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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Pedro de Alcântara



Pedro de Alcântara
 21/8/1866 Rio de Janeiro, RJ
 29/8/1929 Sete Lagoas, MG
Flautista. Compositor. Executante de flautim.
Filho de Pedro de Alcântara e Francisca Rosa das Chagas de Alcântara, nasceu na Rua Barroso, hoje Rua Siqueira Campos, no bairro de Copacabana. Iniciou seus estudos de flauta aos 15 anos de idade.
Apresentou-se pela primeira vez em público em uma festa da igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro, fazendo um solo, em sua flauta de prata, para o Imperador D.Pedro II, que se achava presente. Foi funcionário dos Correios e Telégrafos. Casou-se com Elvira de Souza Alcântara, com quem teve dois filhos.
Iniciou sua atividade artística apresentando-se nos Cinemas Odeon, Americano (situado à Avenida Nossa Senhora de Copacabana) e no Atlântico. Promovia encontros em sua casa onde recebia companheiros de choro como Quincas Laranjeiras, Ernesto Nazareth, Villa-Lobos, Catulo da Paixão Cearense, entre outros. Em 1907, compõe a polca "Choro e poesia", inicialmente chamada "Dores do coração", sua composição mais conhecida, gravada em disco da Casa Edison, em 1911. Posteriormente, ao receber letra de Catulo da Paixão Cearense, "Choro e poesia" tornou-se a célebre canção "Ontem ao luar".
Em 1912 realizou uma série de quatro gravações com o pianista Ernesto Nazareth interpretando as polcas "Choro e poesia", de sua autoria e "Linguagem do coração", de Joaquim Calado e os tangos "Favorito" e "Odeon", de Ernesto Nazaré. Em 1918, Vicente Celestino gravou "Ontem ao luar" na Odeon. Seu último recital aconteceu na cidade de Sete Lagoas em Minas Gerais, no Cine Trianon, em 1929. Na ocasião, foi acompanhado por seu filho Sérgio Pedro de Alcântara, ao violino e por Geralda da Mata, ao piano. Faleceu poucos dias depois nesta mesma cidade. Nos anos 1970, a composição "Choro e poesia" (Ontem ao luar) voltou às paradas de sucesso recebendo cerca de 10 novas gravações, pois muitos na época, a acharam parecida com a música "Love story", do filme do mesmo nome, sucesso de bilheteria. Muitas das gravações feitas omitiam sua participação na autoria da música, que era dada apenas a Catulo da Paixão Cearense. Um neta do compositor obteve na justiça em 1976, que lhe fosse restabelecida a autoria da polca. Em 2000, a gravação de "Ontem ao luar" feita por Vicente Celestino foi relançada pela EMI na série "Cantores do rádio", volume 1

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