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sábado, 19 de abril de 2014
Gaó
Odmar Amaral Gurgel, O Gaó
12/2/1909 Salto, SP
Maestro. Arranjador. Compositor. Instrumentista. (Pianista). Atuou por muitos anos em rádios paulistas e cariocas. Foi diretor da gravadora Columbia. Começou a estudar música em sua cidade natal e terminou seus estudos musicais no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo. Foi discípulo do maestro Gabriel Arcanjo dos Santos. Homenageado em sua cidade natal com a criação do Auditório Gaó onde são apresentados espetáculos de música e dança. Recebeu em 1974, o título de "Cidadão honorário" da cidade de Salto.
Iniciou a carreira radiofônica em 1926, quando ingressou na Rádio Educadora Paulista. Em 1930, formou e passou a dirigir a orquestra Colbaz que gravou uma série de discos na Columbia incluindo os primeiros registros dos choros "Os pintinhos no terreiro"e "Tico-tico no fubá", e da valsa "Branca", de Zequinha de Abreu. Em 1931, contratado pela gravadora Columbia, registrou como pianista as canções "Jaci", "Saudades", e "Ilusão que se vai", as três de Jaime Redondo, e o fox-trot "Nola", de Felix Arndt. No mesmo ano, seus choros "Arreliento" e "Suspirando" foram gravados na Columbia pela Orquestra Colbaz sob sua direção. Ainda em 1931, gravou ao piano pela Columbia os fox-trot "My syncopated girl", de sua autoria, e "All of a twist", de Billy Mayerl, e os choros "Quando o banjo toca" e "Teimoso", de sua autoria. Entre 1932 e 1936, atuou nas Rádios Cruzeiro do Sul e Cosmos, em São Paulo, veio depois para o Rio de Janeiro e atuou nas Rádios Nacional e Ipanema. Ainda em 1932, teve a marcha "Marcha Caloric" gravada pela Orquestra Caloric na Columbia. Em 1934, sua valsa "Você é minha felicidade" foi gravada pela Orquestra de Salão Columbia, e o fox-trot "Silhueta" foi registrado pelo instrumentista Jonas ao saxofone. Em 1935, criou uma orquestra de dança com a qual gravou na Columbia os fox-trot "Há cha cha", de Werner e Hahn, e "June in january", de Robin e Rainger. No mesmo ano, gravou ao piano a "Rapsódia mal começada" partes I e II com arranjos seus sobre temas de Schubert. Em 1937, gravou ao piano com Ernesto Trepeccioni ao violino a toada "Araponga" e a lenda brasileira "Aparição de iara", ambas de Marcelo Tupinambá. Nesse ano, formou a Gaó, sua nova orquestra e coro com a qual acompanhou a gravação das marchas "Gauchinha" e "Já tirei o meu chapéu", ambas de Lamartine Babo, a primeira nas vozes de Lamartine Babo e Sílvio Alcântara, e a segunda nas vozes de Lamartine Babo e Silvino Neto. Nesse ano, acompanhou mais algumas gravações na Columbia: Cândido Botelho na canção "Eu amo todas as mulheres", de Robert Stoll e Cândido Botelho, e na rumba "Marinella", de Roger, Scotto e Cândido Botelho, Lais Marival no maracatu "Meu ganzá" e no samba-canção "Saudades do morro", ambas de H. Celso e A. Santos, e Raul Torres, no samba-canção "Mentira", de Fernando Lobo e Capiba, e no frevo-canção "Mauricéia", de Marambá e Aníbal Portela. Em 1938, acompanhou com sua orquestra o cantor Jorge Fernandes na gravação da canção "Adeus da Bahia", de Nelson Vaz, do motivo popular "Meu limão, meu limoeiro", com arranjos seus, no samba "Caboclo feliz", de sua autoria e Luiz Peixoto, na canção "Moreninha", de Georgina de Melo, no maracatu "Senzala", de Durval Borges e José Carlos Burle, e na "Ladainha", de Cassiano Ricardo e Armando Fernandes, e a cantora Silvinha Melo nos fox "Soldadinho de chumbo", de Marcelo Tupinambá e Galda de Paiva, e "Quando cantas "to you", de Joubert de Carvalho. Em 1939, gravou ao piano com o grupo Gaó e Seu Ritmo as marchas "Pirulito", de João de Barro e Alberto Ribeiro, "Joujoux e balangandans", de Lamartine Babo, e "Eu não te dou a chupeta", de Silvino Neto e Plínio Bretas, todas em ritmo de fox, e o fox-trot "Canaries serenade", de Billy Mayerl. No começo da década de 1940, passou a trabalhar. na gravadora Odeon. Antes porém, ainda dirigindo a orquestra Columbia acompanhou Zilá Fonseca na gravação das marchas "A charanga do Oskar", de Aloísio Silva Araújo, Francisco Malfitano e Geraldo Mendonça, "Sonho de uma noite de verão", de Aloísio Silva Araújo e Francisco Malfitano, "Pulga maldita", de motivos populares com arranjos de Francisco Malfitano, e "Pigmaleão", de Frazão e Francisco Malfitano. Em 1944, acompanhou com sua orquestra na Odeon o Trio de Ouro na gravação da fantasia "O fantasma dos povos", de Herivelto Martins e Aldo Cabral, em duas partes, e a cantora Odete Amaral no samba "Casa sem número", de Laurindo de Almeida e Dias da Cruz, e no choro "Mais devagar coração", de Gastão Viana e Mário Rossi. Nessea época, dirigiu a orquestra do Cassino da Urca. Em 1945, acompanhou com sua orquestra do Cassino da Urca o cantor Léo Albano na gravação da valsa "Ao cair de uma estrela" e no samba "Cabrochinha", ambas de Laurindo de Almeida e Edgard de Almeida, e a cantora Heleninha Costa no choro "Amor", de Laurindo de Almeida e Valdemar de Abreu, e no samba "Você é tudo que eu sonhei", de Laurindo de Almeida e Del Loro, dessa vez com seu sexteto, gravações efetuadas na Continental. Nesse ano, viajou para os Estados Unidos onde permaneceu por seis anos. Em 1946, voltou por breve tempo e acompanhou com sua orquestra de concertos na Victor o cantor Gilberto Milfont na gravação das canções "Geremoabo" e "Maringá", de Joubert de Carvalho. Na década de 1950 foi contratado pelas Organizações Victor Costa atuando com sucesso na Rádio Record. Em 1954, atuou no programa "Quando os maestros se encontram" da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Nesse ano, acompanhou com sua orquestra na Odeon a cantora Norma Ardanuy na gravação do samba "São Paulo de Anchieta", de Vanda Ardanuy, e na toada "Rabicho", de Marcelo Tupinambá, e a cantora Hebe Camargo na gravação dos sambas "Vou pra Paris", de Antônio Maria e Fernando Lobo, e "Aconteceu em São Paulo", de Antônio Maria, no fado "Tudo isso é fado", de Fernando Carvalho e Aníbal Nazareth, e no bailarico "Festa portuguesa", de Antonio Rago e Mário Vieira. Em 1955, acompanhou noovamente a cantora Hebe Camargo com sua orquestra na gravação do fox "Johnny Guitar", de Victor Young em versão de Júlio Nagib, e na canção "O que eu queria dizer ao teu ouvido", de Hekel Tavares e Mendonça Junior. Em 1960, gravou com sua orquestra pela Odeon o LP "Gaó viaja pelo mundo" numa viagem através de composições de várias partes do mundo no qual foram interpretadas as músicas "Brasileirinho", de Waldir Azevedo, "Asunción", de F. Riera, "Mi Buenos Aires querido", de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera, "Jamaican rumba", de A. Benjamin, "Port-au-prince", de B. Wayne, "Havana special", de O'Farril, "Malagueña", de Ernesto Lecuona, "Coimbra", de Raul Ferrão e José Galhardo, "Sous le ciel de Paris", de H. Giraud, "Arrivederci Roma", de R. Rascel, Garinel e Giovanini, "Wien du stalt meiner traeume", de R. Sieozynski, e "Manhattan", de Rodgers e Hart. Gravou em 1964, pela Odeon, o LP "Gaó, seu piano e orquestra" no qual interpretou músicas de sua autoria como "Diamante azul", "Mimoso", e "Minha garota sincopada", além de clássicos da música popular brasileira como "Odeon", de Ernesto Nazareth, e "Samba em prelúdio", de Baden Powell e Vinicius de Moraes. Dois anos depois, lançou pela London/Odeon o LP "The melodic sound of Gaó's piano and The Ipanema strings" interpretando onze clássicos da música popular brasileria: "Murmurando", de Mário Rossi e Fon-Fon, "Curare", de Bororó, "Apanhei-te cavaquinho", de Ernesto Nazareth, "Flor de abacate", de Alvaro Sandin, "Naquele tempo", de Pixinguinha e Benedito Lacerda, "Da cor do pecado", de Bororó, "Ai yoyo (Linda flor)", de Henrique Vogeler e Luiz Peixoto, "Saudade", de Lauro Miranda, "André de sapato novo", de André Victor Correia, "Carinhoso", de Pixinguinha e João de Barro, e "Tenebroso", de Ernesto Nazareth, além do choro "Cabeludo", de sua autoria. Em 1967, gravou doze valsas brasileiras clássicas também pela London/Odeon no LP "Valsas brasileiras" no qual interpretou "Expansiva" e "Coração que sente", de Ernesto Nazareth, "Última inspiração", de Peterpan, "Aurora", de Zequinha de Abreu e Salvador J. de Morais, "Saudade de Iguape", de João Batista do Nascimento, "Só pelo amor vale a vida", de Zequinha de Abreu, "Saudades de Ouro Preto", de Antenógenes Silva, "Velho realejo", de Custódio Mesquita e Sady Cabral, "Boa noite amor", de José Maria de Abreu e Francisco Matoso, "Clube XV", de Oscar A. Ferreira, "Longe dos olhos", de Zequinha de Abreu e Salvador J. de Morais, e "Mimi", de Uriel Lourival. Em 1969, gravou o LP "Bem brasileiro" no qual interpretou de sua autoria as músicas "Paquerando" e "Mini-saia", e os clássicos "Brasileirinho", de Waldir Azevedo, "Garoto" e " Zênite", de Ernesto Nazareth, "Tico-tico no fubá", de Zequinha de Abreu, "Atraente", de Chiquinha Gonzaga, "Choro Nº 1", de Villa-Lobos, "No rancho fundo", de Ary Barroso e Lamartine Babo, "Um baile em Catumbi", de Eduardo Souto, e "Chuá chuá", de Pedro de Sá Pereira e Ari Pavão. Nesse ano, sua composição "Paisagem tropical" foi gravada por Osni Silva no LP "Mais uma noite".
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