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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Agenor Bens




Agenor A. Bens
 circa 1870 Cordeiro, RJ
 circa 1950 Rio de Janeiro, RJ
Flautista. Cantor. Compositor. Professor.
Era filho de uma ex-escrava de nome Noêmia e do relojoeiro e operador do antigo Cine Gaumont, Eduardo Bens. Começou a estudar música em sua cidade natal. A fim de se aprimorar foi para o Rio de Janeiro, onde estudou na Escola Nacional de Música, hoje Escola de Música da UFRJ. Formou-se com louvor, e recebeu como prêmio a Medalha de Ouro, que era dada aos alunos que ficavam nos lugares primeiros colocados no curso de música. Por seu destaque, excursionou à França, onde se apresentou com sucesso, e em seguida recebeu convite e se tornou professor daquela mesma Escola.
Morou na Rua Visconde de Itamarati  no Maracanã e era empregado como chefe de turma da Saúde Pública. Foi professor de flauta do Conservatório de Música do Distrito Federal (Rio de Janeiro) e membro da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro. Foi o músico cordeirense que mais destaque teve no cenário musical brasileiro. Ao que parece, faleceu no Rio de Janeiro na década de 1950. Foi criado na cidade de Cordeiro o Instituto Agenor Bens, dedicado a divulgação e a preservação não só de sua obra como, também, dos diversos compositores e músicos da região. Uma parte do acervo de suas gravações e de suas composições, está disponível para audição no site do Instituto Moreira Salles , do Rio de Janeiro.
Chorão da Velha Guarda, possuía vasto repertório de choros antigos. Tocava muitas obras de Candinho Trombone além de cantar modinhas. Gravou vários discos nas duas primeiras décadas deste século (total de 18 músicas), nas etiquetas Grand Record Brazil, Favorite Record da Casa Faulhaber e Odeon Record da Casa Edison. Gravou sempre solos de flauta, alguns acompanhados ao piano por Artur Camilo.  Escreveu choros, polcas e modinhas que faziam  parte do repertório  dos chorões, dentre as quais destacaram-se a  polca "Faceira", o estudo "Noturno" e "Fantasia capricho". Como grande flautista, rivalizava com Patápio Silva, de quem gravou "Oriental". A partir de 1912, começou a se apresentar como solista de diversas orquestras do RJ. Em 1913, teve uma de suas músicas, a polca "Faceira", gravada pelo flautista Carlos Martins com acompanhamento do pianista Artur Camilo. No mesmo ano, gravou, como solista, a valsa "Primavera" e com Artur Camilo, gravou  "Noturno" e a polca "Cruzes! Minha prima", de Joaquim Calado. Na opinião do maestro Guerra Peixe, foi "o maior flautista brasileiro de todos os tempos". Em 1915, apresentou-se na cidade fluminense de Nova Friburgo integrando umtrio do qual faziam parte, além dele na flauta, o maestro Villa-Lobos, em sua primeira apresentação pública, ao violoncelo, e a esposa do maestro Lucila ao piano. Em 1930, sua composição "Doutor sem sorte", foi gravada pela Orquestra Victor Brasileira, liderada por Pixinguinha. Seu tango brasileiro "Oiapoque" foi gravado pelo grupo Os Matutos.

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