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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Arismar



Arismar do Espírito Santo 
É um músico e multi instrumentista brasileiro completo. Além de tocar contrabaixo, guitarra, violão, piano e bateria, faz composições e arranjos harmônicos muitas vezes inusitados.
A família de Arismar do Espírito Santo é muito musical. Sua mãe, Maria Conceição da Costa Lima, de nome artístico Aracy Lima, foi cantora da Rádio Atlântica de Santos. Seu irmão Paulo Roberto é músico, compositor e arranjador, seu filho, Thiago Espírito Santo, é contrabaixista, e sua filha, Bia Goes, é cantora.
Dentre suas lembranças musicais mais antigas está uma roda de choro que acontecia em Santos (SP), com o Regional do (flautista) Burgos, em que seu primo Horácio tocava violão de 7 cordas. Ainda pequeno, Arismar do Espírito Santo foi a alguns bailes para ver os conjuntos Modern Tropical Quintet, Simonetti e Betinho do Vibrafone, experiência marcante para o multi-instrumentista.
 Arismar começou a tocar violão aos 11 anos. "Aos 16, fui para a bateria. Daí, não parei mais". Estudava de forma autodidata, tocando junto com os discos. "Até hoje fico, sozinho, testando a soma dos sons."
 Na bateria, Arismar do Espírito Santo praticava independência, sonoridade, condução de samba, jazz, baião e outros ritmos. No violão, tirava de ouvido alguns temas. Ouvia, ainda, os discos de Elis Regina, João Bosco e Baden Powell; Zimbo Trio, Som 3 e Tamba Trio; Oscar Peterson, Wes Montgomery, Chicago e Bill Evans; Manfredo Fest e Johnny Alf.
 O músico lembra-se do prazer que estudar lhe proporcionava. "Era como se estivesse valendo. Não era treino, era jogo."
 De mais agradável e mais útil dessa época de formação é ter aprendido a ouvir música e a fazer parte, como músico, de um grupo que pensa no coletivo.   
 As figuras decisivas para Arismar do Espírito Santo são muitas: sua mãe e seu irmão Paulo Roberto, os baixistas Carlinhos Monjardim, Sabá, Azeitona e Mathias Matos, bem como os bateristas Toninho Pinheiro e Zinho.
 Além deles, cita os pianistas Luís Mello, Silvia Goes e Paulo César Willcox, este também arranjador.
 Arismar do Espírito Santo explica a razão de serem eles suas maiores referências: "Uma antena parabólica é acionada quando se começa a tocar um tema. Esses músicos me ensinaram a entender e a falar uma certa linguagem de forma pura e simples."
 A convivência com Hermeto Pascoal, Roberto Sion, Thiago Espírito Santo e Vinicius Dorin são, também, fundamentais para Arismar.
 

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