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quinta-feira, 24 de abril de 2014

Portinho



Antonio Cleber dos Santos Silva, o Portinho
Grande baterista gaúcho, na busca por mais informações
 

Luis Arruda Paes



 Luís Gonzaga Arruda Paes
 * 08/05/1926 São Paulo, SP, Brasil.
 † 10/03/1999 Praia Grande, SP, Brasil.
Instrumentista. Arranjador. Regente. Compositor.
Estudou com Carmen Strazzeri (piano) e João Sepe (teoria e harmonia), complementando sua formação com Osvaldo Lacerda e Hans Joachim Koellreutter. Estudou no Colégio Mackenzie. Considerado um dos grandes arranjadores de São Paulo.
Em 1949, iniciou a carreira artítstica atuando como pianista da orquestra da Rádio Tupi de São Paulo. Em seguida, passou a atuar como pianista da Orquestra de Zezinho, que se apresentava na TV Tupi de São Paulo. Em 1952, ainda na TV Tupi, começou a atuar como maestro. No mesmo ano, passou a fazer arranjos para orquestra na mesma emissora. Em 1954, acompanhou com sua orquestra na Sint er o cantor Léo Romano na gravação da valsa "Falsa mulher" e do bolero "Meu amor". No mesmo ano, acompanhou Vilma Bentivegna na gravaçãoda guaracha "Me "vo" a morir" e do samba canção "Chove". Em 1956, fez a trilha sonora para o filme "O sobrado", de Walter George Durst. No mesmo ano, gravou com sua orquestra a fantasia "O sobrado", de sua autoria e parte da trilha sonora do filme do mesmo nome. No outro lado desse disco, um 78 rpm, a cantora Heleninha Silveira interpretou a "Canção da esperança", de sua parceria com Ribeiro Filho. Ainda no mesmo ano, gravou pela Odeon o seu primeiro LP, "Brasil - Dia e noite", considerado um acontecimento no fonográfico tanto sob o aspecto artístico como no comercial, sendo lançado também na Argentina, no México, nos Estados Unidos e no Japão. Também no mesmo período, gravou com sua orquestra o samba canção "Copacabana", de João de Barro e Alberto Ribeiro e o baião "Caruaru", de Belmiro Barrela. No ano seguinte, lançou o LP "Brasil de norte e sul", também pela Odeon.  Em 1958, recebeu o Disco de Ouro, prêmio oferecido pela gravadora Odeon. No mesmo ano, gravou com sua orquestra as fantasias "Ternura", "Edy Concerto" e "Sonho desfeito", de Salatiel Coelho e Vilma Camargo e "Romance de amor", adaptação de Marc Langean. Em 1959, lançou em 78 rpm "Nossa bandeira", de sua parceria com Guilherme de Almeida e "Paris Belfort", de Antônio Farigoul e Guilherme de Almeida. Ainda no mesmo ano, lançou com sua orquestra e coro o fox "Mulher", de Custódio Mesquita e Sadi Cabral, o fox canção "Nada além", de Custódio Mesquita e Mário Lago e o samba canção "Eu sei que vou te amar", de Antônio Carlos Jobim e Vinicius de Moraes. Também no mesmo ano, lançou o LP "Piano romântico - Luis Arruda Paes, seu piano e sua orquestra" no qual foram interpretadas as músicas "Laura", de J. Mercer e David Reskin; "Foi a noite", de Tom Jobim e Newton Mendonça; "Concerto de outono", de C. Bargoni e Danpa; "Till", de Sigman e Danvers; "A canção da esperança", de sua autoria e Ribeiro Filho; "E troppo tardi", de W. Coll; "Conselho", de Denis Brean e Osvaldo Guilherme; "Veneno", de Poly e Henrique Lobo; "My funny Valentine" e "Bewitched", de R. Rogers e L. Hart; "You go to my head", de H. Gillespie e J. F. Coots, e "Além", de Edson Borges e Sidney Morais. Em 1960, gravou o LP "Brasil moreno". Em 1961, gravou com sua orquestra e coro as músicas "I love Paris", de Cole Porter e "Calcutá", de Heino Gaze. No mesmo ano, lançou o LP "Itália eterna". Em 1962, acompanhou com sua orquestra e coro as gravações de Zezinho da TV no trompete nos fox "Noites de Moscou" e "Love letters", pela RCA Victor. Em 1963, lançou o LP "Brasil é samba". Por essa época, passou a dirigir uma orquestra com 30 componentes da qual fazia parte também o conjunto vocal "Os Modernistas".  Em 1966, gravou o LP "Brasil, dia e noite, vol. 2", lançado nos Estados Unidos sob o título de "Dawn is approaching", com destaque para "A banda", "Sonho de um carnaval" e "olá olá", de Chico Buarque. Permaneceu na TV Tupi como maestro e arranjador até 1980. A partir desse ano, transferiu-se para Praia Grande (SP), atuando como autônomo. Participou, como arranjador e regente, da Jazz Sinfônica de São Paulo, de 1989 a 1992.  Assinou arranjos para gravações de vários artistas. Foi orientador de diversos maestros entre os quais, Chiquinho de Moraes e José Briamonte. Foi premiado sete vezes com o troféu Roquette Pinto, da TV Record (SP). Em 1997, o arranjo que fez para a música "Calendário Lunar", de Klébi Nori e Silvana Stiévano, foi utilizado pela cantora Vânia Bastos, no LP "Diversões não eletrônicas" lançado por ela pela gravadora Velas.
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Newton Siqueira Campos



Newton de Siqueira Campos
Outro grande instrumentista (contrabaixo) sem informações na rede  

Walter Wanderley



Walter Wanderley
Recife, 12 de maio de 1932 — São Francisco, 4 de setembro de 1986
Foi um organista brasileiro. Foi casado com a cantora Isaurinha Garcia.
Fez história nos EUA vendendo mais de 1 milhão de cópias no seu cd de lançamento "Rain Forest".1
Já famoso no Brasil no fim dos anos 50, o organista pernambucano Wanderley, influenciado por Tony Bennett, se mudou com seu trio para os Estados Unidos da América em 1966, e lançou seu primeiro single, Samba de Verão (Summer Samba), de Marcos e Paulo Sérgio Valle, alcançando o segundo lugar nas paradas e alcançando a impressionante marca de um milhão de cópias vendidas nos EUA. Impressiona muito também o fato dele quase não ser conhecido no Brasil, devido ao estilo elitista de sua musica instrumental.
Walter teve reconhecimento internacional pelo trabalho realizado com a cantora Astrud Gilberto, com a qual dividiu os créditos de A Certain Smile, a Certain Sadness e, daí em diante, consolidou sua carreira no meio jazzístico californiano e americano, algo impressionante entre tantos mestres do gênero.
Morreu de câncer, em setembro de 1986 em San Francisco, EUA.
Walter Wanderley tinha ancestrais neerlandeses.
 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Duílio



Duílio Cosenza, O Duílio
Mais um grande instrumentista (Guitarrista) ignorado pela midia, pouca ou nada encontrei no Google, guitarrista muito atuante e respeitado nas noites paulistanas dos anos 50 e 60 sabe se que ele se mudou para os Estados Unidos se tornando professor de uma das maiores escolas de musica daquele país a Berklee

Tom Jobim



Antônio Carlos Brasileiro de Almeida, O Tom 
Rio de Janeiro, 25 de janeiro de 1927 — Nova Iorque, 8 de dezembro de 1994
Foi um compositor, maestro, pianista, cantor, arranjador e violonista brasileiro. É considerado o maior expoente de todos os tempos da música brasileira pela revista Rolling Stone, e um dos criadores e uma das principais forças do movimento da bossa nova.
Nascido no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro (na época Distrito Federal), Tom mudou-se com a família no ano seguinte para Ipanema, onde foi criado. A ausência do pai, Jorge de Oliveira Jobim, durante a infância e adolescência lhe impôs um contido ressentimento, desenvolvendo no maestro uma profunda relação com a tristeza e o romantismo melódico, transferido peculiarmente para as construções harmônicas e melódicas. Aprendeu a tocar violão e piano em aulas, entre outros, com o professor alemão Hans-Joachim Koellreutter, introdutor da técnica dodecafônica no Brasil.
O trisavô paterno do compositor, José Martins da Cruz Jobim, , era natural de Jovim, Gondomar, Portugal. O sobrenome de Jobim alude a essa localidade.
No dia 15 de outubro de 1949, Antônio Carlos Jobim casou-se com Thereza de Otero Hermanny (1977), com quem teve dois filhos, Paulo (n. 1950) e Elizabeth (n. 1957).
Em 1976, Tom conhece a fotógrafa Ana Beatriz Lontra, então com 19 anos, mesma idade de sua filha Elizabeth.
Em maio de 1978, Tom viajou com Ana Beatriz Lontra para New York, em lua de mel.
Em 30 de abril de 1986,3 ele casou-se oficialmente com a fotógrafa e vocalista da Banda Nova, Ana Beatriz Lontra.4 Tom e sua segunda esposa, Ana Jobim, tiveram dois filhos juntos, João Francisco (1979-19985 6 ) e Maria Luiza (1987).
Declarou em entrevista à TV Globo, em 1987, que o Rio de Janeiro onde viveu sua infância era muito diferente do Rio que se encontrava na época da entrevista.
Pensou em trabalhar como arquiteto, chegando a cursar o primeiro ano da faculdade e até a se empregar em um escritório, mas logo desistiu e decidiu ser pianista. Tocava em bares e boates em Copacabana, como no Beco das Garrafas no início dos anos 1950, até que em 1952 foi contratado como arranjador pela gravadora Continental, onde trabalhou com Sávio Silveira. Além dos arranjos, também tinha a função de transcrever para a pauta as melodias de compositores que não dominavam a escrita musical. Datam dessa época as primeiras composições, sendo a primeira gravada “Incerteza”, uma parceria com Newton Mendonça, na voz de Mauricy Moura.
Depois da Continental, foi para a Odeon. Entretanto, não tinha tanto tempo para se dedicar à composição, que lhe interessava mais. É nesse época que compõe alguns sambas, em parceria de Billy Blanco: Tereza da Praia, gravada por Lúcio Alves e Dick Farney pela Continental (1954), Solidão e a Sinfonia do Rio de Janeiro. Tereza da Praia o primeiro sucesso. Depois disso, ocorreram outras parcerias, como com a cantora e compositora Dolores Duran, na canção Se é por Falta de Adeus.
Em 1956, com 29 anos, Tom conheceu Vinícius de Moraes por acaso no bar Villarino, apresentado a ele por Lúcio Rangel, que sugeriu que Tom musicasse a peça Orfeu da Conceição do próprio Vinícius, que se tornou um de seus parceiros mais constantes. Dessa peça fez bastante sucesso a canção antológica Se Todos Fossem Iguais a Você, gravada diversas vezes. Tom Jobim fez parte do núcleo embrionário da bossa nova. O LP Canção do Amor Demais (1958), em parceria com Vinícius, e interpretações de Elizeth Cardoso, foi acompanhado pelo violão de um baiano até então desconhecido, João Gilberto. A orquestração é considerada um marco inaugural da bossa nova, pela originalidade das melodias e harmonias. Inclui, entre outras, Canção do Amor Demais, Chega de Saudade e Eu Não Existo sem Você. A consolidação da bossa nova como estilo musical veio logo em seguida com o 78 rotações Chega de Saudade, interpretado por João Gilberto, lançado em 1959, com arranjos e direção musical de Tom, selou os rumos que a música popular brasileira tomaria dali para frente. No mesmo ano foi a vez de Sílvia Telles gravar Amor de Gente Moça, um disco com doze canções de Tom, entre elas Só em Teus Braços, Dindi (com Aloysio de Oliveira) e A Felicidade (com Vinícius).
Tom foi um dos destaques do Festival de Bossa Nova do Carnegie Hall, em Nova York em 1962. No ano seguinte compôs, com Vinícius, um dos maiores sucessos e possivelmente a canção brasileira mais executada no exterior: Garota de Ipanema. Nos anos de 1962 e 1963 a quantidade de “clássicos” produzidos por Tom é impressionante: Samba do Avião, Só Danço Samba (com Vinícius), Ela é Carioca (com Vinícius), O Morro Não Tem Vez, Inútil Paisagem (com Aloysio), Vivo Sonhando. Nos Estados Unidos gravou discos (o primeiro individual foi The Composer of Desafinado, Plays, de 1965), participou de espetáculos e fundou sua própria editora, a Corcovado Music.
O sucesso fora do Brasil o fez voltar aos EUA em 1967 para gravar com um dos grandes mitos americanos, Frank Sinatra. O disco Francis Albert Sinatra & Antonio Carlos Jobim, com arranjos de Claus Ogerman, incluiu versões em inglês das canções de Tom (The Girl From Ipanema, How Insensitive, Dindi, Quiet Night of Quiet Stars) e composições americanas, como I Concentrate On You, de Cole Porter. No fim dos anos 1960, depois de lançar o disco Wave (com a faixa-título, Triste, Lamento entre outras instrumentais), participou de festivais no Brasil, conquistando o primeiro lugar no III Festival Internacional da Canção (Rede Globo), com Sabiá, parceria com Chico Buarque, interpretado por Cynara e Cybele, do Quarteto em Cy. Sabiá conquistou o júri, mas não o público, que vaiou ostensivamente a interpretação diante dos constrangidos compositores.
Aprofundando seus estudos musicais, adquirindo influências de compositores eruditos, principalmente Villa-Lobos e Debussy, Tom Jobim prosseguiu gravando e compondo músicas vocais e instrumentais de rara inspiração, juntando harmonias do jazz (Stone Flower) e elementos tipicamente brasileiros, fruto de suas pesquisas sobre a cultura brasileira. É o caso de Matita Perê e Urubu, lançados na década de 1970, que marcam a aliança entre sua sofisticação harmônica e sua qualidade de letrista. São desses dois discos Águas de Março, Ana Luiza, Lígia, Correnteza, O Boto, Ângela. Também nessa época grava discos com outros artistas, como Elis e Tom, com Elis Regina, Miúcha e Tom Jobim e Edu e Tom, com Edu Lobo.
Valendo-se ainda do filão engajado do pós-regime militar, cantou, ainda que com uma participação individual diminuta, no coro da versão brasileira de We are the world, o hit americano que juntou vozes e levantou fundos para a África ou USA for Africa. O projeto Nordeste Já (1985) abraçou a causa da seca nordestina, unindo 155 vozes num compacto, de criação coletiva, com as canções Chega de mágoa e Seca d´água. Elogiado pela competência das interpretações individuais, foi no entanto criticado pela incapacidade de harmonizar as vozes e o enquadramento de cada uma delas no coro.
Em 1987, lançou Passarim, obra de um compositor já consagrado, que pode desenvolver seu trabalho sem qualquer receio, acompanhado por uma banda grande, a Banda Nova. Além da faixa-título, Gabriela, Luiza, Chansong, Borzeguim e Anos Dourados (com Chico Buarque) são os destaques. Em 1992 foi enredo da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Seu último álbum, Antônio Brasileiro, foi lançado em 1994, pouco antes da sua morte, em dezembro, de parada cardíaca, quando estava se recuperando de um câncer de bexiga no Hospital Mount Sinai, em Nova Iorque.

Chiquinha Gonzaga



Francisca Edwiges Neves Gonzaga, A Chiquinha Gonzaga
Rio de Janeiro, 17 de outubro de 1847 — 28 de fevereiro de 1935
Foi uma compositora, pianista e regente brasileira.
Foi a primeira chorona, primeira pianista de choro, autora da primeira marcha carnavalesca com letra ("Ô Abre Alas", 1899) e também a primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil. No Passeio Público do Rio de Janeiro, há uma herma em sua homenagem, obra do escultor Honório Peçanha. Em maio de 2012 foi sancionada a Lei 12.624 que instituiu o Dia Nacional da Música Popular Brasileira, a ser comemorado no dia de seu aniversário
Era filha de José Basileu Gonzaga, general do Exército Imperial Brasileiro e de Rosa Maria Neves de Lima, uma negra muito humilde. Apesar de opiniões contrárias da família, casou-se após o nascimento da menina Francisca. Chiquinha Gonzaga foi educada numa família de pretensões aristocráticas (seu padrinho era Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias). Ela conviveu bastante com a rígida família do seu pai. Fez seus estudos normais com o cônego Trindade, um dos melhores professores da época, e musicais com o Maestro Lobo, um fenômeno da música. Desde cedo, frequentava rodas de lundu, umbigada e outros ritmos oriundos da África, pois nesses encontros buscava sua identificação musical com os ritmos populares que vinham das rodas dos escravos.
Inicia, aos 11 anos, sua carreira de compositora com uma canção natalina, Canção dos Pastores. Aos 16 anos, por imposição da família do pai, casou-se com Jacinto Ribeiro do Amaral, oficial da Marinha Imperial brasileira e logo engravidou. Não suportando a reclusão do navio onde o marido servia, (já que ele passava mais tempo trabalhando no navio do que com ela) e as ordens dele para que não se envolvesse com a música, além das humilhações que sofria e o descaso dele com seu sonho, Chiquinha, após anos de casada separou-se, o que foi um escândalo na época.
Leva consigo somente o filho mais velho, João Gualberto. O marido, no entanto não permitiu que Chiquinha cuidasse dos filhos mais novos: Sua outra filha, Maria do Patrocínio e do filho, o menino Hilário, ambos frutos daquele matrimônio. Ela lutou muito para ter os 3 filhos juntos, mas foi em vão. Sofreu muito com a separação obrigatória dos 2 filhos imposta pelo marido e pela sociedade preconceituosa daquela época, que impunha duras punições à mulher que se separava do marido.
 Anos depois, em 1867, reencontrou seu grande amor do passado, um namorado de juventude, o engenheiro João Batista de Carvalho, com quem teve uma filha: Alice Maria. Viveu muitos anos com ele, mas Chiquinha não aceitava suas traições. Separa-se dele, e mais uma vez perde uma filha. João Batista não deixou que Chiquinha criasse Alice, ficando com a guarda da filha. Apesar disso tudo, Chiquinha foi muito presente na vida de todos os seus quatro filhos, mesmo só criando um deles. Ela sempre estava acompanhando a vida deles e tendo contacto.
Ela, então, passa a viver como musicista independente, tocando piano em lojas de instrumentos musicais. Deu aulas de piano para sustentar o filho João Gualberto e mantê-lo junto de si, sofrendo preconceito por criar seu filho sozinha. Passando a dedicar-se inteiramente a música, onde obteve grande sucesso, sua carreira aumentou e ela ficou muito famosa, tornando-se também compositora de polcas, valsas, tangos e cançonetas. Antes, porém, uniu-se a um grupo de músicos de choro, que incluía ainda o compositor Joaquim Antônio da Silva Callado, apresentando-se em festas.
Aos 52 anos, após muitas décadas sozinha, mas vivendo feliz com os filhos e a música, conheceu João Batista Fernandes Lage, um jovem cheio de vida e talentoso aprendiz de musicista, por quem se apaixonou. Ele também se apaixonou perdidamente por essa mulher madura que tinha muito a ensinar-lhe sobre música e sobre a vida. A diferença de idade era muito grande e causaria mais preconceito e sofrimento na vida de Chiquinha, caso alguém soubesse do namoro. Ela tinha 52 anos e João Batista, apenas 16. Temendo o preconceito, fingiu adotá-lo como filho, para viver o grande amor. Esta decisão foi tomada para evitar escândalos em respeito aos seus filhos e à relação de amor pura que mantinha com João Batista, da qual pouquíssimas pessoas na época entenderiam, além de afetar sua brilhante carreira. Por essa razão também, Chiquinha e João Batista Lage, ou Joãozinho, como carinhosamente o chamava, mudaram-se para Lisboa, em Portugal, e foram viver felizes morando juntos por alguns anos longe do falatório da gente do Rio de Janeiro. Os filhos de Chiquinha, no começo, não aceitaram o romance da mãe, mas depois viram com naturalidade. Fernandes Lage aprendeu muito com Chiquinha sobre a música e a vida. Eles retornaram ao Brasil sem levantar suspeita nenhuma de viverem como marido e mulher. Chiquinha nunca assumiu de fato seu romance, que só foi descoberto após a sua morte através de cartas e fotos do casal. Ela morreu ao lado de João Batista Lage, seu grande amigo, parceiro e fiel companheiro, seu grande amor, em 1935, quando começava o Carnaval.

Ventura Ramirez



Ventura Ramirez
Mombuca, 1939
Cantor, compositor e violonista brasileiro. Fez parte do grupo Demônios da Garoa tocando Violão de 7 cordas e também do regional de choro de Carlos Poyares. Em ambos os conjuntos esteve presente também Canhotinho no cavaquinho.
Ventura Ramirez começou sua carreira como calouro no programa de rádio de Hebe Camargo, ainda no final da década de 1950, assinando logo em seguida um contrato de 5 anos com a Rádio Nacional. Com seu talento nato ao violão e voz marcante, Ventura Ramirez logo entrou para o cenário musical brasileiro, acompanhando músicos renomados no choro e seresta, como Nelson Gonçalves, Jacob do Bandolim, Waldir Azevedo, Altamiro Carrilho, Orlando Silva, Luiz Gonzaga, Cartola, Lupicínio Rodrigues, além de participar do regional de choro de Carlos Poyares.
No início da década de 1960, ainda com o violão de 6 cordas, mas já com o seu estilo inconfundível nas “baixarias” que fazia com o instrumento, Ventura Ramirez é convidado a integrar o conjunto Demônios da Garoa, do qual fez parte por diversas vezes até 2005. Pouco tempo depois de entrar no conjunto, Ventura Ramirez adotou permanentemente o violão de 7 cordas, instrumento que o consagrou como um dos seus melhores representantes. Foi ele quem levou pela primeira vez o 7 cordas para os Demônios da Garoa, criando uma das marcas registradas ainda hoje mantidas pelo conjunto, mesmo após o seu desligamento. O 7 cordas surgiu para o artista cedo ainda em sua vida musical, iniciada aos 13 anos de idade, vindo da necessidade que sentia ao achar, ainda cedo, o violão de 6 cordas “limitado”, por ter “poucas” cordas!
Ao longo de sua carreira de mais de 50 anos, Ventura Ramirez, atualmente com 72 anos e puro vigor, recebeu diversos prêmios e honrarias de renomados nomes. Entre eles, está o prêmio Roquete Pinto de Revelação do Ano em 1960, o Oscar da música brasileira há alguns anos. Naquele ano, Ventura Ramirez recebeu a notícia que fora premiado pelo apresentador Silvio Santos, seu então companheiro de Rádio Nacional e com quem excursionou pelo Brasil com a famosa “Caravana do Peru que Fala”, grupo de artistas comandado por Silvio Santos e que viajava pelo Brasil divulgando a música brasileira. Como outros importantes prêmios de sua carreira, Ventura Ramirez foi por 3 vezes agraciado com o Troféu Velho Guerreiro, do saudoso Chacrinha, sendo duas vezes solo e uma com os Demônios da Garoa; 14 vezes recebeu o diploma de Melhor da Semana pelo comunicador Helio Souto e outros diversos prêmios de grêmios estudantis, da Casa da Fazenda e da Secretaria de Cultura de São Paulo.
Ventura Ramirez é considerado um dos melhores violões de 7 cordas pela crítica musical do Brasil, com uma agilidade e domínio das cordas pouco vistas até os dias de hoje. Além de violonista e cantor, Ventura Ramirez é compositor e arranjador, tendo já várias músicas gravadas ao longo da discografia dos Demônios da Garoa e de outros artistas de renome no cenário nacional, como Waldick Soriano.
Em sua carreira solo, Ventura Ramirez já gravou diversos discos, sendo o mais recente deles o CD “Tributo a Nelson Gonçalves”, pela gravadora ZAN. Nelson foi seu amigo e companheiro musical, sendo, fora dos Demônios da Garoa, o cantor de cujas gravações mais participou. Seu timbre forte lembra bastante a voz do grande Nelson em seus momentos de mais forte vigor vocal. Ainda nos tempos dos LPs, Ventura Ramirez tem registrados 3 discos, sendo dois cantando e um instrumental com o violão de 7 cordas. Recentemente, Ventura Ramirez gravou também com artistas atuais do cenário musical brasileiro, como os consagrados Ivan Lins e Guilherme Arantes.
Como fiel representante da música tradicional brasileira, de um tempo áureo em que os artistas tinham necessariamente que ter talento e técnica, em seus shows, Ventura Ramirez passeia pelo repertório da seresta e dos grandes cantores de rádio, como Nelson Gonçalves, Orlando Silva e Silvio Caldas, além de, com o seu violão de 7 cordas, representar os maiores clássicos do choro e, é claro, do bom samba, tudo no melhor estilo de um dos mais importantes violonistas da história da música popular brasileira.
 

terça-feira, 22 de abril de 2014

Luiz Loy



Luís Machado Pereira, O Luiz Loy
† 24/05/2017
Em 1965 formou o conjunto luis loy quinteto com Luís Loy (piano), Papudinho (pistom), Mazzola (saxofone), Bandeira (contrabaixo) e Zinho (bateria).
Apresentou-se pela primeira vez no programa "O fino da bossa" (TV Record), inicialmente como Luís Loy Trio e depois como Luís Loy Quinteto. Participou de toda a programação musical, como contratado da emissora.
Em 1966, acompanhou Elis Regina e Jair Rodrigues na gravação do LP "Dois na bossa nº 2".
Ainda na década de 1960, lançou os LPs "Luís Loy Quinteto" (1966) e "Luís Loy interpreta Chico Buarque de Holanda" (1967).
Em 1968, com a participação de mais quatro componentes, o grupo passou a atuar com o nome de Luís Loy e seu Conjunto, gravando, no ano seguinte, o LP "Balanço pra frente", lançado no mercado norte-americano em 1970. Ainda nesse ano, realizou uma apresentação na Bolívia

Joel Nascimento



Joel Nascimento  
13/10/1937
Na infância e adolescência estudou cavaquinho, piano e acordeom, e mais tarde chegou a fundar um grupo para tocar em bailes, o Joel e Seu Ritmo. No início da década de 60 abandonou a música e fez um curso de técnica radiológica, passando a trabalhar em hospitais. Em torno de 1969, por intermédio do irmão, voltou a freqüentar rodas de choro, ganhou um bandolim de presente e pôs-se a estudar o instrumento. Disposto e executar a suíte "Retratos", composta por Radamés Gnattali para Jacob do Bandolim, foi falar com o compositor, que o encorajou. Depois de meses de estudo, executou a suíte, acompanhado pelo autor. A partir de então começou a participar de gravações, tornando-se um dos bandolinistas mais requisitados pelos intérpretes. Seu primeiro disco solo, "Chorando pelos Dedos", foi lançado em 1975. Participou da formação original da Camerata Carioca e aos poucos foi se livrando do padrão instituído por Jacob do Bandolim para a execução no instrumento. Intérprete menos rígido que Jacob, famoso por sua capacidade de improvisar, Joel tocou ao lado do guitarrista inglês John McLaughin, do flamenco Paco de Lucia, de Raphael Rabello e Artur Moreira Lima, excursionando por diversos países e angariando prêmios de melhor instrumentista. Tem discos lançados no Japão e é autor de composições como "Meu Sonho" e "Sorriso de Criança".
 

Sérgio Mendes



Sérgio Santos Mendes
11 de fevereiro de 1941 Niterói, RJ
Sérgio Mendes começou com o Sexteto Bossa Rio, gravando o disco "Dance Moderno" em 1961. Viajando pela Europa e pelos Estados Unidos, gravou vários álbuns com Cannonball Adderley e Herbie Mann, chegando a tocar no Carnegie Hall. Mudou para os EUA em 1964 e produziu dois álbuns sob o nome de "Brasil '64", com a Capitol Records e a Atlantic Records.
Foi nos EUA que começou o grupo Sérgio Mendes & Brasil 66, alcançando sucesso ao lançar a canção Mas que nada, de Jorge Ben Jor, em versão bossa nova.
Passou longo tempo no ostracismo, lançando discos que tiveram pouco sucesso comercial. Seu reencontro com o grande público se deu em 1984, com o lançamento do disco e sucesso Never gonna let you go, chegando a quarto lugar nas paradas. Pouco depois lançou o álbum Confetti, contendo entre outras músicas Olympia, feita para as Olimpíadas de 1984 em Los Angeles.
Nos anos 90, criou a banda Brasil 99, com a qual gravou o disco Brasileiro, que, além de levá-lo de volta às paradas de sucesso, lhe rendeu o Grammy de 1993 na categoria World Music. Tem mais de trinta discos lançados, e o mais recente deles conta com participações especiais de, entre outros, Stevie Wonder e Black Eyed Peas.
Pouca gente sabe, mas durante a época de pobreza de Harrison Ford, o ator que participou de filmes de mais de 100 milhões de dólares de bilheteria, foi carpinteiro de Sérgio Mendes

Hélio Delmiro



Hélio Delmiro
Rio de Janeiro-RJ, 20 de maio de 1947
É um guitarrista/violonista de jazz e de música brasileira
Hélio Delmiro se interessou por música desde bem cedo influenciado por seus irmãos. Seu primeiro instrumento foi o cavaquinho, presente de seu irmão Juca, aos 5 anos de idade. Seu outro irmão, Carlos, era violonista. Aos seus 14 anos, no início dos anos 60, seu interesse pela Bossa Nova o levou a se dedicar integralmente ao violão.
Ao longo dos anos 60 toca com importantes nomes do cenário musical brasileiro, entre eles Moacyr Silva e Márcio Montarroyos. Seu contato com o saxofonista Victor Assis Brasil, na noite de jazz carioca, parece ter sido um marco na carreira de Delmiro. O saxofonista o convidou para a gravação de seu segundo álbum, Trajeto. Mais tarde, Hélio Delmiro tocou com nomes como Elizete Cardoso, Clara Nunes, Marlene, César Camargo Mariano, Arthur Verocai, Antonio Carlos e Jocafi, Maria Creuza, Elza Soares, Elis Regina, João Bosco, João Donato, Carlos Lyra, Marcos Valle, Tamba Trio, Wagner Tiso, Toninho Horta, Djavan, Renato Russo, Nana Caymmi, Emilio Santiago, MPB-4, Milton Nascimento e Tom Jobim.
Nos anos 70, despertou o interesse de músicos de naipe internacional, principalmente músicos de jazz. Entre eles Paul Horn, Jeremy Steig, Dave Grusin, Sarah Vaughan e Lalo Schifrin.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Anacleto de Medeiros



Anacleto Augusto de Medeiros 
Rio de Janeiro, RJ 13 de julho de 1866 — 14 de agosto de 1907
Foi um músico, maestro e compositor brasileiro, nascido e falecido na Ilha de Paquetá, na capital fluminense.
Filho de uma escrava liberta, Anacleto de Medeiros começou na música tocando flautim da Banda do Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro. Aos 18 anos foi trabalhar como aprendiz de tipógrafo na Imprensa Nacional, e ao mesmo tempo matriculou-se no Imperial Conservatório de Música.
Nessa época já dominava quase todos os instrumentos de sopro, e tinha especial preferência pelo saxofone. Fundou, entre os operários da tipografia, o Clube Musical Gutemberg, iniciando aí sua função de organizador de conjuntos musicais.
Formou-se no Conservatório em 1886, época em que organizou a Sociedade Recreio Musical Paquetaense, em Paquetá, seu bairro natal, e começou a compor algumas peças sacras. Em seguida suas composições passaram a ser mais populares, principalmente polcas, schotisch, dobrados, marchas e valsas. Aos poucos foi criando fama como compositor, e suas peças passaram a ser executadas em bandas de todo o país. Catulo da Paixão Cearense musicou algumas de suas músicas, como o famoso schotisch "Iara", editado em 1912 com o nome "Rasga Coração".
Como compositor, foi um dos mais expressivos da música brasileira, não propriamente pela quantidade, que chega a um total aproximado de cem títulos, mas principalmente pela beleza e simplicidade que suas composições transmitem, demonstrando criatividade e domínio quanto ao manuseio dos diversos elementos da linguagem musical, tanto “popular” (fluindo os requebros rítmicos, o plano modulatório característico da música urbana, a estrutura típica de cada gênero instrumental cultivado em sua época), quanto “erudita”(fazendo sobressair, com seu talento e sensibilidade de exímio orquestrador, um equilíbrio sonoro muito particular em suas peças), a ponto de afirmar seu talento no quadro musical do Rio de Janeiro.
Outras composições que ficaram conhecidas foram "Santinha", "Três Estrelinhas" e "Não Me Olhes Assim".
Banda do Corpo de Bombeiros, com Anacleto de Medeiros, circa 1896
Anacleto foi fundador, diretor e maestro de muitas bandas, tendo contribuído de maneira fundamental para a fixação dessa formação no Brasil. A tradição de bandas se reflete até hoje, por exemplo no desenvolvimento de uma sólida escola de sopros. A banda que se tornou mais famosa sob regência de Anacleto foi a do Corpo de Bombeiros, que chegou a gravar alguns dos discos pioneiros produzidos no Brasil, nos primeiros anos do século XX.
 

Carlos Alberto



Carlos Alberto Alcântara
Saxofonista e Flautisata, músico muito atuante nos anos 60 e até os dias de hoje, mas que infelizmente nada encontrei na internet sobre ele, vamos esperar, quem sabe com o tempo consigamos algo.

 

Dagmar



Dagmar M. Silveira, O Dagmar

São Paulo, 02 de janeiro de 1936 - São Paulo, 2002.
Tocou com Luiz Loy no inicio dos anos 60.
Com Robertinho Silva, Zé Roberto e Cláudio Bertrami formaram o 4ª Dimensão, banda do Canecão de 67 a 68.
Fez parte do grupo Syncro Jazz, no qual atuaram Nestico (sax), Lilu Aguiar (piano), Peter Wooley (baixo), Vidal (sax tenor, sax alto, sax soprano e flauta), Ronny Machado (bateria), Amado Maita (bateria) e Magno Bissoli (bateria).
Obrigado ao Leitor anonimo

João Donato



João Donato de Oliveira Neto, O João Donato
Rio Branco, 17 de agosto de 1934, mais conhecido apenas como João Donato, é um pianista, acordeonista, arranjador, cantor e compositor brasileiro.
Donato foi amigo de todos os expoentes do movimento bossanovista, como João Gilberto, Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Johnny Alf, entre outros, mas nunca foi caracterizado unicamente como tal, e sim um músico muito criativo e que promove fusões musicais, de jazz e música latina, entre tantos outros. Na década de 1950, João Donato se muda para os Estados Unidos onde permanece durante treze anos e realiza o que nunca tinha conseguido no Brasil: reincorporar a musicalidade afro-cubana ao jazz. Grava o disco A Bad Donato e compõe músicas como "Amazonas", "A Rã" e "Cadê Jodel". Retorna ao Brasil, reencontra a música brasileira que estava sendo feita no país, mas não abandona sua paixão pela fusão entre o jazz e ritmos caribenhos. Como arranjador participou de discos de grandes nomes da MPB como Gal Costa e Gilberto Gil.
Entre as composições mais conhecidas do músico, estão: "Amazonas", "Lugar Comum", "Simples Carinho", "Até Quem Sabe" e "Nasci Para Bailar". Segundo o crítico musical Tárik de Souza: "Durante muito tempo, João Donato foi um mito das internas da MPB. Gênio, desligado, louco, de tudo um pouco.

Toninho Pinheiro



Antonio Pinheiro Filho, O  Toninho Pinheiro

Nascimento: 26/12/1938
Local: São Paulo - SP
Falecimento: 22/05/2004
Local: São Paulo - SP
Trabalhou como baterista acompanhando vários artistas da MPB.
Em 1987, lançou o disco "Toninho Pinheiro e Grupo Xamã", no qual contou com a participação de Mônica (guitarra), Astrid Maria (Vocal), e grupo Xamã (Karluã, Toninho Pinheiro e Walter Aride). Neste disco, instrumental, interpretou "Tudo que você podia ser" (Lô e Márcio Borges), "Vale o escrito" (Filó Machado e Aldir Blanc), "Andorinha" (Tom Jobim) e "Domingo no parque", de autoria de Gilberto Gil. Ainda no mesmo LP cantou na faixa "Subir no palco", de Jean Garfunkel e Paulo Garfunkel. O disco foi relançado em CD no ano de 1995 pela gravadora Velas.
Em 1993, participou do disco de Saulo Guimarães, pela gravadora Velas, no qual tocou bateria em todas as faixas.

José Rielli



José Rielli
19/11/1885 Pisa, Itália
22/3/1947 São Paulo, SP
Compositor. Instrumentista.
Em 1891, imigrou para o Brasil juntamente com o pai. Desde os 10 anos, começou a demonstrar pendores artísticos. Na cidade de Itu, onde seu pai foi residir, o menino recebeu as primeiras orientações musicais do organista da Igreja Matriz daquela cidade. Tornou-se marceneiro, tendo continuado, entrementes, a estudar piano e harmônica. Desenvolveu a arte de conserto e afinação de pianos e harmônicas.
Em 1914, começou a gravar seus primeiros discos pela gravadora Odeon. Seus primeiros sucessos foram a valsa "Saudades da Lapa" e a mazurca "Às margens do Tietê", ambas de sua autoria, onde executava solos de harmônica. A partir de 1927, passou a integrar o Sexteto Piratininga, primeiro conjunto do qual participou, e com o qual gravou as valsas "Rapaziada do Brás" e "Luar de São Paulo", as duas de Alberto Marino. No mesmo período, gravou a rancheira "Arminda", a valsa-choro "Saudosa Araraquara" e a mazurca "Stella" todas de sua autoria. Em 1930, passou a fazer gravações na Columbia, onde obteve diversos sucessos, como a valsa-choro "Alegrias de primavera", de sua autoria. Em 1931, participou do filme "Coisas nossas", dirigido por Wallace Downey e considerado o primeiro filme brasileiro em forma de revista. Em 1932, como integrante da orquestra Colbaz, regida pelo maestro Gaó, gravou diversas composições de Zequinha de Abreu, entre as quais, as valsas "Nossa padroeira", "Amando sobre o mar" e "Branca", e os choros "Pintinho no terreiro" e "Tico-tico no fubá". No mesmo ano, gravou pela Columbia, a valsa "Alma dolorosa" e a mazurca "Olga", ambas de sua autoria. Em 1936, ainda na Columbia, gravou a valsa "Rapaziada de São Caetano" e a mazurca "Joly", as duas de sua autoria. Em 1939, gravou entre outras composições de sua autoria, a mazurca "Sombras do Império" e a polca "Saltitante". No mesmo ano, algumas de suas composições, entre as quais, a rancheira "Chimarrão", e a polca "Renita", foram gravadas pelo Trio Renito. Atuou nas rádios Educadora Paulista, Cruizeiro do Sul, Cosmos, Record e Difusora, todas de São Paulo. Em 1941, foi o responsável pela organização da Orquestra Típica Rielli, que passou a ser dirigida pelo seu filho e maestro Emílio Rielli. Em 1943, gravou de sua autoria, o xote "Palpitação" e a rancheira "De mi ventana", entre outras. Em 1946, gravou a valsa "Lírios da catedral" e o xote "Saia rodada". No mesmo ano, gravou com Raul Torres e Florêncio, um de seus maiores sucessos, o arrasta-pé "Feijão queimado", de sua autoria e Raul Torres, e ainda hoje uma das músicas mais executadas em festas juninas e tida como uma espécia de hino dessas festas. Atuou com Raul Torres e Florência durante cerca de cinco anos, no programa "Os Três Batutas do Sertão", na Rádio Bandeirantes, tendo gravado ainda "Pingo-d'água", de João Pacífico, grande sucesso de 1946, "Mineirinha" e "Cabocla Tereza", de João Pacífico e Raul Torres, que também ganhou a preferência do público.

Peruzzi



Edmundo Peruzzi
29/6/1918 Santos, SP
3/11/1975 Santos, SP
Regente. Arranjador. Instrumentista (Flautista e trombonista). Compositor.
Iniciou sua formação musical no Conservatório Musical de Santos, onde estudou sob a orientação de Sabino de Benedictis. Foi também integrante da Banda do Corpo de Bombeiros de Santos.
Em 1932, aos 14 anos de idade iniciou a carreira artística e apresentava-se como trombonista em espetáculos circenses. Em 1935, trocou o trombone pela flauta.
Em 1945, fundou "Peruzzi e sua orquestra", passando a atuar em programas da Rádio Gazeta de São Paulo e apresentando-se em bailes realizados nos arredores de São Paulo. No mesmo ano, gravou com sua orquestra seu primeiro disco, pela Continental, interpretando o choro "Perigoso", de Ernesto Nazareth e a valsa "Em pleno estio", de R. Firpo. No mesmo ano, gravou com sua orquestra, com vocal de Armando Castro o samba boogie "Dança do boogie-woogie", de Carlos Armando e o samba "Não tenho lar", de Carlos Armando e Orlando Barros. Gravou ainda, com um quarteto de saxofones o choro "Dedicação", de Orlando Costa, o Cipó. Em 1948, a orquestra apresentou-se também na Rádio Tupi de São Paulo. Em 1951, contratado pela Rádio Mayrink Veiga, transferiu-se para o Rio de Janeiro, lá permanecendo por 10 anos e atuando à frente de várias orquestras radiofônicas. No mesmo ano, assinou com o selo Elite Special e lançou com sua orquestra os mambos "Italianinho", de Willy Franck e Gilberto Gagliardi e "Caruaru", em parceria com Claribalte Passos. Ainda no mesmo ano, acompanhou com sua orquestra a cantora Neide Fraga e o grupo vocal Demônios da Garoa na gravação da marcha "Quando chega o natal", de Sereno e do samba "Reveillon", de Francisco Ávila. No ano seguinte, gravou os frevos "Frevo a jato", de Lourival Oliveira e "Estou queimado", de Levino Ferreira. Em 1953, com sua orquestra se apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro executando o "Moto perpétuo", de Paganini em ritmo de samba. Em 1954, gravou com sua orquestra na Columbia o "Baião na África", de sua parceria com Avarese e a barcarola "Rema, rema", parceria com Onízio Andrade Filho.
Foi diretor da gravadora Discobras durante o período de 1957 a 1958. Ainda em 1958, lançou com sua orquestra de danças pela Polydor o samba rock "Rock sambando", de Carlos Armando e Aires Viana e o samba "Agora é cinzas", de Bide e Marçal. No mesmo ano, também na Polydor acompanhou a cantora Dalva de Andrade na gravação do mambo "No azul pintado de azul", de Modugno e Migliacci, com versão de David Nasser e do bolero "Nenca pensei", de José Batista e josé Ribamar. Por essa época, lançou pela Discobras o LP "Violinos e teleco teco". Em 1959, fez a primeira das várias trilhas sonoras que compôs, para o filme "Depois do carnaval", de Wilson Silva, Em 1963, fez a trilha para o filme "O cabeleira", de Milton Amaral. Ainda nesse ano, fez a coordenação artística, a orquestração e a regência da orquestra para o LP "As grandes escolas de samba com orquestra e coro" com gravações dos sambas enredo "Chica da Silva", "Rio dos vice reis", "Mestre Valentim", "Relíquias da Bahia", "Palmares", "Tristeza no carnaval", "Mauá e suas realizações", "Vem do morro" e "Toda prosa". No ano seguinte, realizou excursão para a Argentina. Em 1967, apresentou-se no Paraguai. Em 1968, fez a trilha sonora para "Traficante do crime", filme de Mário Latini. Em 1970, esteve no Peru onde realizou apresentações e fez arranjos para a orquestra do peruano Augusto Valderrama. Lançou ainda, pela Rosicler, o LP "Transa junina".
Como arranjador, realizou gravações para artistas como Orlando Silva, Miltinho, Wilson Simonal, Clara Nunes e outros


Victor Assis Brasil



Victor Assis Brasil
Rio de Janeiro, 28 de agosto de 1945 — Rio de Janeiro, 14 de abril de 1981
Foi um saxofonista brasileiro e um dos mais aclamados instrumentistas do jazz nacional, irmão gêmeo do pianista clássico João Carlos Assis Brasil, começou a tocar profissionalmente em 1965, indo depois estudar na Berklee College of Music, Estados Unidos, entre 1969 e 1973. Lá tocou ao lado de Dizzy Gillespie, Jeremy Steig, Richie Cole, Clark Terry, Chick Corea, Ron Carter, Bob Mover entre outros.
Nascido em uma família de classe média do Rio de Janeiro, Victor, desde pequenino, sempre se mostrara interessado por música. Seus familiares, percebendo tal afeição pela arte, sempre o incentivaram e garantiram a ele um ambiente propício a sua educação musical. Cresceu portanto ouvindo boa música, do clássico ao jazz. Seus primeiros instrumentos foram uma gaita e uma bateria, que ganhara ainda criança. Com eles, Victor começou a tocar e a praticar as músicas que ouvia, sempre tendo o jazz como preferência. Mas foi só aos dezessete anos que ganhou de uma tia o instrumento que o consagraria, um saxofone alto.
Um novo mundo se abrira para Victor. Ele realmente gostava de sua gaita, e sempre copiava os solos dos discos de jazz que ouvia. Mas ela era muito limitada, sem recursos. Seu novo instrumento, por outro lado, o saxofone, era o mesmo utilizado pelos seus ídolos. Logo Victor começou a praticá-lo incansavelmente e mesmo sem nunca ter estudado formalmente música, começou a apresentar-se ao público, seja na escola onde estudava ou nas festas dos amigos. Em 1963, faz a sua primeira gravação, amadora, na casa de um amigo. Em 1964 passa a freqüentar as boates da zona sul, onde dava "canjas" nas jam sessions, prática comum na década de 60. Sob forte influência da bossa-nova e do jazz, Victor começa a desenvolver-se como um exímio improvisador, tanto que apenas um ano depois já estreava como profissional, na inauguração do "Clube de Jazz e Bossa" em Copacabana.
Em 1969 viaja para os Estados Unidos e conclui seus estudos no ano de 1973. Durante o período de sua graduação, Victor evolui e amadurece musicalmente. Desponta como um compositor hábil que consegue unir os elementos do Jazz, clássico e MPB fundindo-os com maestria, em uma união quase perfeita entre harmonia e melodia. Em uma de suas férias, em 1970 viaja ao Brasil para gravar mais dois discos, os LP's Victor Assis Brasil toca Antônio Carlos Jobim, lançado no mesmo ano, e Esperanto, lançado em 1974. Ambos os discos, quando lançados, também foram muito bem recebidos pela crítica.
Em 1974 muda-se definitivamente para o Brasil. Retoma sua carreira profissional, empreendendo viagens pelos diversos estados. Grava um disco em concerto, no Teatro da Galeria. Em 1976 apresenta a composição Suite para Sax Soprano e Cordas, de sua autoria, acompanhado pela Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, sob a batuta do maestro Marlos Nobre. Em 1977 participa dos concertos no Museu de Arte Moderna e na Concha Verde, no Rio de Janeiro. No mesmo ano compõe trilhas sonoras para o cinema e televisão. Em 1978 é o destaque do Festival de São Paulo, deixando platéia, críticos e músicos impressionados.
Em 1979 grava seus últimos discos, os LP's Victor Assis Brasil Quinteto e Pedrinho: Victor Assis Brasil Quarteto. Esta fase, que compreende os três anos que antecedem sua morte, é marcada como o ponto alto de sua carreira, onde ele consegue demonstrar mais claramente toda a maturidade de sua musicalidade. É nesta fase também que começam a surgir os problemas de saúde que o levaram à morte.
Por fim, Victor Assis Brasil falece no Rio de Janeiro no dia 14 de abril de 1981, vítima de uma doença circulatória rara e grave, a periartrite nodosa.
 

Waldir Silva




Waldir Silva
Bom Despacho, 1931 - Belo Horizonte, 1 de setembro de 2013
Foi músico e compositor brasileiro, mestre de cavaquinho e autor do choro "Telegrama musical".
Tocou em diversos bailes por todo o Brasil acompanhado pelo seu conjunto lançandos seus disco. Uma de suas primeiras composições foi "Telegrama musical", onde recebeu elogios de Juscelino Kubstichek. No ano 2000 participou das comemorações do 500 anos de Brasil em apresentação pela Europa

Amilson Godoy



Amilson Teixeira de Godoy, O Tuca
17 de maio de 1946
Bauru, SP
Amilson Godoy é um pianista, arranjador, maestro e compositor de música popular brasileira
Como pianista de música erudita, conquistou inúmeros prêmios em concursos de piano e atuou como solista junto a diversas Orquestras Sinfônicas do Brasil.
Como pianista de música popular, atuou com vários músicos e orquestras, brasileiros e internacionais, como Ray Conniff, Dizzy Gillespie, Shirley Bassey e Sadao Watanabe.
Ao lado de Jurandir Meirelles (contrabaixo) e José Roberto Sarsano (bateria), integrou o Bossa Jazz Trio, com o qual lançou, em 1965, o LP “Bossa Jazz Trio”, contendo as faixas “Preconceito”, “Sou sem paz” e “Só de saudade”, todas de Adylson Godoy, “Maria Moita” (Carlos Lyra e Vinicius de Moraes), “Disa” (Johnny Alf e Maurício Einhorn), “Resolução” (Edu Lobo e Lula Freire), “Reza” (Edu Lobo e Ruy Guerra), “Balanço Zona Sul” (Tito Madi), “Saudade” (Sílvio César), “Amor de nós dois” (Luiz Chaves) e “Raízes” (Denis Brean).
Ainda com o Bossa Jazz Trio, lançou, em 1966, o LP “Bossa Jazz Trio – vol, 2”, contendo as canções “Canto de Ossanha”, “Deixa” e “Labareda”, todas de Baden Powell e Vinicius de Moraes. “Dá-me”, “Ternamente”, “Zero Hora” e “Desesperança”, todas de Adilson Godoy, “Amanhã” (Walter Santos e Tereza Souza), “Sonho de um Carnaval” (Chico Buarque), “Vim de Santana” (Theo de Barros), “É de manhã” (Caetano Veloso) e “O amor em paz” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes).
Também com o Bossa Jazz Trio, acompanhou a cantora Elis Regina no Brasil e no exterior.
Em 1972, apresentou, com a Orquestra Filarmônica de São Paulo, sob a regência do Maestro Simon Blech, o “Concerto em Fá, para Piano e Orquestra”, de George Gershwin, e, em primeira audição no Brasil, o “Concertino para Orquestra e Quinteto de Jazz”. de Otto Ketting.
Ainda na década de 1970, foi diretor musical do programa “Vila Sésamo” e diretor musical de vários espetáculos, entre os quais: “Missa Leiga” (1972), de Chico de Assis e Claudio Petraglia, dirigida por Ademar Guerra; “Lulu” (1976), dirigida por Ademar Guerra, contemplada com o Prêmio Molière de Música; “O duelo” (1977), dirigida por Roberto Vignati; “Apenas América” (1977), dirigida por Roberto Vignati.
Em 1978, participou da temporada de shows da cantora Shirley Bassey, no Brasil e Argentina. Nesse mesmo ano, gravou com Dizzy Gillespie.
No ano seguinte, executou o “Concerto em Fá”, de George Gershwin, sob a regência do Maestro Ronaldo Bologna, com a Orquestra Sinfônica de São Paulo.
Em 1980, assinou a direção musical e compôs as músicas da peça “Bent”, dirigida por Roberto Vignati.
Ao lado de Heraldo do Monte (guitarra, bandolim e violão), Cláudio Bertrami (baixo) e Chico Medori (bateria e percussão), integrou o Grupo Medusa, com o qual lançou, em 1981, o LP “Grupo Medusa”, contendo as faixas “Baiana”, “Zeby”, “Caminhos” e “Ponto de fusão”, todas de Cláudio Bertrami, “Medusa” e “Pé no chão”, ambas de Chico Medori, e ainda “Asa delta” e “Uma viagem”, ambas de Cláudio Bertrami e Chico Medori. O disco contou com a participação de Theo da Cuíca e Jorginho Cebion nas percussões.
Ainda com o Grupo Medusa, desta vez ao lado de Olmir Stocker (guitarra e violão) e ainda com Cláudio Bertrami (baixo), Chico Medori (bateria e percussão) e Theo da Cuíca (percussão), lançou, em 1983, o CD “Ferrovias”, contendo as faixas “Fantasia”, “Cheiro verde”, “Picadeiro” e “Beija-flor”, todas de Cláudio Bertrami, “Aduba-Lé”, “Pouso em Congonhas” e a canção-título, todas de Chico Medori, “Nordestina” (Alemão) (Olmir Stocker) e “Lamentos” (Pixinguinha e Vinicius de Moraes). O disco contou com a participação especial de Dominguinhos (acordeom).
Em 1987, sob a regência do Maestro Julio Medaglia, gravou para a série “Grandes Concertos” (TV Cultura), o “Concerto em Fá”, de George Gershwin.
No ano seguinte, participou, como arranjador e maestro, do LP “Made in Coração”, de Toquinho e Sadao Watanabe.
Participou das trilhas sonoras dos seguintes filmes: “O cangaceiro”, de Aníbal Massaini, como maestro e arranjador, e “As feras”, de Walter Hugo Cury, como autor.
Em 1989, lançou o LP “Amilson Godoy”, contendo suas composições “Teu nome não” (c/ José Luiz Namour), “Um abraço, Seu Domingos”, “Quatro estações”, “Colorindo”, “Desequilibrando” e “Bons tempos”, além de “Ilha Bela” (Walter Santos), “Viva Tuca” (Amilton Godoy), “Encontro” (João Roth), “De repente” (Dominguinhos) e “Eu sonhei que tu estavas tão linda” (Francisco Mattoso e Lamartine Babo). O disco foi produzido por Carla Popovic.
Como educador, desenvolveu um sistema de aprendizado pioneiro, que introduziu na Fundação das Artes de São Caetano do Sul, onde foi coordenador musical. Ao lado do irmão Amilton Godoy, colaborou na criação da metodologia do CLAM (Centro Livre de Aprendizagem Musical), escola de música do Zimbo Trio.
Em 1995, lançou, com Nivaldo Ornelas, o CD “Brasil Musical”, contendo suas composições “Florada”, “Quatro estações”, “Nós dois”, “Colorindo” e “Chorinho de brincadeira”, entre outras. O disco, produzido por André Geraissati, foi gravado ao vivo no Sesc Pompéia (SP).
Como maestro do Grupo Sinfônico Arte Viva, em 1999 realizou concertos com vários artistas, entre os quais Gilberto Gil, Elba Ramalho, Arthur Moreira Lima, Zimbo Trio, Toquinho, Dominguinhos, Alceu Valença e Maria Bethânia. Nesse mesmo ano, apresentou-se com a Orquestra Sinfônica Nacional, executando o “Concerto em Fá”, de George Gershwin, sob regência da Maestrina Ligia Amadio.
Em 2000, foi responsável pela realização dos espetáculos orquestrais em comemoração aos 500 anos do Brasil, reunindo artistas brasileiros e portugueses.
No ano seguinte, o Grupo Sinfônico Arte Viva, sob sua regência, arranjos e concepção, participou do projeto “Rock Sinfônico”, realizado em São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília.
De 2002 a 2005, dedicou-se às atividades da Arte Viva Produções Artísticas e do seu Grupo Sinfônico Arte Viva, com o qual atuou em projetos especiais ao lado de vários artistas, como Ivan Lins, Yamandú Costa, Gal Costa, Maria Rita, Daniela Mercury, Zimbo Trio, Toquinho, Elba Ramalho, Dominguinhos, Milton Nascimento, Gilberto Gil , Zelia Duncan, Stanley Jordan e Mônica Salmaso, entre outros.
Em 2007, além de sua atuação no cenário musical brasileiro, apresentou, com o Grupo Sinfônico Arte Viva e participação de Zimbo Trio e Toquinho, o espetáculo “Gala Brasil” no Teatro Polis, em Montevidéu, a convite da Embaixada do Brasil no Uruguai. Nesse ano, foi nomeado pelo Governo Federal membro do CNPC (Conselho Nacional de Política Cultural).
No ano seguinte, promoveu o reencontro do Bossa Jazz Trio, com sua formação original, e apresentou-se em duo com o baixista Arismar do Espírito Santo no Festival de Jazz de Lapataia, em Punta del Este, e na Semana Cultural Brasileira, em Buenos Aires.
Como arranjador conquistou, vários prêmios, entre os quais o de Melhor arranjador do 26º. Festival Internacional da Canção de Viña del Mar, no Chile. Participou da criação e atuou como arranjador e maestro da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo.
Ativo representante de classe, como presidente da União Brasileira dos Músicos (UBM) e da Associação de Intérpretes e Músicos (ASSIM), trabalhou pelos direitos conexos e de arranjador. Como presidente da Comissão de Música do Estado de São Paulo, participou da implantação da Universidade Livre de Música Tom Jobim.

domingo, 20 de abril de 2014

Bandeira



Roberto Bandeira, O Bandeira
(Contrabaixo)
Nenhuma Informação na rede
Tocou no Conjunto de Breno Sauer e veio para São Paulo onde acompanhou varios artistas juntamente com Luis Loy e seu conjunto

 

sábado, 19 de abril de 2014

Gaó



Odmar Amaral Gurgel, O Gaó
12/2/1909 Salto, SP
Maestro. Arranjador. Compositor. Instrumentista. (Pianista). Atuou por muitos anos em rádios paulistas e cariocas. Foi diretor da gravadora Columbia. Começou a estudar música em sua cidade natal e terminou seus estudos musicais no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Foi discípulo do maestro Gabriel Arcanjo dos Santos. Homenageado em sua cidade natal com a criação do Auditório Gaó onde são apresentados espetáculos de música e dança. Recebeu em 1974, o título de "Cidadão honorário" da cidade de Salto.
Iniciou a carreira radiofônica em 1926, quando ingressou na Rádio Educadora Paulista. Em 1930, formou e passou a dirigir a orquestra Colbaz que gravou uma série de discos na Columbia incluindo os primeiros registros dos choros "Os pintinhos no terreiro"e "Tico-tico no fubá", e da valsa "Branca", de Zequinha de Abreu. Em 1931, contratado pela gravadora Columbia, registrou como pianista as canções "Jaci", "Saudades", e "Ilusão que se vai", as três de Jaime Redondo, e o fox-trot "Nola", de Felix Arndt. No mesmo ano, seus choros "Arreliento" e "Suspirando" foram gravados na Columbia pela Orquestra Colbaz sob sua direção. Ainda em 1931, gravou ao piano pela Columbia os fox-trot "My syncopated girl", de sua autoria, e "All of a twist", de Billy Mayerl, e os choros "Quando o banjo toca" e "Teimoso", de sua autoria. Entre 1932 e 1936, atuou nas Rádios Cruzeiro do Sul e Cosmos, em São Paulo, veio depois para o Rio de Janeiro e atuou nas Rádios Nacional e Ipanema. Ainda em 1932, teve a marcha "Marcha Caloric" gravada pela Orquestra Caloric na Columbia. Em 1934, sua valsa "Você é minha felicidade" foi gravada pela Orquestra de Salão Columbia, e o fox-trot "Silhueta" foi registrado pelo instrumentista Jonas ao saxofone. Em 1935, criou uma orquestra de dança com a qual gravou na Columbia os fox-trot "Há cha cha", de Werner e Hahn, e "June in january", de Robin e Rainger. No mesmo ano, gravou ao piano a "Rapsódia mal começada" partes I e II com arranjos seus sobre temas de Schubert. Em 1937, gravou ao piano com Ernesto Trepeccioni ao violino a toada "Araponga" e a lenda brasileira "Aparição de iara", ambas de Marcelo Tupinambá. Nesse ano, formou a Gaó, sua nova orquestra e coro com a qual acompanhou a gravação das marchas "Gauchinha" e "Já tirei o meu chapéu", ambas de Lamartine Babo, a primeira nas vozes de Lamartine Babo e Sílvio Alcântara, e a segunda nas vozes de Lamartine Babo e Silvino Neto. Nesse ano, acompanhou mais algumas gravações na Columbia: Cândido Botelho na canção "Eu amo todas as mulheres", de Robert Stoll e Cândido Botelho, e na rumba "Marinella", de Roger, Scotto e Cândido Botelho, Lais Marival no maracatu "Meu ganzá" e no samba-canção "Saudades do morro", ambas de H. Celso e A. Santos, e Raul Torres, no samba-canção "Mentira", de Fernando Lobo e Capiba, e no frevo-canção "Mauricéia", de Marambá e Aníbal Portela. Em 1938, acompanhou com sua orquestra o cantor Jorge Fernandes na gravação da canção "Adeus da Bahia", de Nelson Vaz, do motivo popular "Meu limão, meu limoeiro", com arranjos seus, no samba "Caboclo feliz", de sua autoria e Luiz Peixoto, na canção "Moreninha", de Georgina de Melo, no maracatu "Senzala", de Durval Borges e José Carlos Burle, e na "Ladainha", de Cassiano Ricardo e Armando Fernandes, e a cantora Silvinha Melo nos fox "Soldadinho de chumbo", de Marcelo Tupinambá e Galda de Paiva, e "Quando cantas "to you", de Joubert de Carvalho. Em 1939, gravou ao piano com o grupo Gaó e Seu Ritmo as marchas "Pirulito", de João de Barro e Alberto Ribeiro, "Joujoux e balangandans", de Lamartine Babo, e "Eu não te dou a chupeta", de Silvino Neto e Plínio Bretas, todas em ritmo de fox, e o fox-trot "Canaries serenade", de Billy Mayerl. No começo da década de 1940, passou a trabalhar. na gravadora Odeon. Antes porém, ainda dirigindo a orquestra Columbia acompanhou Zilá Fonseca na gravação das marchas "A charanga do Oskar", de Aloísio Silva Araújo, Francisco Malfitano e Geraldo Mendonça, "Sonho de uma noite de verão", de Aloísio Silva Araújo e Francisco Malfitano, "Pulga maldita", de motivos populares com arranjos de Francisco Malfitano, e "Pigmaleão", de Frazão e Francisco Malfitano. Em 1944, acompanhou com sua orquestra na Odeon o Trio de Ouro na gravação da fantasia "O fantasma dos povos", de Herivelto Martins e Aldo Cabral, em duas partes, e a cantora Odete Amaral no samba "Casa sem número", de Laurindo de Almeida e Dias da Cruz, e no choro "Mais devagar coração", de Gastão Viana e Mário Rossi. Nessea época, dirigiu a orquestra do Cassino da Urca. Em 1945, acompanhou com sua orquestra do Cassino da Urca o cantor Léo Albano na gravação da valsa "Ao cair de uma estrela" e no samba "Cabrochinha", ambas de Laurindo de Almeida e Edgard de Almeida, e a cantora Heleninha Costa no choro "Amor", de Laurindo de Almeida e Valdemar de Abreu, e no samba "Você é tudo que eu sonhei", de Laurindo de Almeida e Del Loro, dessa vez com seu sexteto, gravações efetuadas na Continental. Nesse ano, viajou para os Estados Unidos onde permaneceu por seis anos. Em 1946, voltou por breve tempo e acompanhou com sua orquestra de concertos na Victor o cantor Gilberto Milfont na gravação das canções "Geremoabo" e "Maringá", de Joubert de Carvalho. Na década de 1950 foi contratado pelas Organizações Victor Costa atuando com sucesso na Rádio Record. Em 1954, atuou no programa "Quando os maestros se encontram" da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Nesse ano, acompanhou com sua orquestra na Odeon a cantora Norma Ardanuy na gravação do samba "São Paulo de Anchieta", de Vanda Ardanuy, e na toada "Rabicho", de Marcelo Tupinambá, e a cantora Hebe Camargo na gravação dos sambas "Vou pra Paris", de Antônio Maria e Fernando Lobo, e "Aconteceu em São Paulo", de Antônio Maria, no fado "Tudo isso é fado", de Fernando Carvalho e Aníbal Nazareth, e no bailarico "Festa portuguesa", de Antonio Rago e Mário Vieira. Em 1955, acompanhou noovamente a cantora Hebe Camargo com sua orquestra na gravação do fox "Johnny Guitar", de Victor Young em versão de Júlio Nagib, e na canção "O que eu queria dizer ao teu ouvido", de Hekel Tavares e Mendonça Junior. Em 1960, gravou com sua orquestra pela Odeon o LP "Gaó viaja pelo mundo" numa viagem através de composições de várias partes do mundo no qual foram interpretadas as músicas "Brasileirinho", de Waldir Azevedo, "Asunción", de F. Riera, "Mi Buenos Aires querido", de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera, "Jamaican rumba", de A. Benjamin, "Port-au-prince", de B. Wayne, "Havana special", de O'Farril, "Malagueña", de Ernesto Lecuona, "Coimbra", de Raul Ferrão e José Galhardo, "Sous le ciel de Paris", de H. Giraud, "Arrivederci Roma", de R. Rascel, Garinel e Giovanini, "Wien du stalt meiner traeume", de R. Sieozynski, e "Manhattan", de Rodgers e Hart. Gravou em 1964, pela Odeon, o LP "Gaó, seu piano e orquestra" no qual interpretou músicas de sua autoria como "Diamante azul", "Mimoso", e "Minha garota sincopada", além de clássicos da música popular brasileira como "Odeon", de Ernesto Nazareth, e "Samba em prelúdio", de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Dois anos depois, lançou pela London/Odeon o LP "The melodic sound of Gaó's piano and The Ipanema strings" interpretando onze clássicos da música popular brasileria: "Murmurando", de Mário Rossi e Fon-Fon, "Curare", de Bororó, "Apanhei-te cavaquinho", de Ernesto Nazareth, "Flor de abacate", de Alvaro Sandin, "Naquele tempo", de Pixinguinha e Benedito Lacerda, "Da cor do pecado", de Bororó, "Ai yoyo (Linda flor)", de Henrique Vogeler e Luiz Peixoto, "Saudade", de Lauro Miranda, "André de sapato novo", de André Victor Correia, "Carinhoso", de Pixinguinha e João de Barro, e "Tenebroso", de Ernesto Nazareth, além do choro "Cabeludo", de sua autoria. Em 1967, gravou doze valsas brasileiras clássicas também pela London/Odeon no LP "Valsas brasileiras" no qual interpretou "Expansiva" e "Coração que sente", de Ernesto Nazareth, "Última inspiração", de Peterpan, "Aurora", de Zequinha de Abreu e Salvador J. de Morais, "Saudade de Iguape", de João Batista do Nascimento, "Só pelo amor vale a vida", de Zequinha de Abreu, "Saudades de Ouro Preto", de Antenógenes Silva, "Velho realejo", de Custódio Mesquita e Sady Cabral, "Boa noite amor", de José Maria de Abreu e Francisco Matoso, "Clube XV", de Oscar A. Ferreira, "Longe dos olhos", de Zequinha de Abreu e Salvador J. de Morais, e "Mimi", de Uriel Lourival. Em 1969, gravou o LP "Bem brasileiro" no qual interpretou de sua autoria as músicas "Paquerando" e "Mini-saia", e os clássicos "Brasileirinho", de Waldir Azevedo, "Garoto" e " Zênite", de Ernesto Nazareth, "Tico-tico no fubá", de Zequinha de Abreu, "Atraente", de Chiquinha Gonzaga, "Choro Nº 1", de Villa-Lobos, "No rancho fundo", de Ary Barroso e Lamartine Babo, "Um baile em Catumbi", de Eduardo Souto, e "Chuá chuá", de Pedro de Sá Pereira e Ari Pavão. Nesse ano, sua composição "Paisagem tropical" foi gravada por Osni Silva no LP "Mais uma noite".

Jorginho




Jorge Ferreira da Silva, O Jorginho da Flauta
Saxofonista e Flautista, músico que morreu cedo, antes de completar 50 anos, mas com inumeras gravações e participações nos anos 60; nada encontrei na rede sobre este exelente musico, ma s melhor do que palavras vamos ecutar seus solos

 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Irio De Paula



Irio Nepomuceno De Paula
Rio de Janeiro, 10 de maio de 1939
† 23 de Maio de 2017
É um compositor e violonista brasileiro, mas naturalizado na Itália.
Nasceu no Rio de Janeiro em 1939. Chegou na Itália nos anos 70, depois de Elza Soares, e lá colaborou com Chico Buarque na gravação do disco Per un Pugno di Samba. Em 1973 escreveu a canção Criança, que passou a fazer parte do filme L'ultima neve di primavera.
Com o seu violão, acompanhou vários artistas famosos, entre os quais destacam-se Sérgio Mendes, Elza Soares, Baden Powell e Astrud Gilberto.
Na época em que o mesmo foi para Itália, nos anos 70, ocorreu entre ele e a ex-parceira Elza Soares, uma violenta briga, que deixou os dois definitivamente separados.

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Alvaro do Violão Tenor



Álvaro do Violão Tenor
Álvaro Brochado Hilsdorf iniciou sua carreira artística tocando violão, bandolim, banjo e posteriormente violão tenor, instrumento que o levou a ficar conhecido no meio musical como “Álvaro do Violão Tenor”.
Álvaro começou sua carreira tocando violão juntamente com Augusto Moreno e acompanhando o cantor Euclides Alves no serviço de alto-falantes Primavera de Rio Claro; partindo da Rádio Jornal Primavera e da Rádio Clube de Rio Claro, posteriormente ganhou glórias através das emissoras paulistas e cariocas, tendo excursionado por estados brasileiros.
Foi grande amigo de Aníbal Augusto Sardinha, o "Garoto", com o qual tocou muitas vezes. Durante suas vidas fizeram um curioso pacto: ao falecimento de um dos companheiros, o outro gravaria um LP em homenagem ao amigo falecido. Após o falecimento de Garoto, Álvaro o homenageou em seu segundo álbum, com o choro intitulado "Exaltação a Garoto".
Durante toda sua vida e carreira, gozou de enorme prestígio e respeito na classe musical. Seus colegas o admiravam como instrumentista e como exemplar figura humana que sempre foi.
Este respeito dos colegas o levou, por exemplo, a ser convidado para fazer a abertura de um show que reunia a nata do chorinho no Brasil contando com artistas como Altamiro Carrilho, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo, entre outros.
Sua primeira gravação foi um compacto duplo que na época era vendido a Cr$0,60 (sessenta centavos de Cruzeiro), mas foi avaliado por Vicente Leporace da Rádio Randeirantes em seu programa Laboratório Musical em Cr$2,00 (dois cruzeiros) valor bem superior ao de mercado na época.
O primeiro LP (segundo álbum), gravou com o regional de Evandro com participações de Martins no Acordeom, Arthur Athayde na flauta e Evandro no bandolim, LP gravado na gravadora Prodígio, de propriedade de Álvaro Hilsdorf.
O Segundo LP foi gravado pela CID, com o regional de Canhoto, com participações especiais de Abel Ferreira e Netinho.
O terceiro LP foi gravado igualmente pela CID com participações do regional de Canhoto e participação especial de Altamiro Carrilho, Paulo Sérgio, Netinho e Orlando Silveira.
O Quarto LP também gravado pela CID teve acompanhamento do regional de Evandro, com participação de Carlos Poyares na Flauta e de Evandro no Bandolim, sendo que duas faixas foram gravadas com participação do pianista Guilherme Vergueiro. Em 1986 , o trabalho e a pessoa de Álvaro deram razão a um programa especial do Projeto Minerva através de três emissoras de ondas curtas da rádio Bandeirantes.
Até 1955 as gravações em solo de violão tenor foram feitas por Garoto (Aníbal Augusto Sardinha) e depois dessa época por Álvaro Hilsdorf.
Seu primeiro CD (quinto álbum) saiu pela Brasidisc a convite do produtor Osmar Zan sob o título “Serestas com um Violão”, contendo 15 faixas.
Falecimento[editar]
Álvaro Brochado Hilsdorf, faleceu em São Carlos aos 74 anos no dia 25 de Dezembro de 1997, horas depois da ceia de Natal que havia passado junto a sua família: sua esposa Maria Arthur Hilsdorf, o primogênito Lupércio Arthur Hilsdorf, a filha Ligia Maria Arthur Hilsdorf e o caçula, Carlos Eduardo Arthur Hilsdorf.
Sua dignidade como ser humano exemplar e único, gera saudades em todos aqueles que o conheceram; bastava um minuto em sua presença para perceber a nobreza de seu espírito e a beleza de seu caráter, sua fina educação sempre foi reverenciada por todos os seus amigos e admiradores artísticos.
 

Guerra-Peixe





César Guerra-Peixe
Petrópolis, 18 de março de 1914 — Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1993
Foi um compositor brasileiro de música erudita e estudioso da música brasileira.
Nasceu em Petrópolis, filho dos imigrantes portugueses Francisco Antonio Guerra-Peixe e de Anna Adelaide Guerra-Peixe, que haviam chegado ao Brasil em 1893.2 Era o caçula de dez irmãos. Seu pai, que trabalhava como ferrador de cavalos e era músico amador, começou a ensinar-lhe a tocar violão aos seis anos de idade. Aos sete tocava o bandolim, aos oito violino e aos nove piano.
Começou estudos musicais formais na Escola de Música Santa Cecília, em sua cidade natal, onde foi aluno de violino do professor Gao Omacht, entre outros. Rapidamente ganhou prêmios na Escola pelo seu desempenho no instrumento. Em 1928 conseguiu seu primeiro trabalho, como violinista em sessões de cinema mudo em Petrópolis. A partir de 1929 começou a desempenhar-se como professor na Escola.
A partir de 1931 passou a viajar periodicamente à cidade do Rio de Janeiro para ter aulas particulares de violino com Paulina d’Ambrósio. No ano seguinte, entrou para o curso de violino do Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro (atual Escola de Música da UFRJ), onde estuda harmonia elementar com Arnaud Gouvêa e conjunto de câmara com Orlando Frederico.2
Com apenas cinco anos de estudo, obteve a medalha de ouro oferecida pela Associação Petropolitana de Letras. Após prestar concurso para ingressar na Escola Nacional de Música, obtendo o primeiro lugar, Guerra Peixe transferiu-se para a cidade do Rio de Janeiro, onde, para sobreviver, passou a trabalhar como músico em orquestras de salão que tocavam em confeitarias e bares, além de integrar um trio alemão que se apresentava na Taberna da Glória. Na Escola de Música, fez os cursos de harmonia elementar, com Arnaud Gouveia, e de conjunto de câmara, com Orlando Frederico. Nesta época, começou a trabalhar como arranjador para alguns cantores e gravadoras. Em 1943, ingressou no Conservatório Brasileiro de Música, para se aperfeiçoar em contraponto, fuga e composição, tornando-se o primeiro aluno a concluir o curso de composição do Conservatório.
Em 1944, terminado o curso, Guerra Peixe, ansioso por conhecer as novidades no campo da música, entrou em contato com o professor Koellreutter. Suas peças eram, até então, compostas dentro do modelo clássico com melodia brasileira, sendo a Suíte infantil n.º 1 para piano a expressão maior desse período. Guerra Peixe decidiu destruir todas as obras compostas anteriormente, passando a adotar a técnica dodecafônica. Na primeira fase da concepção dodecafônica, sua primeira composição, Sonatina para flauta e clarinete, foi intencionalmente antinacionalista. Compôs também a obra Noneto, interpretada por Hermann Scherchen em diversos centros europeus. Nessa época, participava do grupo Música Viva, com Cláudio Santoro, Edino Krieger e Eunice Katunda.
Depois de compor uma obra em que todas as características dodecafônicas se realizam alheias aos valores musicais brasileiros, Música n.º 1 para piano e solo, suas obras seguintes acentuaram a intenção de nacionalizar os 12 sons, como a Sinfonia n.º 1 para pequena orquestra, executada pela BBC de Londres, o 1º quarteto de cordas, as Miniaturas para piano. A peça Trio de Cordas foi um marco na pesquisa da dodecafonia, no sentido de conferir-lhe tons nacionais. Composta em 1945, nota-se, no segundo movimento (andante), um desprendimento no manejo da técnica dos doze sons. A fase dodecafônica encerrou-se em 1949 com a Suíte para flauta e clarinete.
Entre 1948 e 1950 trabalhou como arranjador na Rádio Jornal em Recife. A decisão de aceitar um trabalho na região nordeste foi tomada com o objetivo de conhecer melhor o folclore nordestino. Suas pesquisas musicais foram anotadas em cadernos, com várias melodias sendo utilizadas em obras compostas na década de 1950.
Parte do resultado das pesquisas foi publicada em 1955, sob o título Maracatus do Recife (editado pela Ricordi).
Guerra Peixe passou a conhecer o folclore brasileiro como poucos, ganhando sua música uma nova dimensão a partir do estudo de ritmos nordestinos como o maracatu, coco, xangô, frevo. O compositor descobriu que os passos do frevo foram trazidos por ciganos de origem eslava e espanhola, e não por negros africanos, como se pensava até então.
Guerra Peixe compôs trilhas para os filmes Terra É sempre Terra e O Canto do Mar, sendo premiado em 1953 como melhor autor de música de cinema.
Também realizou trabalhos no campo da música popular brasileira, fazendo arranjos sinfônicos para músicas de Chico Buarque, Luiz Gonzaga e Tom Jobim.
Integrou a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC como violinista e dedicou-se à carreira de professor, dando aulas de composição na Escola de Música Villa-Lobos, e de orquestração e composição, na Universidade Federal de Minas Gerais. Ali, durante toda a década de 1980 até a sua morte, Guerra-Peixe formou um grupo de músicos que ficou conhecido então como "Escola Mineira de Composição" e que reunia os nomes de Gilberto Carvalho, Nelson Salomé, Lucas Raposo, João Francisco de Paula Gelape, Sérgio Canedo, Marden Maluf, Alina Paixão Sidney, Clarisse Mourão, Felix Down Gonzalez e Dino Nugent Cole, entre outros. Nélson Salomé, um dos discípulos mais diretamente ligado a Guerra-Peixe, escreveu um livro sobre o período.
Durante sua fase de maturidade artística, compôs Tributo a Portinari, confirmando seu incomparável domínio de orquestração. Poucos compositores conseguiram, como ele, atingir uma versatilidade e uma admirável concisão de linguagem, buscando na simplicidade a sua arma mais eficaz.


Mozart Ituassú



Mozart Ituassú da Silva, O Mozart 
Jequitinhonha - MG - 17 de Junho de 1917
Em 1937 viajou para Belo Horizonte, onde começou sua carreira de músico profissional.
Projetando se como um dos maiores pistonista de BH, mudou se para São Paulo a fim de trabalhar no roof da Gazeta.
Na capital paulista fez amizade com o Maestro Francisco Ferreira Filho que mais tarde o levou para o Rio para trabalhar nos cassinos da Urca e Icarai, após o fechamento dos cassinos passou a trabalhar na orquestra de Zaccarias excursionando para
Saõ Paulo  e Uruguai, depois trabalhou com a orquestra de Oswaldo Borba na radio Globo e depois tranferindo se para orquestra de Peruzzi na radio Mayrinque Veiga.Na radio Tupi trabalhou com o Maestro Carioca

Xixa



Bernardo Cascarelli Jr, O Xixa
Contratado pela Odeon, gravou em 1956, em interpretação ao cavaquinho, o choro "Lua de mel", e o bolero "Um milhão de estrelas", ambos de sua autoria.
 Em 1957, essas duas composições, com letra de Júlio Nagib, foram gravadas na Odeon: o samba-choro "Lua de mel", por Heleninha Silveira, e o bolero "Um milhão de estrelas", por Neide Fraga. No mesmo ano, gravou, ao cavaquinho, os choros "Fala coração" e "Comigo é assim", de sua autoria.
 Em 1959, o choro "Primeiro amor, saudade", com Valdir Cardoso, foi gravado por Bernardo do Cavaquinho e seu conjunto, pela Continental. No mesmo ano, gravou com seu conjunto, na Odeon, os sambas "Manhã de carnaval", de Luiz Bonfá e Antônio Maria, e "Meu bem", de sua autoria.
 Em 1960, gravou dois discos pelo selo Audio-Fidelity com os choros "Cavaquinho no balanço", de sua autoria e Ivan Pires, "Não diga a ninguém", de José Messias, "Audinho", de Ivan Pires e Serafin Almeida, e "Assim...assim", de Ivan Pires.
 Em 1973, gravou LP com seu conjunto no qual registrou, entre outras composições, o samba "Despedida de Mangueira", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral.
 Em 1976, participou de LP lançado pelo selo Marcus Pereira juntamente com Theo de Barros, Hector Costita e Erlon Chaves, no qual foram interpretadas músicas como "Sem saída", "Afogados", Ao mestre", e "Quadra vazia". No CD "Brasil revivendo o chorinho - 2", lançado pelo Grupo Vou Vivendo, teve regravados os choros "Lua de mel", com Julio Nagib, e "Meu bem".
 Em 1981, tocou cavaquinho no LP "Caipira", lançado pelo cantor e compositor Rolando Boldrin, pela RGE. Em 1982, tocou cavaquinho no LP "Violeiro", lançado por Rolandro Boldrin, pela Som Livre.
 Em 1994, tocou cavaquinho no LP "Pena Branca e Xavantinho - Uma dupla brasileira" que os irmãos Pena Branca e Xavantinho lançaram pela RGE.'

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Tia Amélia



Amélia Brandão Nery, A Tia Amélia
Um grandes nomes de nossa música e um dos grandes orgulhos para a cultura nordestina: Amélia Brandão Nery, ou, simplesmente, Tia Amélia. Ela era instrumentista, pianista e compositora.
Nascida em Jaboatão (PE), em 25 de maio de 1897, começou a ter contato com o piano aos 4 anos de idade. Seu pai era maestro da banda da cidade de Jaboatão, e também clarinetista e solista de violão. Sua mãe tocava piano. Aos seis anos, Amélia começou a estudar música, mas, seu pai exigiu-lhe que se dedicasse aos clássicos. Com doze anos, ela compôs sua primeira música, a valsa Gratidão.
Com 17 anos, ela se casou e seu esposo a impediu de seguir carreira como pianista, os planos que ela acalentava. Indo morar em uma fazenda nos arredores de Jaboatão, Amélia tocava somente nas festas de amigos. Ela aproveitou para estudar o folclore musical das cercanias da cidade. Com três filhos, e aos 25 anos, ela ficou viúva. Para criá-los, ela abraçou a carreira artística profissionalmente.

Alberto Calçada



Alberto de Souza Calçada
6 de agosto de 1929 - 29 de julho de 1983
Foi um compositor e instrumentista de música popular brasileira.

Waldemiro Lemke



Waldemiro Lemke
1924-2010
Nascido em Joinville (SC), numa família de músicos, ele aprendeu ainda garoto a tocar violino. Morou em Blumenau (SC), onde conheceu a mulher, Ingeborg, e depois em Santos (SP). Lá, tocou num cassino da Ilha Porchat.
Quando se mudou para SP, Waldemiro assumiu o contrabaixo num grupo de jazz.
Trabalhou nas TVs Paulista, Excelsior e Cultura, foi jurado num programa da rádio Nacional apresentado pela Hebe, e aí se tornou maestro.
Nos anos 60 e 70, teve a Waldemiro Lemke Coral e Cordas, uma orquestra de baile com mais de 30 integrantes que se apresentava por SP, Minas e Paraná.
Brincava que era o campeão das formaturas. Mas quando elas foram tomadas pelas aparelhagens eletrônicas, a orquestra se desfez.
A partir daí, trabalhou para a Copacabana Discos, fazendo arranjos para Jair Rodrigues, Chitãozinho & Chororó, Zezé Di Camargo & Luciano, entre muitos outros.
 

Henrique Brito



Henrique Brito
Natal, 15 de julho de 1908 — Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1935
Foi um violonista e compositor brasileiro.
Em meados dos anos 1920, conheceu Braguinha, seu colega de turma. Junto com este último e outros colegas do Colégio Batista, formou o conjunto Flor do Tempo, futuramente Bando dos Tangarás.
Faleceu de uma septicemia, época que integrava a orquestra da Rádio Mayrink Veiga como violonista, aos 27 anos.
 

Toninho Horta



Toninho Horta
Antônio Maurício Horta de Melo
Belo Horizonte, 2 de dezembro de 1948
É um compositor, arranjador, produtor musical, e guitarrista brasileiro.
Em 1967 participou do "2º Festival Internacional da Canção", concorrendo com a música Maria Madrugada, em parceria com Júnia Horta; e em 1969, no "4º Festival Internacional da Canção" concorreu com a música Nem é carnaval, com seu parceiro Márcio Borges.
Com Nivaldo Ornelas faz sua estréia em estúdio em 1969 e, no mesmo ano, toca com Milton Nascimento pela primeira vez. Transfere-se para o Rio de Janeiro no início dos anos 1970, quando passa integrar o grupo A Tribo, juntamente com a cantora Joyce, Nelson Angelo, Novelli e Naná Vasconcelos, chegando a gravar algumas faixas no disco Posições (Odeon).
Nesta mesma época passou a tocar com Elis Regina e participou das gravações do álbum Clube da Esquina, de Milton Nascimento. Com o seu trabalho já reconhecido nacionalmente, passou a integrar as bandas de Edu Lobo, Gal Costa, Maria Bethânia e Nana Caymmi, no instante em que sua música era percebida por músicos estrangeiros, como Pat Metheny, que sofreu enorme influência de Toninho Horta.
Em 1989, com Diamond Land, finalmente toma o mercado norte-americano, mudando-se para Nova Iorque.
Por seu talento extraordinário, Toninho tocou com músicos renomados do jazz mundial, como Sergio Mendes, Gil Evans, Flora Purim, Astrud Gilberto, Naná Vasconcelos, Paquito De Rivera, Airto Moreira, Wayne Shorter, Eliane Elias, Herbie Hancock, Keith Jarrett, George Benson,Pat Metheny Flavio Sala e muitos outros.
No Brasil, tem trabalhos realizados com Tom Jobim, Elis Regina, Gal Costa, Milton Nascimento, Maria Bethânia, Jane Duboc, Caetano Veloso, MPB4, Simone, Leny Andrade, João Bosco, Hermeto Pascoal, Beto Guedes, Lô Borges, Wagner Tiso, Nivaldo Ornelas, Edu Lobo, Boca Livre, Alaíde Costa, Nana Caymmi, Dori Caymmi, Dominguinhos, Nico Assumpçao, Paulo Moura, Nelson Ayres, Márcio Montarroyos, Joyce, Luis Alves, Raul de Souza, Leila Pinheiro, Paulo Braga, Yuri Popoff, Emílio Santiago, Robertinho Silva, Pery Ribeiro, Luiz Eça, André Dequech, Halley Flamarion, Aécio Flavio, Marlene, Rafael Rabello, Sebastião Tapajós, Eduardo Conde, Jacques Morelembaum, Nelson Angelo, Lena Horta, Esdras Ferreira "Neném", Mauro Senise, Léo Gandelman, Armando Marçal, Djalma Correa, Chiquito Braga, Fafá de Belém, Tavinho Moura, Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Márcio Borges, Toquinho, Ney Matogrosso, Gilson Peranzzetta, Juarez Moreira, Quarteto em Cy e outros.
Toninho já excursionou pela Inglaterra, Rússia, Japão, Coreia, Finlândia, Eslováquia, Eslovênia, Croácia, Itália, Holanda, Bélgica, Açores (Portugal), Martinica, Suíça e Áustria.