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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Jadir de Castro



Jadir de Castro
26/3/1927 Campos, RJ
Iniciou sua carreira artística aos 14 anos de idade, atuando como baterista na Grande Orquestra da Rádio Clube do Brasil.
Fez parte da Orquestra de D. Valdrico do Rio de Janeiro, do conjunto Os Marroquinos, da Orquestra do Turco Ely e do conjunto Brasil Moreno.
Em 1950, viajou para o exterior, atuando em países americanos, europeus e asiáticos, como integrante de diversas orquestras. Tocou na Rádio BBC de Londres como integrante da Orquestra de Roberto Inglês, na boate Moulin Rouge, em Paris (França), na Rádio-Television Française e na Televisão Italiana, no Stol Theatre de Glasgow (Escócia) e no Deli Palace de Hamburgo (Alemanha). Em 1953, participou da festa de coroação da Rainha da Inglaterra no Palácio de Buckingham (Inglaterra), tendo se apresentado com o Ballet Brasiliano, com o qual seguiu em turnê por diversas cidades inglesas. Atuou como professor de coordenação rítmica motora dos príncipes de Espanha. Tocou na festa de "L'ile de Saint-Louis", no Palais Medieval, em Paris (França), evento que dura três dias e para o qual são convidados músicos do mundo inteiro. Participou do show "Jahrhundertha Ile", realizado em Frankfurt (Alemanha). Venceu o Festival de Música Cidade de Caracas (Venezuela). Apresentou-se em vários países da América Central. Em 1956, contracenou com Brigitte Bardot no filme “E Deus criou a mulher”, de Roger Vadim, tocando bongô ao lado da atriz.
Voltou ao Brasil em 1960, participando, como baterista e percussionista, de gravações com diversos artistas e orquestras. Acompanhou Bené Nunes em turnê pelo Norte e Nordeste do país. Destacou-se nos anos 1960 como o criador do "samba fantástico". Inventou batidas como o "samba cruzado", o "samba batucada", o "baião com bateria" e o "jazz forró". Criou, também, instrumentos, como o "tumbombale" - tumbadoras dispostas de cabeça para baixo ou na posição vertical, tocadas com um pedal duplo fabricado pelo baterista, ao qual deu o nome de "pedal gêmeo" - e o "katriburim", uma mistura entre o bongô e o tamborim. Introduziu a tumbadora na bossa nova, tendo gravado com artistas João Gilberto e Tom Jobim.
Em 1962, lançou o LP “Jadir no Samba”, contendo suas composições “Lição de baião” (c/ Daniel Marechal), “Josepha” (c/ Julio Pamies), “Pourquoi (Essa Nega Sem Sandália)” (c/ Caco Velho), “Samba do Ziriguidum” (c/ Luis Bittencourt), “Imbraúna” (c/ Nena Caboclo), “Ao chegar em Lisboa” (c/ Édison Marinho), “Baratin”, “Percussão” e a faixa-título, além de “O vento contou de nós” (Hércio Expedicto e Laércio Vieira), “Pescando robalo” (Octacilio T. de Castro e José M. Pinto) e “Samba na passarela” (Luis Gonçalves e Nilton Valle).
Lançou, em 1965, o LP “Gênio da Batucada”, com suas canções “Nega apanhou a sandália”, “Samba do Ziriguidum” (c/ Luis Bittencourt), “Pourquoi (Essa Nega S'em Sandália)” (c/ Caco Velho), em faixa medley, “Venez Ici Mademoiselle” (c/ Caco Velho), “Baratin” e “Lição de baião” (c/ Daniel Marechal), também em faixa medley, e ainda “És muito para mim” (c/ Abi Rihan), “Capital de saudade” (c/ Ari Vicente "Tajá"), “Numa noite” (c/ Sebastião Jorge), “Candoblezando”, “Batucada genial”, “Percussão”, ”Berimbauzando”, Tendência pra mambo” e “Macumbossa”, além de “Vozes da Amazônia” (Raul Marques e Amadeu Veloso).
Ainda na década de 1960, lançou os LPs “Samba internacional (Jadir de Castro e Seus Poliglotas Rítmicos), em 1963, “Batucada nº 2 (Jadir de Castro e Seus Poliglotas Rítmicos e Escola de Samba da Cidade)”, em 1963, e “E agora: Camutéo! – A nova dança! - Jadir de Castro e Seu Ritmo”, em 1966.
Convidado pela Secretaria da Cultura e do Esporte, viveu durante cinco anos no Paraná, onde, além de atuar como músico, participou de diversos seminários através do projeto "Ação Cultural", ministrando palestras sobre coordenação rítmica-motora.
Nos anos 1970, lançou os LPs “Batucada Século 21” (1971) e “Les fabuleux rythmes de Rio École de Samba” (1974), este em parceria com Dom Um Romão.Em 2000, gravou um CD produzido por Arnaldo DeSouteiro, que contou com a participação de Zé Roberto Bertrami (teclados), Jorge Pescara (baixo elétrico), Dom Um Romão e Marcelo Salazar (percussão). No repertório, destacam-se a regravação de seus clássicos "Nega sem sandália" e "Ziriguidum", além das inéditas "Sem palhaçada" e "No tempo do chá", entre outras.
Em 2011, em festa pública no Bar Amarelinho da Cinelândia (RJ), lançou o DVD “Jadir de Castro – Gênio da Batucada” e o livro “Ciências rítmicas e memórias”, contando sua trajetória e trazendo também partituras explicativas de como explorar melhor os sons percussivos.
É autor do "Samba do telecoteco", imortalizado na voz de Jackson do Pandeiro e de outros intérpretes.

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