Slide

Pesquisar

terça-feira, 18 de março de 2014

Casé



José Ferreira Godinho Filho, O Casé
 * 03/08/1932 Guaxupé, MG, Brasil.
 † 1978
Casé nasceu numa família cercada de música. O pai era líder de uma banda, e seu irmão Clóvis Eli, 3 anos mais velho, também se dedicou ao saxofone. Aos 10 anos, Casé já tocava bateria com o pai. Dois anos depois, passou para o saxofone e chegou a estudar clarinete.
Com 13 anos, era primeiro saxofonista da Orquestra da Rádio Tupi, em São Paulo, na qual permaneceu entre 1946 e 1950, e iniciou estudos instrumentação com o clarinetista da orquestra, Antenor Driussi.
Totalmente dedicado à música, tocando num conjunto de rádio durante o dia e na orquestra do irmão durante a noite, aprendeu harmonia durante dois anos com Hans Joachim Koellreutter
Casé foi, antes e acima de tudo, um jazzista. Suas referências – principalmente Paul Desmond, Lee Konitz e Jackie MacLean, seu estilo e sua motivação estiveram sempre no jazz. Tocava sax tenor e sax alto, "bem melhor [no tenor] do que no alto, que insistia em tocar, afirmando que como tenorista não chegava aos pés do irmão Clóvis Eli, morto no inicio da década de 1950
Somava a intuição do improvisador com a riqueza das melodias e o domínio do fraseado, da técnica e da teoria, que alcançara somando o talento com a disciplina. Todos os que o conheceram de perto mencionam sua incrível capacidade de dedicação ao estudo da música e do saxofone.
A passagem pelo rádio e por pequenos conjuntos assim que chegou a São Paulo pode ser considerada como o período de profissionalização de Casé.
Em 1953, já músico feito, foi à Europa onde recebeu convite para se integrar a uma banda de jazz, mas recusou.
Em 1956, um marco em sua carreira: fez teste para integrar uma banda; Dick Farney organizou um quarteto de jazz formado por ele próprio ao piano, ao lado de Rubinho (bateria), Xu Viana (contrabaixo) e Casé (sax-alto). O grupo excursionou por algumas cidades, tocou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e gravou um LP – o primeiro da carreira de Casé.
No ano seguinte, mais viagens. Durante um ano, Casé se apresentou em hotéis e bares dos Estados Unidos, Cuba, República Dominicana e Porto Rico e Caribe.
Nesse período, gravou o que seriam os últimos discos de sua carreira.
No início da década de 1960, montou o Casé e seu Conjunto, tendo como parceiros Adilson Godoy, Denise Dumont, Magrinho e Bill. Em paralelo, passou 3 anos como membro da orquestra de bailes de Sylvio Mazzucca, em cujos discos da época seu saxofone pode ser ouvido.
Chegou a excursionar outra vez pela Europa, com o Jongo Trio, sob o patrocínio de uma empresa brasileira de moda mas, ao retornar, exilou-se por 4 anos no interior.
No retorno a São Paulo, a carreira profissional estava praticamente encerrada; ainda encontrava músicos nas jam sessions, mas seu último trabalho fixo foi com Osvaldo Sargentelli, no show Oba-Oba.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário