arabiando.
Vários nomes do Choro já gravaram músicas do compositor, como o maestro e compositor Laércio de Freitas. As músicas restantes do CD sáo Caso de Amor, Bons Tempos, Moderno, Saudoso, É isso aí Bicho, Histórico, Sugestivo, Por acaso, Saia dessa e Quando o amor acontece.
Não existe a informação sobre as datas de nascimento e morte do compositor.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Boneca



Luiz de Andrade, O Boneca
Considerado um dos maiores instrumentistas Brasileiros de todos os tempos Luiz de Andrade ou simplesmente Boneca, como era conhecido no meio musical.
Tocava nada menos do que13 instrumentos, alguns inventado por ele mesmo.
Boneca é mais um daqueles gigantes da música brasileira ignorado pela mídia, infelizmente nada encontrei sobre ele no goodle

Erwin Wiener



Erwin Wiener
Músico de origen checoslovaca que viveu em San Paulo, gravou desde 1948 , cerca de 50 discos con temas internacionais e tambem brasileiros.

Avena de Castro



Heitor Avena de Castro
7/12/1919 Rio de Janeiro, RJ
11/7/1981 Brasília, DF
Instrumentista. (Citarista). Compositor. Teve formação erudita e começou a estudar cítara na década de 1930. No final da década de 1960 passou a residir na cidade de Brasília.  Foi sócio fundador e primeiro presidente do Clube do Choro, de Brasília, cidade na qual foi também o primeiro presidente da Ordem dos Músicos.  Foi grande amigo de Jacob do Bandolim, a quem conhceu na Rádio Nacional. Jacob dedicou-lhe o choro "Pra você" com a seguinte indicação: "Para meu melhor intérprete."
Considerado o único citarista popular do Brasil iniciou a carreira artística em 1937. Na década de 1950 tornou-se concertista de cítara com um repertório especializado, além de autor de transcrições de obras de compositores eruditos como Chopin e Bach. Fez também transcrições para cítara de obras de Ernesto Nazareth, passando então a interessar-se pelo choro. Na década de 1950, passou a atuar como concertista naOsquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e ingressou na Rádio Nacional. Gravou seu primeiro disco em 1953, pela gravadora Copacabana interpretando na cítara o fox "Meet Mr. Callagaan", de Eric Spears, e o samba-canção "Falando-te", de sua autoria. No mesmo ano, gravou a valsa "Abismo de rosas", de Canhoto, e a toada-canção "Do sorriso das mulheres nasceram as flores", de Eduardo Souto. Em 1954, gravou em interpretação de cítara a toada-canção "Minha terra", clássico de Valdemar Henrique, o fox-trot "Que tal?" e o choro "Malemolente", de sua autoria, e o choro "Sururu na cidade", e as valsas "Branca" e "Tardes de Lindóia", de Zequinha de Abreu. No ano seguinte, gravou duas obras de Altamiro Carrilho, o baião "Elegante" e o samba "Viva o samba", além dos baiões "Corridinho no baião", parceria com Píndaro T. Galvão, e "Sonho oriental", de Píndaro T. Galvão. Em 1956, gravou de Antenógenes Silva e Edmundo Luz, a valsa "Saudade de Ouro Preto", e de Píndaro Galvão o bolero "Pensando em ti". No ano seguinte, gravou o choro "Chorando baixinho", de Abel Ferreira e a valsa "Paquetá", de sua autoria. Em 1959, gravou pela Continental em interpretação de cítara a canção "Luar de Paquetá", de Freire Junior e Hermes Fontes, e o tango "Despertar da montanha", de Eduardo Souto. Em 1960, participou da coletânea natalina "Natal de paz... Natal de amor - Orquestra e coro Continental", da gravadora Continental, na qual interpretou na cítara as canções "Noite feliz", de Franz Gruber, e "Pinheirinho de Natal", "Jingle bells" e "Adeste Fidélis", temas tradicionais. Em 1962, foi recebido juntamente com Jacob do Bandolim e o conjunto Época de Ouro pelo presidente João Goulart no Palácio do Planalto em Brasília. Em 1969, gravou pela RCA Victor o LP "Avena de Castro relembra Jacob Bittencourt;" homenagem ao bandolinista Jacob do Bandolim e lançado somente após a morte de Jacob ocorrida em agosto daquele ano. Esse disco contou com a participação de Jacob do Bandolim, em sua última gravação, na faixa "Três estrelinhas", de Anacleto de Medeiros. Foram gravadas nesse disco as composições "Ternura", "De coração a coração", "La duchesse", "Doce de côco", "Eu e você", "Bole-bole", "Migalhas de amor", e "Vibrações", todas de Jacob Bittencourt, além de "Papo de anjo", e "Evocação de Jacob", de sua autoria, essa última, uma homenagem a Jacob do Bandolim composta dias após a morte do mesmo. Gravou pela Copacabana o LP "Uma cítara no samba" e pela Masterplay o LP "De Castro toca e você dança". Em 1970, o instrumentista Toquinho regravou em disco RGE o choro "Evocação a Jacob". Em 1973, teve os choros "Cordas românticas", com Waldir Azevedo, "Sábado à tarde" e "Quando fala o coração" gravados no LP "Nosso encontro com Waldir Azevedo" lançado pela Musicolor/Continental. Em 1974, o choro "Queixumes" foi gravado por Déo Rian no LP "Choros de sempre". Dois anos depois, o choro "Evocação a Jacob" foi regravado pelo conjunto Época de Ouro no LP "Clube do choro", mesmo ano em que seria também regravada pelo instrumentista Joel Nascimento no LP "Chorando pelos dedos" em LP da Coronado/EMI-Odeon. Em 1977, no LP "Os carioquinhas no choro" lançado pela Som Livre pelos instrumentistas Luciana Rabello, Raphael Rabello e Maurício Carrilho teve gravado o choro "Fala clari". Em 1978, fundou juntamente com  Reco do Bandolim, Waldir Azevedo, Pernambuco do Pandeiro, Bide da Flauta e Jaime Ernest Dias, o Clube do Choro de Brasília do qual foi o primeiro presidente. Nesse ano, no LP "Lamento de um cavaquinho", lançado por Waldir Azevedo na gravadora Continental teve incluído o choro "Lamento de um cavaquinho". Também no mesmo ano, apresentou-se Planetário da Gávea, no Rio de Janeiro, como convidado de Gerson Ferreira Pinto na série de quatro shows organizados pelo mesmo a convite da Secretaria de Cultura do Município. Em 1989, seu choro " O'Ki Kirias" foi gravado por Reco do Bandolim e Choro Livre em disco relançado depois pela gravadora Kuarup. Em 1991, teve os choros "Quando fala o coração", "Papo de anjo" e "Divina flauta" incluídas no disco "Chorando Callado 2", lançado pelo selo FENAP em homenagem ao instrumentista Joaquim Callado. Em 1997, no disco "Raphael Rabello e Armandinho - Em concerto", gravado na Spotlight Records pelos instrumentistas Armandinho e Raphael Rabello teve incluído o choro "Evocação a Jacob".  Em 1999, teve o choro "Doce enlevo", parceria com Hamilton Costa, gravado por Gilson Peranzzetta e Sebastião Tapajós no CD "Do meu gosto". Nesse disco, foi homenageado com a faixa instrumental "Infinito", de Hamilton Costa e Richard Franco. Em 2000, no CD "Luciana Rabello" lançado pela instrumentista Luciana Rabello pela Acari Records teve gravado o choro "No balanço da Luciana". Sua composição mais conhecida é o choro "Evocação a Jacob", concebido segundo ele menos com uma homenagem e mais como se fosse uma interpretação do próprio Jacob do Bandolim. Com sua mudança para Brasília seu envolvimento com a  música popular cresceu, especialmente a partir do choro. Foi também grande divulgador do choro na cidade de Brasília, além de organizador do movimento musical na capital brasileira.
 

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Jorge Santos



Jorge Santos
Excelente violonista, é notavel suas interpretações nas primeiras gravações de Waldir Azevedo  

Guiomar Novaes


 

Guiomar Novaes 
São João da Boa Vista, 28 de fevereiro de 1894 — São Paulo, 7 de março de 1979
Foi uma pianista brasileira que construiu sólida carreira no exterior, particularmente nos Estados Unidos. Ficou especialmente conhecida pelas suas interpretações das obras de Chopin e Schumann. Foi importante divulgadora de Villa-Lobos no exterior.
Nascida em São João da Boa Vista, interior de São Paulo, filha de Ana de Carvalho Meneses e de Manuel José da Cruz Novaes, Guiomar foi a décima sétima dos dezenove filhos do casal. A família logo estabeleceu-se em São Paulo.
O piano, presente em sua casa e utilizado nas aulas de suas irmãs, despertou o interesse de Guiomar, que, aos quatro anos, começou a tocá-lo de ouvido. Aos seis anos, a menina passou a tomar aulas com Eugenio Nogueira, professor paulista, e ingressou, por vontade própria, no jardim de infância. Desde os primeiros dias escolares, acompanhava, ao piano, as canções entoadas pelas colegas.
Mais tarde, Guiomar Novaes passou a tomar aulas com Luigi Chiaffarelli, um importante mestre italiano, considerado o responsável pelo seu desenvolvimento artístico. Chiaffarelli também foi professor de inúmeros pianistas que alcançaram fama no país e no exterior. A menina Guiomar Novaes, vizinha de Monteiro Lobato, foi quem inspirou o escritor a criar a encantadora personagem Narizinho, a "menina do nariz arrebitado" do Sítio do Picapau Amarelo.
Em 1902, com oito anos, Guiomar Novaes apresentou-se publicamente pela primeira vez como artista. Em outubro de 1909, com o auxílio do Governo do Estado de São Paulo, partiu para a Europa, para estudar em Paris.
Ao desembarcar na França, Guiomar foi convidada para visitar uma compatriota que desejava ouvi-la: era a Princesa Isabel, também pianista, que vivia próximo a Versalhes, no exílio. Foi a Princesa Isabel quem estimulou Guiomar a incluir em seu repertório a Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro, composição de Louis Moreau Gottschalk. Guiomar frequentemente tocava a Grande Fantasia Triunfal nos recitais que fazia no exterior, evidenciando assim sua nacionalidade e contribuindo para o reconhecimento internacional do Brasil.
Na capital francesa, Guiomar inscreveu-se para prestar provas no Conservatório de Paris; havia 331 candidatos para doze vagas. Realizou a primeira prova em 18 de novembro de 1909. Após rígida seleção, o número de candidatos baixou para trinta. A segunda prova deu-se em 25 de novembro.
A comissão julgadora era formada por músicos como Claude Debussy, Moszkowski e Lazare-Lévy. Durante o primeiro exame, ela tocou um Prelúdio e Fuga do Cravo Bem Temperado de Bach, um estudo de Liszt-Paganini e a 3ª Balada de Chopin. No segundo exame, quebrando o protocolo dos concursos do Conservatório, Debussy, fascinado com a jovem Guiomar, pediu a repetição da 3a. Balada de Chopin.    Eu estava voltado para o aperfeiçoamento da raça pianística na França...; a ironia habitual do destino quis que o candidato artisticamente mais dotado fosse uma jovem brasileira de treze anos. Ela não é bela, mas tem os olhos 'ébrios da música' e aquele poder de isolar-se de tudo que a cerca - faculdade raríssima - que é a marca bem característica do artista  
— Claude Debussy, 25 de novembro de 1909, Carta a André Caplet
Após ser admitida em primeiro lugar, por unanimidade, estudou no Conservatório com o mestre húngaro Isidore Philipp, que afirmou não ter ensinado nada à aluna e sim aprendido com ela. Em julho de 1911, na prova de encerramento do curso do Conservatório de Paris, Guiomar venceu a prova, que contava com 35 concorrentes, e ganhou o Primeiro Prêmio - que compreendia a quantia de 1200 francos e um piano de cauda.
Depois de conquistar o primeiro prêmio e deixar o Conservatório de Paris, Guiomar teve diversos oferecimentos de contratos, tocando em Paris, Londres, Genebra, Milão e Berlim. Em 1913, retornou ao Brasil e se apresentou no Teatro Municipal de São Paulo e no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Em 1914, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, Guiomar cancelou todos os compromissos na Europa e continuou apresentando-se no Brasil. Em 1915], fez sua estreia nos Estados Unidos, onde realizou fantástica temporada, tocando em Nova Iorque, Boston, Chicago, Norfolk, Newport e outras cidades norte-americanas, sendo aclamada pela crítica estadunidense, que a chama de Lady of the Singing Tone. Henry T. Finck, famoso crítico musical norte-americano, considerou-a a mais inspirada pianista. Em janeiro de 1919], Guiomar perdeu sua mãe e companheira D. Anna, mas não deixou de encantar as plateias americanas. Em agosto de 1919, retornou ao Brasil, onde foi acolhida festivamente, recebendo o reconhecimento de seus compatriotas. Em novembro de 1919, parte Estados Unidos, iniciando a temporada 1919-1920.
Em 1922 Guiomar participou da Semana de Arte Moderna – evento que revolucionou as artes brasileiras, marcando a chegada do modernismo –, apesar de um pouco contristada com as paródias feitas a Chopin no 1º Festival da Semana de 22. Também em 1922, Guiomar casa-se com Octávio Pinto. O casal teve dois filhos: Anna Maria e Luís Octávio. A partir de 1922, Guiomar passou a incluir nos seus recitais as obras de Villa-Lobos, tornando-se importante divulgadora desse seu compatriota nos Estados Unidos.
A partir daí, Guiomar alternou idas aos Estados Unidos e voltas ao Brasil. Em 1938, tocou para o presidente Franklin Delano Roosevelt. A imprensa americana a reconheceu como a melhor pianista do mundo. Em 1950, faleceu Octávio Pinto, seu marido e incentivador, que ficou no Brasil para cuidar de problemas cardíacos. Guiomar sentiu-se profundamente abalada, chegando a cogitar um fim de carreira, mas logo estava de volta aos palcos, fortalecendo-se com a música.
Em abril de 1967, foi escolhida, entre todos os artistas do mundo, para inaugurar o Queen Elizabeth Hall, em Londres, convidada pela rainha Elisabete II do Reino Unido. Nas décadas de 1960 e 1970], Guiomar foi condecorada com diversos títulos, medalhas, insígnias e comendas, e homenagens como a Ordem Nacional do Mérito, concedida pelo governo brasileiro, além de ter sido elevada ao grau de Cavaleiro da Legião de Honra de França. 1972] é o ano da sua última temporada nos Estados Unidos.
Em janeiro de 1979, a pianista sofreu derrame cerebral e seu estado de saúde passou a inspirar cuidados. Guiomar Novaes faleceu em 7 de março de 1979, aos 85 anos, às oito horas da noite, em São Paulo, vítima de infarto do miocárdio. Todos os grandes jornais americanos publicaram um anúncio fúnebre intitulado In Tribute to GUIOMAR NOVAES. Seu velório aconteceu na Academia Paulista de Letras. Foi enterrada no Cemitério da Consolação, em São Paulo, em 8 de março, ao som da Marcha Fúnebre, da Sinfonia Eroica, de Beethoven.

Ary Barroso



Ary de Resende Barroso
Ubá, 7 de novembro de 1903 — Rio de Janeiro, 9 de fevereiro de 1964
Foi um compositor brasileiro de música popular, mais conhecido como autor de Aquarela do Brasil, foi também indicado ao Oscar de melhor canção original com a música "Rio de Janeiro" do filme "Brasil" (1944).
Filho do deputado estadual e promotor público João Evangelista Barroso e Angelina de Resende. Aos oito anos, órfão de pai e mãe, Ary foi adotado pela avó materna, Gabriela Augusta de Resende.
Realizou estudos curriculares na Escola Pública Guido Solero, Externato Mineiro do prof. Cícero Galindo, Ginásios: São José, Rio Branco, de Viçosa, de Leopoldina e de Cataguases.
Estudou teoria, solfejo e piano com a tia Ritinha. Com doze anos já trabalhava como pianista auxiliar no Cinema Ideal, em Ubá. Aos treze anos trabalhou como caixeiro da loja "A Brasileira" e com quinze anos fez a primeira composição, um cateretê "De longe".
Em 1920, com o falecimento do tio Sabino Barroso, ex-ministro da Fazenda, recebeu uma herança de 40 contos (milhões de reis). Então, aos 17 anos veio ao Rio de Janeiro estudar Direito, ali permanecendo sob a tutela do Dr. Carlos Peixoto.
Aprovado no vestibular, ingressa em 1921 na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A Faculdade seria importante na consolidação da veia artística, esportiva e política. Quando calouro, foram colegas de Faculdade mais chegados: Luís Galotti (jurista, dirigente esportivo e posteriormente ministro do STF), João Lira Filho (jurista e professor), Gastão Soares de Moura Filho (dirigente esportivo), João Martins de Oliveira, Nonato Cruz, Odilon de Azevedo (ator), Taques Horta, Anésio Frota Aguiar (jurista, político e escritor).
Adepto da boemia, é reprovado na Faculdade, abandonando os estudos no segundo ano. Suas economias exauriram o que o fez empregar-se como pianista no Cinema Íris, no Largo da Carioca e, mais tarde, na sala de espera do Teatro Carlos Gomes com a orquestra do maestro Sebastião Cirino. Tocou ainda em muitas outra orquestras.
Em 1926 retoma os estudos de Direito, sem deixar a atividade de pianista. Dois anos depois é contratado pela orquestra do maestro Spina, de São Paulo, para uma temporada em Santos e Poços de Caldas. Nessa época, Ary resolve dedicar-se à composição. Compõe "Amor de mulato", "Cachorro quente" e "Oh! Nina", em parceria com Lamartine Babo, seu contemporâneo na Faculdade de Direito.
Em 1929 obtém, finalmente, o bacharelado em Ciências Jurídicas e Sociais. Seu colega de Faculdade e grande incentivador, Mário Reis, grava "Vou a Penha" e "Vamos deixar de intimidades", que se tornou o primeiro sucesso popular.
Nos anos 1930, escreveu as primeiras composições para o teatro musicado carioca. Aquarela do Brasil teve a primeira audição na voz de Aracy Cortes e regravada diversas vezes no Brasil e no exterior. Recebeu o diploma da Academia de Ciências e Arte Cinematográfica de Hollywood pela trilha sonora do longa-metragem Você já foi à Bahia? (1944), de Walt Disney.
A partir de 1943, manteve durante vários anos o programa A hora do calouro, na Rádio Cruzeiro do Sul do Rio de Janeiro, no qual revelou e incentivou novos talentos musicais. Também trabalhou como locutor esportivo (proporcionado momentos inusitados ao sair para comemorar os gols do seu time o CR Flamengo). Autor de centenas de composições em estilos variados, como choro, xote, marcha, foxtrote e samba. Entre outras canções, compôs Tabuleiro da baiana (1937) e Os Quindins de Yayá (1941), Boneca de piche e Rio de Janeiro (1945), que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de melhor canção original.
Durante os a década de 1940 e a década de 1950 compôs vários dos sucessos consagrados por Carmen Miranda no cinema. Ao compor Aquarela do Brasil inaugurou o gênero samba-exaltação.
No centenário do compositor Ary Barroso (2003), a Rede STV SESC SENAC foi a única a produzir um documentário especial de 60 minutos sobre a vida deste brasileiro único, intitulado "O Brasil Brasileiro de Ary Barroso", com depoimentos de Sérgio Cabral (Biógrafo), Dalila Luciano, Carminha Mascarenhas, Carmélia Alves, Roberto Luna, e a filha de Ary Barroso, Mariúza . A direção foi de Dimas Oliveira Junior e produção de WeDo Comunicação.
Ary Barroso também era locutor esportivo. Torcedor confesso do Flamengo, torcia descaradamente a favor do rubro-negro nas transmissões que eram feitas pelo rádio. Quando o Flamengo era atacado, ele dizia mensagens do tipo:"Ih, lá vem os inimigos. Eu não quero nem olhar.", se recusando claramente a narrar o gol do adversário. Quando o embate era realizado entre equipes que não fossem o Flamengo, sempre que saía um gol, primeiro ele narrava, e depois tocava uma gaita.
Morreu no Rio de Janeiro, em 1964, de cirrose hepática decorrente de alcoolismo, e está enterrado no Cemitério de São João Batista.
Dentre as homenagens póstumas ao compositor de Aquarela do Brasil estão o monumento, no Rio de Janeiro, fica no Leme, Zona Sul da cidade. A estátua, em homenagem a Ary Barroso, junto de uma mesa de bar e dois bancos, foi feita por Leo Santana, mesmo artista que esculpiu o monumento em homenagem a Carlos Drummond de Andrade.

Hermeto Pascoal



Hermeto Pascoal
Hermeto Pascoal (nascido em Olho d'Água das Flores e criado na Lagoa da Canoa, 22 de junho de 1936)
Compositor arranjador e multi-instrumentista brasileiro (toca acordeão, flauta, piano, saxofone, trompete, bombardino, escaleta, violão e diversos outros instrumentos musicais).
Os sons da natureza o fascinaram desde pequeno. A partir de um cano de mamona de jerimum (abóbora), fazia um pífano e ficava tocando para os passarinhos. Ao ir para a lagoa, passava horas tocando com a água. O que sobrava de material do seu avô ferreiro, ele pendurava num varal e ficava tirando sons. Até o acordeão de 8 baixos de seu pai, de sete para oito anos, ele resolveu experimentar e não parou mais. Dessa forma, passou a tocar com seu irmão mais velho José Neto, em forrós e festas de casamento, revezando-se com ele no acordeão e no pandeiro.
Mudou-se para o Recife em 1950, e foi para a Rádio Tamandaré. De lá, logo foi convidado, com a ajuda de Sivuca (acordeonista conhecido), para integrar a Rádio Jornal do Commercio, onde José Neto já estava. Formaram o trio O Mundo Pegando Fogo e, segundo Hermeto, ele e seu irmão estavam apenas começando a tocar acordeão, ou seja, eles só tocavam o acordeão de 8 baixos até então.
Porém, por não querer tocar pandeiro e sim acordeão, foi mandado para a Rádio Difusora de Caruaru, como refugo, pelo diretor da Rádio Jornal do Commercio, o qual disse-lhe que "não dava para a música". Ficou nessa rádio em torno de três anos. Quando Sivuca passou por lá, fez muitos elogios sobre o Hermeto ao diretor dessa rádio, o Luís Torres, e Hermeto, por conta disso, logo voltou para a Rádio Jornal do Commercio, em Pernambuco, ganhando o que havia pedido, a convite da mesma pessoa que o tinha mandado embora. Ali, em 1954, casou-se com Ilza da Silva, com quem viveu 46 anos e teve seis filhos: Jorge, Fabio, Flávia, Fátima, Fabiula e Flávio. Foi nessa época também que descobriu o piano, a partir de um convite do guitarrista Heraldo do Monte, para tocar na Boate Delfim Verde. Dali, foi para João Pessoa, onde ficou quase um ano tocando na Orquestra Tabajara, do maestro Gomes.
Em 1958, mudou-se para o Rio de Janeiro para tocar acordeão no Regional de Pernambuco do Pandeiro (na Rádio Mauá) e, em seguida, piano no conjunto e na boate do violinista Fafá Lemos e, em seguida, no conjunto do Maestro Copinha (flautista e saxofonista), no Hotel Excelsior. Durante muitos anos em que viveu no Rio de Janeiro, Hermeto Pascoal morou no Bairro Jabour, na zona oeste da cidade. O documentário "Hermeto Campeão", realizado em 1981 pelo cineasta húngaro-brasileiro Thomas Farkas, foi filmado na residência do músico no Bairro Jabour, local de onde saiu apenas quando mudou-se para Curitiba
No Link Abaixo Hermeto tocando com Flauta o Ovo

Marcelo Tupynambá



Marcelo Tupynambá
Marcelo Tupynambá, pseudônimo de Fernando Álvares Lobo (Tietê, 29 de maio de 1889 - São Paulo, 4 de Julho de 1953), foi um músico brasileiro.
Filho do Maestro Eduardo Álvares Lobo e D. Maria Rodrigues de Azevedo Lobo, professora; sobrinho do maestro e compositor Elias Álvares Lobo. Ainda pequeno mudou-se para São Paulo, onde fez o curso primário.
Na cidade de Pouso Alegre, preparou-se para ingressar na Escola Politécnica, formando-se em Engenharia Civil em 1914. Trabalhou como engenheiro mas, sentindo que a sua verdadeira vocação era a Música, a ela passou a dedicar-se inteiramente.
No ano de 1914, musicou a revista teatral de Danton Vampré, denominada "São Paulo Futuro" e, a partir daí, nada deteve sua carreira de compositor, que alcançou renome internacional. Naquele mesmo ano adotou o pseudônimo de Marcelo Tupynambá pois, à época, um "músico não era visto com bons olhos". Durante a sua carreira compôs mais de mil e duzentas melodias, das quais seiscentas foram impressas e gravadas. Marcelo Tupinambá foi autor do Hino Constitucionalista de 1932/MMDC, "O Passo do Soldado", para o qual Guilherme de Almeida escreveu depois a letra, com interpretação de Francisco Alves.
Foi casado com Dona Irene Menezes Lobo, com quem teve os filhos: Cecilia, Helena, Samuel, Cláudio, Eduardo, Thereza e Ignês.

Sebastião Tapajós



Sebastião Tapajós
Santarém, 16 de abril de 1944
Violonista e compositor brasileiro.
Nascido em Santarém, Pará, em 16 de abril de 1944, Sebastião Tapajós começou ainda criança a estudar violão. Em 1964, foi estudar na Europa. Formou-se pelo Conservatório Nacional de Música de Lisboa, em Portugal. Na Espanha, estudou guitarra com Emilio Pujol e cursou o Instituto de Cultura Hispânica. Realizou recitais nesses dois países. Regressando ao Brasil, recebeu a cadeira de violão clássico do Conservatório Carlos Gomes de Belém, onde lecionou até julho de 1967.
Ao longo de sua carreira, o artista já tocou com nomes conhecidos da MPB como Hermeto Pascoal, Jane Duboc, Zimbo Trio, Waldir Azevedo, Paulo Moura, Sivuca, Maurício Einhorn e Joel do Bandolim e internacionais como Gerry Mulligan, Astor Piazzolla, Oscar Peterson e Paquito D'Rivera.
Em 1998 compôs a trilha sonora do longa-metragem paraense Lendas Amazônicas.
Tapajós é hoje um músico consagrado na Europa, onde se apresentou um sem-número de vezes durante as últimas décadas, particularmente na Alemanha e já lançou mais de cinqüenta discos. Tendo uma sólida carreira internacional, o violonista vem realizando todos os anos pelo menos duas turnês internacionais. Todos os seus discos têm sido relançados em CD em vários países.
Em 2005, estreou, ao lado da bailarina Carmen Del Rio, o espetáculo "O Violão e a Bailarina", no Shopping da Gávea, no Rio de Janeiro. O show contou com a participação especial de Ney Conceição.
Além de sua obra como Instrumentista, é autor de várias canções, em parceria com Marilena Amaral, Paulinho Tapajós, Billy Blanco, Antonio Carlos Maranhão, Avelino V. do Vale e outros compositores.
Constam da relação dos intérpretes de suas canções artistas como Emílio Santiago, Miltinho, Pery Ribeiro, Jane Duboc, Maria Creuza, Fafá de Belém, Nilson Chaves, Ana Lengruber e Cristina Caetano, entre outros.
Segundo V. A. Bezerra “O estilo de tocar de Sebastião Tapajós é vigoroso e incisivo, e o som que tira do instrumento é cheio e encorpado. Ele gosta de utilizar efeitos percussivos, variações de timbre (do som mais doce, tocando próximo à boca do instrumento, ao mais metálico, próximo ao cavalete do instrumento), sons harmônicos, repetição ritmada de acordes em ostinato e outros recursos.”
Nos últimos anos o violonista tem demonstrado um vigor impressionante compondo um grande número de novas obras, experimentando novas estéticas e revisando sua vasta produção. Em 2010 fez a direção artística do CD Cristina Caetano interpreta Sebastião Tapajós e Parceiros. Em seguida, em 2011, produziu e lançou os Cds Cordas do Tapajós e Conversas de Violões com o amigo e parceiro Sérgio Ábalos. Já em 2012 lançou Suíte das Amazonas e remasterizou o clássico Painel, uma de suas obras mais conhecidas em todo o mundo. Neste ano de 2013 já lançou e realizou turnê nacional com o CD Da Lapa ao Mascote e prepara o lançamento do DVD Sebastião Tapajós e amigos solistas (2013)
Em 16 de maio de 2013 Sebastião Tapajós recebeu o Título de Doutor Honoris Causa da Universidade do Estado do Pará (UEPA) . Ainda no mesmo ano, em 11 de novembro de 2013 recebeu o Título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA).
 

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Simon Bountman



Simon Bountman
Rússia, 1 de janeiro de 19001
Rio de Janeiro, 1 de março de 1977
Foi um maestro e violinista russo que residiu no Brasil.
Um dos principais arranjadores nas gravações da Odeon e da Columbia nas décadas de 1920 e 1930. Chegou ao Brasil em 1923, acompanhando a orquestra da companhia de revistas espanhola Velasco, durante temporada de dois meses no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.
Depois do término da temporada com a Velasco, em outubro de 1923, decidiu permanecer no Rio de Janeiro, formando com outros músicos a Jazz-Band Kosarin. No final do ano, foi contratado pelo Copacabana Palace Hotel, onde criou e dirigiu a Jazz-Band e a Orquestra Pan American do Cassino Copacabana. Durante a década de 1920, apresentou-se à frente da orquestra no grill-room do Copacabana Palace, em espetáculos dançantes que iam da meia-noite às quatro horas da madrugada. Entre os cantores que se apresentavam com a orquestra dirigida por ele estava Francisco Alves, antes de iniciar sua carreira discográfica na Casa Edison.  No ano de 1926,  a convite de Fred Figner, o maestro passou a reger gravações para a Odeon. As primeiras gravações com arranjos seus foram a valsa "Revendo o passado", de Freire Junior e o fado-tango "Visão do passado", de Ernesto dos Santos, o Donga. Segundo Luís Antonio Giron, em sua biografia de Mario Reis "O fino do samba", há uma tendência "nos historiadores musicais populares em menosprezar o papel dos músicos de formação européia na miscegenação sonora que se dava nos anos 1920. Em nome do ufanismo afro, consideram figuras como Bountman, o pianista Lúcio Chameck, o saxofonista Ignacio Kolman e o maestro Harry Kosarin como elementos secundários". Ainda na Odeon, criou e dirigiu a Orquestra Pan American que realizou uma série de gravações, entre as quais, os fox trot "Pergunte a ela", de autor desconhecido, "Uma noite de farra", de Lúcio Chameck e "Pérola do Japão", de Fonseca Costa, além da toada brasileira "Paulicéia como és formosa", de Ernesto Nazareth.  Em 1928,  fez o arranjo e a regência para a antológica gravação de Mario Reis do samba "Jura", de Sinhô, que lançou publicamente o grande cantor carioca. Em 1997, seu arranjo para o samba "Música, Maestro", de Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti, foi aproveitado pela cantora Vânia Bastos e incluído no LP "Diversões não eletrônicas", lançado pela ela pela gravadora Velas.

Esmerino Cardoso



Esmerino Cardoso
 Circa 1900 Rio de Janeiro, RJ
Provavelmente inicou a carreira artística na década de 1920, tocando em bailes e orquestra pela cidade. Entre 1930 e 1932, fez parte de um grupo de músicos que acompanhou gravações de Francisco Alves e Mário Reis, numa série de disco que a dupla gravou naquele período. Dessa orquestra faziam parte os músicos Djalma Guimarães (trompete), Ismerino Cardoso (trombone), Valfrido Silva (bateria), Luperce Miranda (cavaquinho e bandolim), Tute (violão) e Custódio Mesquita (piano), e acompanhava as apresentações de Francisco Alves e Mário Reis, no Teatro Lírico, no Rio de Janeiro. Em 1955, a Odeon lançou um LP reunindo 9 das composições feitas pelos cantores Mário Reis e Francisco Alves na década de 1930. Na contra capa do disco o pesquisador Lúcio Rangel assim se referiu ao conjunto que acompanhou os cantores: "todos eles constituídos pelos mesmos músicos, alguns dos melhores da época: o pistonista Djalma, o trombonista Ismerino Cardoso, o pianista Romualdo Peixoto [Nonô], o baterista Walfrido Silva, o violonista Arthur Nascimento [Tute] e Luperce Miranda, mestre do cavaquinho e do bandolin. Outros instrumentistas estão presentes mas os que enumeramos eram constantes em todos os conjuntos que acompanhavam a dupla". Por volta de 1958, o jornalista Lúcio Rangel escreveu a contra capa para o LP "Para sua festa - Com o Sexteto Espetacular". Nesse texto contou a seguinte história que atesta as qualidades do trombonista Ismerino Cardoso: "O instrumentista brasileiro é, muito justamente, considerado como dos melhores do mundo, pela sua técnica apurada e pela sua versatilidade, adaptando-se aos mais variados ritmos, sentindo-os como se fossem originários do seu próprio país. Para qualquer instrumento poderíamos apontar, no mínimo, meia dúzia de especialistas capazes de rivalizar com quaisquer outros do mundo. É famoso o caso ocorrido quando da estadia do notável Leopold Stokowski no Rio de Janeiro. Ia o conhecido regente realizar no Teatro Municipal um dos seus concertos. A casa repleta, aguardava o início do espetáculo. Nos bastidores, grande agitação, É que adoecera, subitamente, o trombonista encarregado de importante passagem de uma das peças a serem executadas. Impossível substituí-lo por qualquer outro músico presente. Foi quando lembraram o nome de um trombonista brasileiro "Ismerino cardoso" mestre do seu instrumento. Mas, onde andaria ele? Indaga-se daqui e dali, descobre-se, finalmente, que ele estava trabalhando. Mas onde? Por incrível que pareça, num dos dancings populares da cidade. Stokowski ficou desapontado, Como poderia um músico de dancing interpretar como solista a difícil e sutil passagem constante do programa? Sem outro recurso, mandaram vir Ismerino. Chegou despreocupadamente, com seu largo sorriso e tranquilidade em todas as atitudes. Parecia que saira de um dancing e entrara em outro. Não havia tempo para ensaios. O pano de boca se abriu e começou a execução da grande orquestra. O maestro, nervoso, aguardava a passagem do trombonista. Este, que nunca vira a partitura colocada à sua frente, começou sua execução, com a facilidade dos mestres, tal como se estivera tocando um sambinha repinicado para os frequentadores de um clube popular. Stokowski não escondeu o seu assombro. Findo o número, beijou, à moda europeia, a face morena e brasileira do trombonista Ismerino Cardoso, que, confessava, nada mais fizera do que ler o que estava escrito em sua frente, e isso ele sabia".

terça-feira, 1 de julho de 2014

Jericó



Odésio Jericó da Silva, O Jericó
Instrumentista. Trompetista. Existem poucas informações a seu respeito.
 

Mario Albanese



Mario Albanese
 31/10/1931 São Paulo, SP
Instrumentista (pianista).Compositor. Professor de música. Radialista. Advogado. Jornalista.
Iniciou seu aprendizado musical com a mãe, Clara Petrillo Albanese, ingressando, em seguida, no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Mais tarde, estudou com Antonieta Rudge, Hans Joachim Koellreutter, Samuel Arcanjo, Caldeira Filho, Mário de Andrade e Rossini Tavares de Lima.
Como jornalista, manteve colunas nas revistas "Manequim" e "Discorama", bem como nos jornais "Folha da Tarde", "Folha de São Paulo", "Hora de São Paulo", "Popular da Tarde", "Cruzeiro do Sul" e "Gazeta do Taboão", entre outros.
Foi diretor artístico da gravadora Philips, em São Paulo.
Como radialista, teve programas nas emissoras de rádio Nacional (Globo), Record, Bandeirantes, Excelsior, Gazeta, América, Trianon, Cacique, Anchieta e Grande ABC-FM.
Atuou como produtor e apresentador na TV Tupi, TV Record, TV Excelsior, TV Gazeta, TV Bandeirantes e TV Cultura.
Em 1965, criou o neologismo "jequibau" para definir o ritmo brasileiro em 5/4, do qual também é criador, juntamente com Ciro Pereira, com quem compôs várias músicas do gênero, como "No balanço do jequibau", "Jequi-Bach" e "Maré alta", gravadas, no Brasil e no exterior, por artistas como Agnaldo Rayol, Os Três Moraes, Zimbo Trio, Andy Williams, Sadao Watanabe e Percy Faith, entre outros. No início dos anos 1970, apresentou, na Radio Nacional, o programa "O Assunto é violão". Gravou diversos discos contendo composições próprias, com destaque para o LP "Jequibau", que foi lançado também nos mercados norte-americano, françês, uruguaio e argentino. Em 1983, a música "Vida roubada", de sua parceria com Ciro Monteiro, foi gravada por Altemar Dutra e incluída na trilha sonora da novela de mesmo nome realizada pelo SBT. Em 1991, compôs, com Geraldo Vidigal, a "Canção da Avenida Paulista", em homenagem ao centenário da rua. A música foi lançada em compacto independente, com gravações de Inesita Barroso e Agnaldo Rayol, além do próprio compositor. Dois anos depois, foi oficializado a data de 9 de agosto como o "Dia do Jequibau", pela Câmara Municipal de São Paulo. É membro da Academia Internacional de Música

Toco Preto



Ormindo Pontes de Melo, O Toco Preto
7 de junho de 1933
Não há quase nenhuma informação sobre ele na Internet, nem em livros sobre música brasileira. O que dá para saber é que ele é um grande cavaquinista dos tempos do rádio, que ficou conhecido como solista, mas que também é um excelente acompanhador.
O apelido de Toco Preto ele ganhou porque teve a cabeça raspada quando adolescente; então, a turma toda começou a chamá-lo de Toco Preto, e o apelido pegou para sempre.  Ele começou profissionalmente em uma rádio em Jacarepaguá. Depois, foi para a rádio Mayrink Veiga, e posteriormente, esteve na Rádio Tamoio e Rádio Tupi. Depois disso, gravou 3 discos pela CBS, na década de 1970. Ele acompanhou vários cantores de samba, como Roberto Ribeiro. Tocou cavaquinho também acompanhando grupos de música nordestina.  Ele fez parte de um grupo de nome Chapéu de Palha, do qual faziam parte Zé da Velha e Josias Nunes.

Ribamar



José Ribamar Pereira da Silva
 9/12/1919 Rio de Janeiro, RJ
 6/9/1987 Rio de Janeiro, RJ
Compositor. Instrumentista.
Irmão do compositor Esdras Pereira da Silva. Aos sete anos de idade começou a estudar piano com sua avó. Trabalhou no funcionalismo público. Foi pianista na noite carioca e se tornou parceiro, entre outros, de Dolores Duran.
Iniciou sua carreira de músico profissional em 1950, acompanhando Dolores Duran. Ainda nesse ano, venceu o concurso para escolha de um pianista de música popular na Rádio Nacional. Em 1952 teve sua primeira composição gravada, o bolero "Duas vidas", com Esdras Pereira da Silva, na voz de Fernando Barreto. Atuou como violinista de Fafá Lemos e com outros grupos, formando em 1953 seu próprio conjunto, tocando acordeom e piano em casas noturnas do Rio de Janeiro. Entre outras Rádios, trabalhou na Rádio Mundial (RJ). Em 1955, acompanhou Tito Madi em apresentações nas boates do Beco das Garrafas no Rio de Janeiro formando com ele um dos mais populares duos das noites cariocas. Em 1956, teve o samba-canção "Abandonado", com Esdras Silva e W. Barros, gravado por Helena de Lima no LP "Dentro da noite", lançado pela Continental.
Em 1958, teve o samba-canção "Pela rua", com Dolores Duran, lançado por Alaíde Costa em disco RCA Victor. Nessa época, iniciou uma fértil parceria com Dolores Duran, com quem atuou como pianista, destacando-se os sambas-canções "Quem sou eu", "Idéias erradas", "Se eu tiver", "Pela rua" e "Ternura antiga", parceria póstuma sobre versos de Dolores Duran, que tinha morrido meses antes, música também classificada em 2º lugar no Festival das Dez Mais Lindas Canções de Amor, na TV Rio, em interpretação de Lucienne Franco. Em 1959, teve o samba "Idéias erradas", com Dolores Duran, gravado pelo Trio Irakitan na Odeon e por Carlos Galhardo na RCA Victor, e o samba-canção "Quem sou eu?", também com Dolores Duran, gravado por Neusa Maria na RCA Victor. Nesse ano, o samba-canção "Pela rua", com Dolores Duran, foi regravado por Tito Madi na Continental.
Em 1960, seu samba-canção "Pela rua", com Dolores Duran, foi gravado por Elizeth Cardoso no LP "A meiga Elizeth" da gravadora Copacabana. Nesse ano, seu maior sucesso, o samba-canção "Ternura antiga", com Dolores Duran foi lançado por Luciene Franco na Copacabana. Teve ainda no mesmo ano, a balada "Teu nome", com Osmar Navarro gravada por Francisco Carlos na RCA Victor.
Em 1961, o samba "Que é que eu faço", com Dolores Duran, foi gravado por Isaura Garcia no LP "A pedida é samba" da Odeon, e "Ternura antiga" foi regravado na Copacabana por Paulo Alencar e sua orquestra. Ainda nesse ano, Leni Andrade regravou na Mocambo, o samba-canção "Quem sou eu?". Em 1963, Helena de Lima gravou a canção "Que fez você", com Orlando Henrique, no LP "Quando a saudade chegar", da RGE. No mesmo ano, fez a direção artística do LP "As grandes escolas de samba com orquestra e coro" com gravações dos sambas enredo "Chica da Silva", "Rio dos vice reis", "Mestre Valentim", "Relíquias da Bahia", "Palmares", "Tristeza no carnaval", "Mauá e suas realizações", "Vem do morro" e "Toda prosa".
Em 1969, teve o samba-canção "Eu te amo", com Nunes e Romeu, gravado por Helena de Lima no LP "Uma noite no Drink", da RCA Victor. Em 1972, o samba-canção "E a chuva parou", com Esdras Silva e Victor Freire, foi gravado por Tito Madi no LP "A fossa - volume 2" do selo London/Odeon. No ano seguinte, no volume 3 da série "A fossa" Tito Madi regravou o samba-canção "Se eu tiver", com Dolores Duran. Em 1978, seu samba-canção "Teu nome", com Osmar Navarro foi regravado por Carlos Galhardo no LP "Parabéns a mim por ter você" da EMI-Odeon.
Em 1981, teve o samba-canção "Ternura antiga", com Dolores Duran regravado por Tito Madi no LP "Tito Madi na intimidade - Ao vivo no Inverno & Verão" da Continental.
Teve canções gravadas por Carlos José, Tito Madi, Trio Iraquitã, Carlos Galhardo, Helena de Lima, Elizeth Cardoiso e Neusa Maria, entre outros. Deixou gravados cinco LPs em diferentes gravadoras: Colúmbia, Philips, Musidisc, Equipe e RCA, entre os quais, "Ribamar ao piano" e "Dançando com Ribamar", pela Columbia e "Ribamar e seu piano", pela Philips.