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quarta-feira, 5 de março de 2014
Portinho (Maestro)
Antonio Porto Filho, O Portinho
Nasceu na cidade do Rio Grande/RS no dia 27 de setembro de 1925 foi músico (clarinetista e saxofonista), maestro, arranjador e compositor. Mudou-se ainda jovem para Porto Alegre. Na capital gaúcha conheceu o grande violonista paulista Antonio Rago e a convite deste se radicou em São Paulo. Portinho tocou em vários regionais, orquestras e chegou inclusive a reger, como convidado, a Orquestra Jazz Sinfônica de São Paulo. Participou nos anos 40 do regional de Claudionor Cruz, nos 50 do regional do Rago e foi uma figura da história do rádio do Rio de Janeiro e de São Paulo. Portinho assina arranjos de alguns discos de renomados artistas, tais como, de Ângela Maria, Paulo Vanzolini, Nelson Gonçalves, Waldick Soriano e Cláudia Barroso (descoberta por Portinho). O Maestro foi também o arranjador 1º LP do Cantor Noite Ilustrada pelos Discos Rozemblit (Mocambo), que alcançou vendagem surpreendente, pondo nas paradas de sucesso o samba "Cara de Boboca". Noite Ilustrada quando terminou seu contrato com a gravadora, transferiu-se para a Phillips e levou consigo o Maestro Portinho, o arranjador rico de idéias, que passou a trabalhar com o produtor Alfredo Borba. Mas onde o Maestro mais transitou foi na Jovem-Guarda, tendo inclusive gravado um álbum chamado "Portinho - O Maestro Iê-Iê-Iê". Fez arranjos para as gravações na época para as músicas de Ed Carlos, Demétrius, Martinha, Mario Faisal e Wilson Miranda. Sua discografia é imensa, entre elas um álbum só com composições de Noel Rosa no vinil “Noel Rosa & Portinho dá Samba” e outro que gravou em 1973 com muitas músicas de Ary Barroso “Samba, O Melhor do Brasil”. Em 1964 “Walter Wanderley e Portinho – Orgão, Sax e Sexy” e Da série Magia – Volume IV “O saxofone do Maestro Portinho”. Em 1977 gravou o CD "Choro Chorado" do Portinho onde ele interpreta só Choros, inclusive “Chorando no Choro” de sua própria autoria. O jornalista Luis Nassif afirma que o "Maestro Portinho é um dos pais do choro moderno". Portinho gravou outros tantos discos: Em 1965, Portinho e Sua Orquestra “Fogo Nos Metais”; Em 1988, Meu Beija Flor – Músicas de Thereza de Toledo e Maestro Portinho e sua Orquestra. Portinho foi tão respeitado no meio artístico que o cantor Teixeira o homenagiou na gravação da música “”O Centro Oeste Brasileiro”. O violonista de 7 cordas Ed Gagliardi disse que o Mestre Portinho foi como as músicas que compôs: calmo, tranqüilo e alegre. Seus últimos anos de atividade foram no exercício no ensino de música na Universidade Livre de Música - ULM, em São Paulo. O Maestro faleceu no Estado de São Paulo deixando um legado para a cultura musical brasileira.
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Um dos maiores homens que já conheci, além de sua altura de 1,96m. Meu pai. Honesto, carinhoso, educado, detalhista, profissional da música. Dirigia os melhores músicos do teatro municipal e outros excelentes que conheci pessoalmente quando jovem nos estúdios de gravação da Gazeta na Avenida Paulista, RCA da Rua Veridiana e outros. Tenho muita saudades dele. Ouço em meu carro seus arranjos que fez à diversos artistas e os seus sólos. Que sôpro! Que fôlego! Muitas vezes o vi tocar seu clarinete e seu sax-tenor em casa. Que som! Jamais vou te esquecer meu pai.
ResponderExcluirMarco Aurelio Porto.