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quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
Poly
Ângelo Apolônio, o Poly
8/8/1920 São Paulo, SP
10/4/1985 São Paulo, SP
Ângelo Apolônio, de nome artístico Poli, muitas vezes grafado com Y, Poly
Foi um multiinstrumentista (violão, cavaquinho, bandolim, banjo, contrabaixo, viola, guitarra havaiana) & Compositor brasileiro, tendo desde os 10 anos demonstrado habilidade com os instrumentos de cordas.
Começou sua carreira artística na década de 1930, em São Paulo, quando passou a acompanhar cantores populares de então: Januário de Oliveira, Paraguaçu e Arnaldo Pescuma. Em 1937, foi chamado para trabalhar no conjunto Regional da Rádio Difusora paulista, como violonista e solista de cavaquinho e bandolim. Na mesma época, integrou o conjunto vocal Grupo X, que concorria com o Bando da Lua. Compôs sua primeira música em 1939, uma valsa intitulada "Você", com letra de José Roberto Penteado, que nunca foi gravada. Foi esse parceiro que sugeriu o nome artístico Poli, abreviatura de Apolônio.
Em 1940, foi convidado pelo também multiinstrumentista Garoto para trabalhar em seu regional no Rio de Janeiro. Com o Regional de Garoto, atuou no Cassino Copacabana, na Rádio Clube do Brasil, na Rádio Mayrink Veiga e ainda gravou alguns discos. Em 1944, gravou seu primeiro disco solo, tocando guitarra havaiana interpretando os fox-troptes "Deep in the heart of Texas", de Don Swander e June Herchey e "Jingle, jangle, jungle", de J. L. Lilley e F. Loesser. No mesmo ano interrompeu suas atividades musicais para servir à F.E.B. na Itália, só retornando após o fim do conflito.
No ano seguinte gravou, com um conjunto liderado por ele e intitulado Poli e Seus Havaianos o fox-trote "Lime house blues", de Philip Braham e o fox-blue "Isle of dream", de sua autoria. Nessa época, passou uma temporada em Porto Alegre, trabalhando na Rádio Farroupilha, chegando a integrar o Conjunto Farroupilha a convite de Tasso Bangel. Com eles fez excursão pela Europa, Japão e EUA. Retornando ao Brasil, trabalhou em várias boates paulistas, tais como a Clipper e a Roof da Gazeta. Em 1948, gravou ao violão os choros "Sonho divino", parceria com Lupe Ferreira e "Colibri", de sua autoria.
Em 1951, criou o grupo Poli e seu ritmo com o qual gravou tocando guitarra havaiana na Todamérica o beguine "Begin the beguine", de Cole Porter e o fox-trot "Cavaleiros do céu", de Stan Jones. No ano seguinte, gravou com o mesmo grupo o choro "Meteoro", de sua autoria e o bolero "Saudade", de Jaime Redondo. Nesse ano, gravou mais dois discos com ourtro grupo intitulado Poly ( com Y ) e seus Modernistas. No primeiro disco, estavam o baião "Turista" e o chorinho "Dois de junho", de sua autoria. No segundo disco, tocou guitarra havaianano beguine "Jezebel", de Shanklin e no fox-trot "At sundown", de Donaldson. Ainda nesse ano, passou a atuar na gravadora Todamérica acompanhando com seu conjunto gravações de diferentes a começar pela dupla Cascatinha e Inhana na canção "Ave Maraia do sertão" e na toada "Fiz pra você". Fez também acompanhamentos para o Trio de Ébano, Cauby Peixoto; Orlando Dias; Trio Orixá e outros.
Teve gravados em 1953 o samba-canção "Guarujá", com Juracy Rago, pela cantora Inhana; o baião "Terra de Anchieta", com Ado Benatti pela dupla Cascatinha e Inhana e a toada-baião "Aula de amor", com José Caravaggi por Cauby Peixoto. Em 1954, gravou na Todamérica o choro "Apanhei-te cavaquinho", de Ernesto Nazareth e o baião "Coringa", de sua autoria. No ano seguinte, transferiu-se para a gravadora Columbia e gravou com seu conjunto o fox "Dançando com lágrimas nos olhos", de Burke e Dubin, o bolero "Tarde fria", de sua autoria, o fado-fox "Benfica", parceria com Juvenal Fernandes e o samba "Fel", de Betinho e Heitor Carrilho. Em 1956, fez com Henrique Lobo a música "Tarde fria" gravada por Cauby Peixoto no LP "Canção do rouxinol". Em 1957, gravou com seu conjunto o choro "Velha guarda", de José Ramos, o fox-trot "É ou não romântico", de Hart e Rodgers, o mambo "Fiesta", de Samuels e Whitcup e o beguine "Veneno", de sua autoria. No ano seguinte, gravou com seu conjunto as canções "Moonlight fiesta" e "Moonlight in Rio", de sua autoria. Em 1959, lançou pela Columbia o LP "Penumbra - Poli e Seu Conjunto". Nesse ano, tornou-se o primeiro a introduzir a guitarra na música sertaneja na regravação da "Moda da mula preta" pela dupla Torres e Florêncio, com arranjos seus, que também tocou a guitarra havaiana. Também nesse ano, tocou viola caipira no LP "Exaltação à viola", lançado pelo maestro Elcio Alvarez na Chantecler.
Em 1960, gravou pela Chantecler o cateretê "Zíngara", de Joubert de Carvalho; a canção "Noite cheia de estrelas" e a valsa "Lágrimas", de Cândido das Neves; a canção "Serenata", de Vicente Celestino e o "Samba caipira", de Palmeira e Piraci. Nesse ano, gravou pelo selo Sertanejo a cana-verde "Vai de roda", de Palmeira e Teddy Vieira; a guarânia "Condenado", de Palmeira e Alberto Calçada; a cação "Lamento de boiadeiro", de Palmeira e Mário Zan e "Folias de Santos Reis", de Teddy Vieira e Palmeira. Nessa época, seu conjunto tinha como integrantes Henrique Simonetti, na celesta, Carlinhos Maffazzoli no acordeom e Luisinho Schiavo no órgão elétrico.
Em 1961, ainda na Chantecler gravou a valsa "Ave Maria", de Erotides de Campos e o samba "Despedida de Mangueira", de Benedito Lacerda e Aldo Cabral. Nesse ano, gravou no selo Sertanejo a toada "Tristeza do Jeca", de Angelino de Oliveira. Também no mesmo ano, ingressou na Continental e em seu primeiro trabalho na nova gravadora acompanhou com seu conjunto as gravações dos rocks "Rock do saci", de Baby Santiago e Tony Chaves e "Broto legal", dois grandes sucesso do ídolo jovem Demétrius. Acompanhou ainda gravações de Valter Levita, Luiz Roberto e Leila Silva.
Em 1962, gravou com seu conjunto o samba "Castiguei", de Venâncio e Jorge Costa, o bolero "Fica comigo esta noite", de Adelino Moreira e Nelson Gonçalves, a polca "Festa na roça", de Mário Zan e Palmeira e a "Quadrilha do tamanduá", de sua autoria. No ano seguinte, gravou algumas músicas de filmes e seriados famosos na época como "Sukiyaki", "Bonanza" e "Dominique". Em 1964, voltou a tocar viola caipira no LP "Quermesse junina" da Continental.
À época, influenciava, como instrumentista e professor de música, entre outros, Sérgio Dias do Grupo "Os Mutantes". Em 1970, gravou o LP "Sertão em festa", com solos de guitarra havaiana nas músicas "Tristeza do Jeca", de Angelino de Oliveira e "Vai chorando, coração", de Amarilda e Brás Baccarin, além de tocar viola caipira em diversas composições. Gravou, no mesmo ano, outro elepê homenageando os grandes instrumentistas de cordas do Brasil, Canhoto, Jacob do Bandolim e outros. Jacob, conhecido por seu senso hyper crítico, fez elogios ao instrumentista na época do lançamento desse disco.
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