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quinta-feira, 12 de junho de 2014
Flausino Vale
Flausino Vale
Flausino Rodrigues Vale, compositor e violinista mineiro, nasceu em Barbacena no dia 6 de janeiro de 1894. Viveu em Belo Horizonte a maior parte de sua vida, desde os 18 anos de idade até sua morte em 1954.
Flausino foi um violinista sui-generis, o "Paganini brasileiro", segundo Heitor Villa-Lobos. Em 1930, Villa-Lobos estava de volta da Europa e encontrou no Brasil uma crítica hostil à sua produção musical e ao que ele considerava correto sobre educação musical para o país. Os dois músicos se encontraram nessa ocasião e devem ter se deliciado mutuamente com as idéias originas que tinham sobre a música brasileira. Muitas das concepções de Villa-Lobos para sua obra instrumental tiveram origem em encontros dessa natureza, com compositores e instrumentistas que "andavam inventando coisas" pelo sertão a fora.
Flausino era o que se pode chamar "um espírito universal": advogado atuante, jornalista, professor de História da Música, poeta e escritor. Colaborava com vários jornais do país como cronista musical, publicou poesia, obras teóricas sobre música e debates sobre questões brasileiras, a fauna e os índios, de quem ele era veemente defensor.
Flausino Vale foi, acima de tudo, um compositor com idéias próprias. Autodidata e desbravador - aparentemente isolado do mundo numa Belo Horizonte dos anos 20 - ele conhecia perfeitamente o repertório musical de todas as épocas. Dominava com facilidade as composições para violino de Bach, Beethoven, Paganini e dos compositores da escola franco-belga.
Como um "Guimarães Rosa da música instrumental", criou seu próprio vocabulário musical. Compôs, sem "fazer média" com o público, um discurso melódico e rítmico típico do sertão brasileiro. Ao contrário do que acontece hoje entre os adeptos da globalização cultural, a ligação de Flausino com a cultura européia veio fortalecer as potencialidades da música instrumental brasileira e não submetê-los a estereótipos de conservatórios.
Compôs 26 prelúdios para violino cujos títulos revelam a autenticidade de sua inspiração: Batuque, Casamento na Roça, A Mocinha e o Papudo, A Porteira da Fazenda, Pai João, Viva São João, A Casinha Pequenina, Serenata Onírica, O Canto do Sabiá, e outros.
Produziu música para canto, corais orfeônicos, partituras onomatopaicas, peças para pequenos conjuntos musicais e orquestras de cinema mudo.
A importância da música de Flausino revela-se nas execuções públicas e gravações que fizeram de seus prelúdios concertistas internacionais. Jascha Heifetz editou o prelúdio "Ao Pé da Fogueira" nos Estados Unidos, executou e gravou esse prelúdio na década de 40.
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