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terça-feira, 25 de março de 2014
Patápio Silva
Patápio Silva
Itaocara, 22 de outubro de 1880 — Florianópolis, 24 de abril de 1907
Foi músico, compositor e flautista virtuose brasileiro de Choro e Erudito. É considerado um dos maiores flautistas da História.
Nasceu na pequena cidade de Itaocara, interior do Estado do Rio de Janeiro, no ano de 1880. Seu pai era barbeiro, e ensinou Patápio a tocar flauta. Ele então passou a impressionar diversas pessoas que passavam pela barbearia do pai, tocando uma rudimentar flauta de folha de flandres (uma flautinha de brinquedo). Passou parte de sua infância na cidade mineira de Cataguases, onde em 1896, entra na Banda Cataguases Aurora com apenas 16 anos. Depois, conheceu o maestro cubano Francisco Lucas Duchesne, que exerceu importante influência na carreira de Patápio.
Em 1899, indo morar na cidade de Palma, durante as comemorações na Semana Santa ele interpretou composições sacras do Pe. José Maurício Nunes Garcia.
Em 1900, foi para a cidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou como tipógrafo, aprendeu francês (idioma universal naquela época), indo depois trabalhar na Casa de Moeda, como impressor. Depois, concorreu a uma vaga no importantíssimo Instituto Nacional de Música, sendo ouvido pelo professor Paulo Augusto Duque Estrada Meyer. Este encantou-se com o enorme talento do humilde Patápio, conseguindo-lhe então uma flauta de boa qualidade e passando a ministrar-lhe aulas.
Matriculou-se no Instituto Nacional de Música em 15 de Março de 1901. Em 1902, executa as antológicas gravações na Casa Edison, além de um recital no próprio Instituto. Formou-se precocemente, em 1903, com distinção e louvor, apesar do fato de ser de origem humilde e de ser mulato.
Inicia então diversas apresentações de enorme sucesso, em diversas cidades. Em uma delas, no Clube dos Diários de Petrópolis, chegou a ser cumprimentado pessoalmente pelo Barão do Rio Branco, que ficou encantado com o desempenho genial de Patápio. Depois apresentou-se com enorme sucesso na cidade de São Paulo, inicialmente sendo olhado com desdém por diversos indivíduos das platéias paulistanas, pelo fato ser mulato, mas depois deixando-os boquiabertos e sendo muito aplaudido. Decide, em 1906, fixar residência na capital paulista. Continua apresentando-se em diversas cidades.
No mesmo ano de 1906, viaja à cidade do Rio de Janeiro, Capital Federal, à convite do presidente Afonso Pena, para uma apresentação no magnífico Palácio de Catete.
Em 14 de março de 1907, excursiona pela região Sul do País, com a intenção de levantar fundos para viajar à Europa. Sendo um músico tão ovacionado na Capital Federal, foi recebido em Curitiba com toda a pompa. Quando ensaiava para sua apresentação em Florianópolis, Patápio caiu doente, com febre alta, no dia 18 de abril de 1907. No dia 24 de abril, o grande flautista vem a falecer. Foi velado e sepultado com pompa. O féretro foi acompanhado por grande massa de populares. Recebeu grandes homenagens no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Em 1915, seu corpo é exumado e transportado para a cidade do Rio de Janeiro, sendo sepultado no cemitério São Francisco Xavier.
Em 2011, o Instituto Cravo Albin lança o documentário "Patápio" do cineasta Alexandre Palma com depoimentos de Altamiro Carrilho e Magro do MPB-4.
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Procure a gravação das variações de flauta feita por ele em 1902 para casa edison.
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