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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Helvius Vilela



Helvius Vilela Borges
26 de dezembro de 1941-Belo Horizonte
28 de janeiro de 2010-Rio de Janeiro
Foi um compositor e pianista brasileiro
Autodidata, teve as primeiras noções musicais através de sua mãe. Aos 15 anos, começou a tocar piano em bailes e casas noturnas de Belo Horizonte.
Em 1961, participou do Festival de Jazz (RJ) com "Pentápolis", música instrumental de sua autoria, classificada como a melhor da mostra pelo júri composto pelo Copa Trio.
No ano seguinte, apresentou sua canção "Coração que bate" no Festival de Bossa Nova (RJ), considerada, pelo júri composto pelo Tamba Trio, como a melhor canção do evento.
Entre 1963 e 1964, atuou na casa noturna Berimbau (Belo Horizonte, MG), ao lado de Nivaldo Ornellas, Paschoal Meirelles e Ildeu Soares.
De 1964 a 1967, fez parte do Tempo Trio, com o qual lançou em 1965 o LP homônimo que, com a gravação de "E a gente sonhando", se caracterizou por ser o primeiro registro fonográfico de uma obra de Milton Nascimento.
Paralelamente, atuou, entre 1965 e 1966, no grupo de baile cujo crooner era o próprio Milton.
Ainda em 1965, participou do Festival Mineiro, realizado no Clube de Aeronáutica (RJ), apresentando, entre outras, sua canção "Tempo quente". Desse festival fizeram parte, entre outros, o grupo de Aécio Flávio e o Berimbau Trio, formado por Milton Nascimento (contrabaixo), Wagner Tiso (piano) e Paulinho Braga (bateria).
Em 1968, transferiu-se para o Rio de Janeiro e passou a atuar, como instrumentista, na noite carioca em casas como Vivará, Sarau e Pub Bar, entre outras. Trabalhou como pianista da boate Drink, revezando com Juarez Santana. Ainda nesse ano, acompanhou os cantores Eliana Pittman e Taiguara em shows e gravações.
Em 1969, formou o grupo Vox Populi, com o qual gravou um LP e viajou, no ano seguinte, para temporada de shows no México. Permaneceu nesse país durante um ano, até a dissolução do conjunto.
Em 1971, mudou-se para os Estados Unidos, onde trabalhou com músicos brasileiros e cubanos.
Voltou para o Brasil em 1972, retomando sua atuação como instrumentista e arranjador ao lado de diversos artistas, como Elizeth Cardoso, Alceu Valença, Nana Caymmi, Tito Madi, Quarteto em Cy, Paulinho da Viola, Milton Nascimento e Família Caymmi, entre outros.
Na década de 1980, atuou ao lado de Nivaldo Ornellas (Free Jazz Festival), Wagner Tiso (Festival de Jazz de Mar del Plata), e Edu Lobo (Free Jazz Festival), entre outros.
Em 1982, gravou seu segundo LP, "Planalto dos cristais", premiado, em 1983, com o Troféu Chiquinha Gonzaga como um dos 10 melhores discos independentes do ano. Para o lançamento do disco, realizou temporada na Sala Funarte e apresentações no Parque da Catacumba e no Teatro Princesa Isabel (RJ).
Ainda na década de 1980, acompanhou Miúcha, Cristina Buarque e Mauro Duarte em show realizado na Nicarágua. Nesse país, participou do Festival da Canção Latino-Americana, ao lado de Chico Buarque e de Fagner.
Em 1987, apresentou-se com Tito Madi no Via Brazil, em Nova York.
Em 1991, acompanhou Paulinho da Viola em apresentação realizada no Festival Internacional das Artes de Nova York, no Lincoln Center (EUA). Ainda nesse ano, atuou como instrumentista ao lado de Dorival, Nana, Dori e Danilo Caymmi, no Festival de Montreux (Suíça).
No final da década de 1990, participou como pianista e arranjador da gravação de dois CDs dedicados à obra de Lupicínio Rodrigues, tendo como solista Jerzy Milewski, violonista polonês radicado no Brasil, e como convidados e também solistas Sebastião Tapajós e Sivuca. Atuou, ainda, como instrumentista, arranjador e produtor musical do CD de Marisa Gata Mansa com a obra de Antônio Maria. Escreveu os arranjos para a trilha sonora do filme "Bela Donna", de Fábio Barreto. Participou da temporada de Paulinho da Viola no Canecão (RJ) e no Tom Brasil (SP), que gerou "Bêbada chama", CD duplo gravado ao vivo.
Em 1999, participou do espetáculo "Vivendo Vinicius", com Miúcha, Toquinho, Carlos Lyra e Baden Powell, realizado no Tom Brasil (SP), Metropolitan (RJ) e Teatro João Caetano (RJ), gravado ao vivo e lançado em CD, assinando alguns arranjos. Ainda nesse ano, atuou como pianista, arranjador e co-produtor musical de mais um disco de Jerzy Milewski, esse com a obra de Paulinho da Viola, tendo como convidado Paulo Moura e contando com a participação de Paschoal Meirelles, Carlos Malta, Paulo Russo, Mingo Araújo, Nélson Farias e Márcio Mallard, entre outros.
Apresentou-se como instrumentista, ao lado de Pery Ribeiro, no show do Reveillon de 2000, realizado a bordo do "Extasy", navio que fez o Cruzeiro do Milênio até o Caribe.
Participou do "Sarau da Pedra", projeto realizado no Instituto Cultural Cravo Albin, em parceria com a Repsol, no ano de 2007, com produção de Heloisa Tapajós e Andrea Noronha, apresentando, em duo com a cantora Fernanda Cunha, canções de Sueli Costa, na noite que homenageou a compositora.
Suas canções "Que me tira o juízo", "Estrada da vida" e "Eu e você", todas com Ana de Hollanda, foram gravadas pela parceira no CD "Só na canção", lançado em 2009, no qual foi responsável pelos arranjos e também pela direção musical, junto com Maurício Carrilho.
Ao longo de sua carreira, assinou aranjos para discos e shows de vários artistas, como Elizeth Cardoso, Milton Nascimento, Edu Lobo, Nana Caymmi, Paulinho da Viola, Miucha, Carlos Lyra, Ana de Hollanda e Chico Buarque, entre outros. Na área instrumental, trabalhou com Nilvado Ornelas, Wagner Tiso, Paulo Moura, Carlos Malta, Jerry Milewski, Vittor Santos, Chico Batera, Sebastião Tapajós, Baden Powel e outros músicos.
Assinou arranjos e direção musical para diversos espetáculos teatrais, entre os quais "Kurt Weill", "Lamartine como nunca" e "Rádio Nacional, as ondas que conquistaram o Brasil". Por este último, foi contemplado, em 2006, com o Prêmio Shell de Teatro, na categoria Melhor Direção Musical.
Em plena atividade profissional, atuando em shows com Carlos Lyra e Ana de Hollanda, veio a falecer no dia 28 de Janeiro de 2010.
 

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