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quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

João Pereira Balby



João Pereira Balby
João Pereira Balby nasceu no sítio Canindé, município de Viana, em 7 de Março de 1914. Era filho do vianense Fábio Augusto Balby e da cearense Teonília Pereira Balby. A partir de 1922, aos oito anos, passou a residir em Penalva na companhia dos seus pais que haviam deixado o Canindé. Nessa época passou pelas mãos das professoras Astérica (ABC), sua tia no Canindé – Bibi Balby, que era irmã do seu pai e Maria Rosa Marques (ícone do ensino primário em Penalva).
Voltou para Viana a fim de continuar os estudos, matriculando-se no Instituto Dom Francisco de Paula, fundado pelo Dr. Palmério Campos, promotor de Justiça da cidade. No final do ano letivo de 1930, com a transferência do fundador para outra comarca e o fechamento do instituto, o jovem se viu impedido de concluir o curso de Contabilidade.
Retorna, então, para a residência dos pais em Penalva e passa a estudar flauta e teoria musical com o maestro Antonio Gama Sobrinho; aulas de sax-soprano ele recebe do mestre Patrício Bandeira. Posteriormente passa a tocar esse instrumento em bandas locais. No início da década de 1930, ele cria a sua própria banda, a “Lira de Prata”, da qual fazia parte seu irmão José Ribamar Balby tocando flauta. São dessa fase as composições de sua autoria, cujas partituras foram resgatadas por João Mohana e citadas no livro “A Grande Música do Maranhão”: Grande Ladainha, Ladainha do Glorioso São José, Ladainha de Nossa Senhora, Veni Sancte Spiritus, Hino a São José, Santa Cecília (valsa) e Imagem de Criança (valsa).
Trajetória artística - Em 1937, João Balby já se encontrava em São Luís com Odilon Dias e sua orquestra. Logo passa a fazer parte do cast, tocando sax-tenor, do Jazz Alcino Bílio (o mais famoso da época). Convidado pelo trompetista Joca Parma, passou a integrar um quarteto do navio da Companhia Costeira Itaimbé (como solista de saxofone-alto). Esse navio fazia a linha Belém-Porto Alegre. Numa dessas viagens, desceu no porto de Santos, onde fez amizade com músicos locais e passou a atuar como free-lancer em festas. Começa aí a sua fase de músico no Sul do País. A primeira orquestra como contratado foi a Maby  Paiolete (1940), em Petrópolis, no Rio; seguiram-se: Orquestra Cassino  Guarujá, Domingos  Ricci  Orquestra – durante cinco anos, tendo ao seu lado o  irmão Ribamar  Balby, também no sax-alto – Orquestra de Clóvis Mamede, em Santos, da qual fazia parte o famoso saxofonista norte-americano Booker Pittman. Foram muitos anos em São Paulo tocando saxofone alto em orquestras, ao lado de maestros e instrumentistas famosos da época: o argentino Luís Rollero, Raul de Barros, Élcio Alvarez, Erlon Chaves, Osmar Millani, Gilberto Galhardo.
Durante quinze anos trabalhou como músico da rádio e TV Tupi. Esteve na TV Paulista com a orquestra de Osmar MIllani ( em programas de Dercy Gonçalves) e com a mesma orquestra em programas de Silvio Santos.
Após a falência da TV Tupi, passou a acompanhar nomes famosos  da MPB  em  gravações e  shows : Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Altemar Dutra, Eduardo Araújo, Noite Ilustrada, Agostinho dos Santos e a cultuada Maísa Matarazzo –  em sua primeira gravação.
Dotado de uma técnica apurada e com um sopro sofisticado, João Balby, muitas vezes esteve na Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, quando de sua fundação – sob a regência do maestro Isaac Karabtchevsky - como solista convidado. Em uma reportagem da revista “O Cruzeiro”, na década de 1960, sobre os maiores instrumentistas do Brasil, ele é citado como o terceiro melhor sax-alto do país.
Em 1977, encerrou a sua carreira, aposentando-se pela Ordem dos Músicos de São Paulo.

AGUARDANDO AUDIO

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